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Seleção Brasileira masculina de goalball se prepara para estreia com 'cara' de final nos Jogos de Tóquio



A estreia da Seleção Brasileira masculina de goalball nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020 será contra um dos seus principais adversários históricos na modalidade e também candidatos ao título paralímpico: a Lituânia.

Após sorteio realizado no último mês de maio, brasileiros e lituanos foram colocados no Grupo A da competição, junto com os Estados Unidos, que foram medalha de prata nos Rio 2016, o anfitrião Japão além da campeã africana, a Argélia. Na outra chave, estão Alemanha (campeã europeia e vice mundial), Bélgica, China (campeã asiática), Turquia e Ucrânia.

A Lituânia é a atual campeã paralímpica, após a conquista do ouro no Rio 2016, enquanto a Seleção Brasileira foi bronze na mesma edição. Mas os confrontos entre ambas as equipes já são históricos em grandes competições do paradesporto.

Em 2014, no Mundial da modalidade na Finlândia 2014, quando a equipe nacional masculina conquistou seu primeiro título global de goalball, os brasileiros derrotaram os rivais europeus nas semis por 14 a 4, que eram os atuais campeões mundiais daquele momento, para chegarem à sonhada final e sagrarem-se campeões.

Já no Mundial da Suécia 2018, outro duelo decisivo pelas semifinais, com a Lituânia tendo o status de atual campeã paralímpica [em 2016]. O jogo terminou empatado em 6 a 6 e foi decidido apenas no gol de ouro — feito pelo Brasil.

"Mas é importante frisar que os Jogos Paralímpicos têm dez equipes qualificadas [no torneio todo]. Caímos um grupo muito forte e a estreia nossa já é pesada, contra a Lituânia, atual campeã paralímpica. É candidata ao título também", analisou Alessandro Tosim, técnico da Seleção Brasileira masculina de goalball.

"A nossa única desvantagem [na preparação] foi não ter tido competição [por causa da pandemia]. Nós vamos ter a primeira competição após dois anos já na estreia de um Jogos Paralímpicos, contra a Lituânia. Mas a gente conseguiu gerar competitividade nos atletas em todas as sessões de treino. E, agora com essa aclimatação antecipada, vamos chegar muito forte nos Jogos Paralímpicos", completou o treinador, referindo-se ao período realizado na cidade de Hamamatsu, no Japão.

Já em 2019, na sua campanha do bicampeonato do Intercup de goalball, também realizado em Malmo, na Suécia, a Seleção Brasileira masculina voltou a superar a Lituânia, desta vez por 9 a 6.

No entanto, até mesmo em torneios amistosos, esta rivalidade não ficou de fora das quadras. No evento-teste realizado na Arena do Futuro 2016, para os Jogos Paralímpicos do Rio, o Brasil chegou a perder para os lituanos na primeira partida do dia, mas em novo embate na final do torneio, conquistou o título ao derrotar a equipe europeia por 11 a 7.

"Paralimpíadas estão os melhores. Se você vacilar, pode ficar fora já na primeira fase. Temos de focar no goalball, que é a defesa. Acredito também muito na união que temos no nosso grupo. Estamos focados e confiantes no que viemos fazer aqui em Tóquio. A estreia é contra a Lituânia, mas já vamos tentar vencer o primeiro jogo", afirmou Romário Marques, ala da classe B1, com deficiência visual em consequência de uma retinose pigmentar.

A equipe masculina brasileira de goalball busca a terceira medalha paralímpica na modalidade, após conquistar a prata em Londres 2012 e o bronze no Rio 2016.

"Apesar de tudo, pandemia, estamos focados na preparação. Nossa equipe é muito competitiva e geramos isso dentro dos próprios treinos. Vamos entrar nos Jogos Paralímpicos para brigar por medalha", finalizou o atleta que é tricampeão parapan-americano (Lima 2019, Toronto 2015 e Guadalajara 2011), bicampeão mundial (Malmo 2018 e Finlândia 2014) e bronze nos Jogos do Rio 2016.

Foto: Takima Matsushita/CPB

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