Gustavo De Conti foi apresentado oficialmente como novo técnico da Seleção Brasileira masculina de basquete. Nesta terça-feira (28) na sede do Comitê Olímpico do Brasil, no Rio de Janeiro, o treinador foi apresentado em coletiva de imprensa ao lado do diretor institucional Marcelo Sousa e do diretor do basquete masculino, Diego Jeleilate.
Emocionado em suas primeiras palavras como treinador da seleção, Gustavo revelou estar realizando um sonho ao comandar o Brasil: "Dizer que pra mim, que é um momento meu de agradecimento.
Primeiro à minha família, e fala de família, Seleção Brasileira, essas coisas se misturam. Desde que me entendo por gente, tive o sonho de chegar aqui. Comecei em 1987 e todos sabem o que aconteceu no basquete brasileiro nesse ano. " Disse Gustavo, relembrando o ouro do Brasil no Pan-Americano de Indianápolis naquele mesmo ano.
Gustavo sabe que terá duas missões principais a médio prazo: classificar o Brasil para a Copa do Mundo de basquete de 2023 e para os jogos olímpicos de Paris em 2024. O primeiro desafio já começa em novembro:
"Temos que ir passo a passo, com os pés no chão, mas o primeiro objetivo já é a primeira janela. Temos objetivos macro, Copa do Mundo, onde o Brasil nunca ficou de fora, voltar para a Olimpíada, mas vamos uma coisa de cada vez." Disse Gustavo que estreia nos dias 26 e 27 de novembro, em confrontos com a seleção chilena pelas eliminatórias da copa do Mundo.
Gustavo revelou a importância dos seus auxiliares e de uma rede de técnicos para se manter próximo dos jogadores no Brasil, Estados Unidos e Europa: "Tenho o benefício de estar no Brasil diariamente, então posso acompanhar os jogadores diariamente, ver os atletas, mas conto também com um dos meus auxiliares, o Helinho, que tem feito um grande trabalho em Franca e tem lá jogadores que serão importantes para a Seleção. E no exterior, temos jogadores em vários países, atletas também importantes. E teremos o Tiago Splitter, observando os jogadores nos Estados Unidos, se encontrando com eles. Esse mapeamento, essa observação, inclusive com técnicos como o Paulão Prestes, que está no Bayern, da Alemanha, serão importantes na nossa rede de observação. "
As dispensas também foram assunto na coletiva e Gustavo deixou claro que se o atleta não tiver o desejo de representar a seleção quando for chamado, deve mesmo pedir para ficar de fora: "Em um time, tem o objetivo coletivo, mas cada um tem seu objetivo individual. Mas nunca pode ser maior que o coletivo. Se de repente, naquele momento, o objetivo pessoal dele for maior, aí sim ele precisa ficar de fora. A Seleção é pra quem quer tá na Seleção. Eu vou falar aqui, mas no sentido positivo, hoje, nós não temos nenhum jogador insubstituível. "
Por fim, o técnico revelou como quer que o Brasil jogue, mesclando as duas escolas de basquete atuais: "Quero trazer um pouco da escola europeia, de um jogo mais pausado, e também um pouco do basquete de transição dos EUA, veloz, físico, com marcação forte. Espero que nossa seleção possa ter volume de jogo, com muita dinâmica. "
Foto: Diego Maranhão/CBB
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