O Comitê Olímpico Internacional (COI) anunciou que foram suspensas as investigações do protesto feito no pódio do arremesso de peso por Raven Saunders. A norte-americana conquistou a prata no arremesso de peso da Olimpíada de Tóquio e fez gesto cruzando os punhos em cima da cabeça em prol dos oprimidos após receber a medalha. Essa foi a primeira manifestação feita durante uma cerimônia de premiação nesta edição olímpica.
O ato vai contra a recomendação do artigo 50 do COI, que determina que "nenhum tipo de protesto ou propaganda política, religiosa ou racial é permitida em qualquer dos recintos olímpicos ou em outras áreas". O artigo foi flexibilizado pela entidade, que permitiu apenas que protestos fossem realizados opiniões expressadas durante as coletivas de imprensa e competições, desde que sem interromper os eventos, nem desrespeitar outros atletas.
Porém, após divulgar que o gesto estava em análise, dias depois, o COI suspendeu as investigações conforme divulgou o porta-voz da entidade, Mark Adams. Conhecida como "Mulher Hulk", Saunders dividiu o pódio com a chinesa Lijiao Gong (ouro) , e Valerie Adams, da Nova Zelândia (bronze).
Segundo ela, o gesto com os punhos em "X" representa o destino comum onde os oprimidos se encontram. Seu gesto foi exaltado pelo Comitê olímpico e paralímpico dos Estados Unidos em postagens em redes sociais.
Chinesas continuam a ser investigadas
Por outro lado, o Comitê Olímpico Internacional afirmou que segue apurando sobre as manifestações políticas feitas de forma bem discreta pelas ciclistas chinesas Bao Shanju e Zhong Tianshi, que usaram pins com o rosto do ex-líder chinês Mao Tsé-tung, líder da Revolução Chinesa e fundador da República Popular da China durante o pódio da prova de sprint por equipes do clismo pista, em que o país ficou com o ouro.
Segundo o COI, o Comitê Olímpico Chinês disse que fornecerá um relatório detalhado sobre o caso “em breve” e informou que o episódio não se repetirá na Olimpíada. Bao e Zhong ainda competem em Tóquio na prova do Keirin feminino
Foto: Reuters
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