Dentre os 27 medalhistas de ouro do Japão, o carateca Kiyuna Ryo foi o escolhido para carregar a bandeira do Japão na Cerimônia de Encerramento dos Jogos Olímpicos de Tóquio que começa às 8h deste domingo (8). Campeão olímpico no kata, na estreia do caratê no programa olímpico, ele fez uma homenagem à mãe no pódio que emocionou o país.
Estávamos no Nippon Budokan, templo sagrado das artes marciais em Tóquio, no dia da final do kata, uma competição em que os caratecas simulam golpes imaginários. Os funcionários e voluntários japoneses presentes pararam tudo o que faziam durante os cerca de três minutos de apresentação de Kiyuna e só voltaram a respirar ao final, quando entoaram largos aplausos.
Ao receber a medalha de ouro, ele levou uma foto da mãe falecida para o pódio. "Minha mãe realmente sonhava em ver a medalha de ouro que eu ganhei. Ela morreu há dois anos e eu adoraria que ela tivesse me visto aqui. Na véspera da minha partida de Okinawa, eu decidi trazer essa foto comigo e subir ao mais alto do pódio com ela. Ela foi meu apoio, minha rocha desde que eu era um garoto, então eu queria que ela me visse no topo. Acredito que esteja sorrindo e chorando no paraíso
Tricampeão mundial, Kiyuna é de Okinawa, origem do caratê. Aos 31 anos, ele não estava apenas lutando por uma medalha de ouro, mas representando o esporte que não estará presente nos Jogos Olímpicos de Paris e busca retornar em Los Angeles 2028 ou além.
Eu quis fazer uma performance para dar sonhos grandes e esperanças para muitas pessoas, especialmente as crianças. Isso é um passo gigantesco para o mundo do caratê. Espero que com o caratê nos Jogos Olímpicos, muitas pessoas se interessem e a quantidade de praticantes aumente.
Assim como vários outros atletas japoneses, Kiyuna agradeceu a todos que estavam trabalhando duro no combate ao covid-19.
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