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Isolado em hotel no Japão, Daniel Dias pede flexibilização de quarentena de atletas paralímpicos para treinamentos


Após a divulgação de dois casos da delegação do Brasil que viajou para o  Japão para os Jogos Paralímpicos, alguns atletas estão isolados sem poder treinar na cidade de Hamamatsu. Entre eles, o nadador Daniel Dias, que fez um apelo nas redes sociais para que as medidas de segurança sejam flexibilizadas para que possam treinar para a Paralimpíada de Tóquio.


Em um vídeo publicado em seu Instagram, Daniel afirmou que das 52 pessoas isoladas, 27 são atletas. O nadador reforçou o apoio às medidas sanitárias, mas pediu que as autoridades permitam que os competidores possam se preparar para os Jogos Paralímpicos, que começam no dia 24. Fora os dois positivados - que não são atletas -, todo o restante da delegação está negativada.


"Eles mapearam todas as pessoas que estiveram próximas e as separaram do restante do grupo. Eu e outras 51 pessoas com testes negativos viemos para Hamamatsu, em ônibus separados, e estamos isolados desde então. A gente não pode sair do quarto. Não podemos treinar, e faltam apenas 14 dias para o início dos Jogos Paralímpicos. Os prejuízos físicos e psicológicos são enormes", disse Daniel.



Em nota oficial, o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) afirmou que esse isolamento com as pessoas que ficaram próximas a quem testou positivo é padrão na última atualização do Playbook dos Jogos Paralímpicos, realizada no dia 15 de julho, e que foi aplicada pela prefeitura de Hamamatsu. 


A CPB afirmou também que vem tentando achar um modo de flexibilizar essa questão em conjunto com o Comitê Organizador dos Jogos, a prefeitura da cidade japonesa e a embaixada do Brasil no Japão para que os atletas possam treinar. Confira a nota completa


"Um grupo de 52 pessoas da delegação paralímpica brasileira está em isolamento total em três hotéis na cidade de Hamamatsu desde que foi identificado contato com um indivíduo que testou positivo para novo coronavírus na chegada ao Aeroporto Internacional de Narita, no Japão, no início da noite de sexta-feira, 6.


Pelo protocolo do Comitê Organizador Local dos Jogos de Tóquio, todas as pessoas que sentaram-se num raio de duas fileiras de assentos ao redor deste indivíduo infectado devem ser isoladas pela possibilidade de exposição ao vírus durante o voo.


Desde então, as 52 pessoas foram isoladas, das quais 27 são atletas. Cinco dias após o desembarque e com todos os exames PCR negativados, elas permanecem isoladas e sem autorização para sair do quarto, nem mesmo para treinamentos em isolamento.


Esta conduta é colidente com o que preconiza o playbook dos Jogos de Tóquio, em sua última atualização enviada ao CPB em 15 julho de 2021, segundo o qual é permitido aos atletas que mantiveram “contato próximo” treinar, igualmente em isolamento, e até mesmo competir nos Jogos de Tóquio. Assim foi feito, por exemplo, com atletas olímpicos da África do Sul, da Rússia e da Itália durante os Jogos Olímpicos de Tóquio.


Como Hamamatsu tem o status de “Cidade Sede” (Host Town, em inglês) dos Jogos 2020, a localidade se comprometeu a aplicar as diretrizes do referido playbook.


A manutenção do isolamento total dos atletas paralímpicos brasileiros é uma medida tomada pela prefeitura de Hamamatsu, que não permite qualquer alteração neste procedimento antes de 14 dias, mesmo que o atleta tenha testado negativo de forma reiterada, prejudicando assim toda a preparação e aclimatação dos atletas para a participação no Jogos.


O CPB já fez contato com o Comitê Organizador de Tóquio, com a prefeitura de Hamamatsu e com a embaixada brasileira no Japão, com o intuito de obter a liberação imediata dos atletas isolados para treinamento. Apesar dos esforços do governo brasileiro, não encontramos respaldo por parte das autoridades locais. Seguimos nas tentativas de obter a autorização de treinamento para os referidos atletas e possibilitar a melhor participação brasileira no maior evento do ciclo paralímpico."


Foto: Ale Cabral/CPB

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