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João Victor Teixeira é bronze no lançamento de disco e Paquistão leva primeiro ouro paralímpico da história

joão victor teixeira bota medalha de bronze no seu olho

No último Mundial de atletismo, que aconteceu em Dubai 2019, João Victor Teixeira foi medalhista de bronze no arremesso de peso F37 e medalhista de ouro no lançamento de disco da mesma categoria. Semana passada, na manhã de sexta-feira (27) ele “confirmou” a terceira colocação aqui nos Jogos Paralímpicos de Tóquio, levando a medalha de bronze. Natural sentir o favoritismo pelo ouro no lançamento de disco, disputado nesta sexta (03), mas ele não veio desta vez.

No seu caminho, o ucraniano Mykola Zhabnyak já era um rival esperado mas Haider Ali surpreendeu a todos para levar o primeiro ouro da história do Paquistão em Jogos Paralímpicos, com a marca de 55,26m, sua melhor da carreira. Zhabnyak foi prata com 52,43m enquanto João Victor Teixeira foi bronze com 51,86m.

Foi a 56ª medalha do Brasil nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020, que ocupa a sexta colocação do quadro de medalhas, com 19 ouros, 14 pratas e 23 bronzes, numa briga acirrada com Austrália e Países Baixos, mas cada vez mais se consolidando no top-8.

Os altos e baixos da conquista do segundo bronze

Carioca que mora em São Paulo, o atleta queimou a primeira tentativa. Sob uma forte chuva e tempo fechado de Tóquio, a queima foi recorrente entre seus principais adversários, mas esta foi a única vez para João, que conseguiu lançar cinco discos válidos. 

Ele foi melhorando aos poucos sua marca: fez 46,94 na segunda tentativa e quando estava caindo no ranking, fez 48,24 para garantir uma boa marca, terceiro lugar ao final da terceira tentativa. Os 48,22 na quarta não mudaram nada.

Quando ele aparecia já em quinto, João Victor conseguiu 51,86 para alcançar a segunda posição temporária, atrás apenas de Zhabnyak. Quando a prata parecia real, Haider Ali fez um lançamento surpreendente, aumentando em quase quatro metros sua antiga melhor marca de 51,43 para fazer história e levar o primeiro ouro da história do Paquistão em Jogos Paralímpicos

Prata no salto em distância F37/38 em Pequim 2008 e bronze também no salto em distância, mas T37 no Rio 2016, Haider Ali consegue completar sua coleção de medalhas paralímpicas. É seu terceiro pódio em Jogos Paralímpicos e o terceiro pódio do Paquistão em toda história paralímpica.

Brasil disputou duas outras finais nesta noite

Também na sessão diurna de Tóquio, noite de quinta-feira (2) no Brasil, Jeosah Becerra dos Santos terminou em quarto lugar no salto em altura masculino T64 e Izabela Campos, atleta F11 disputando uma categoria acima da dela, ficou em 10º lugar no arremesso de peso feminino F12.

Jeosah Becerra dos Santos começou muito bem passando 1,83m em sua primeira tentativa e 1,88m em sua segunda chance. No 1,93, não conseguiu igualar sua melhor marca de carreira e falhou nas três tentativas, terminando em quarto lugar.

Pernambucano de Pesqueira, ele ficou em sexto lugar no salto em altura T64 na Rio-2016 quando competiu com apenas 16 anos e comemorou seu 22º aniversário na Vila Paralímpica esta terça-feira (2), o pernambucano de Pesqueira.

Izabela Campos competiu com atletas com menos limitações do que a dela, mas conseguiu fazer a melhor marca da temporada. Ela terminou em sétimo lugar no lançamento de disco para F11, sua categoria, em Tóquio, prova na qual foi medalhista de bronze na Rio-2016.  A mineira de 40 anos tem cinco pódios em mundiais, entre o dardo, disco e peso. Na Rio-2016, aconteceu.a mesma coisa e ela terminou em sétimo lugar.

Foto: Wander Roberto / CPB

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