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Bronze em Tóquio, judocas Mayra Aguiar e Daniel Cargnin já miram 2024


A mesma cor da medalha, o mesmo sotaque e a mesma alegria estampada no rosto. Mayra Aguiar (até 78kg) e Daniel Cargnin (até 66 kg) desembarcaram na manhã da segunda-feira, dia 2, no Rio de Janeiro e, em visita ao CT do Time Brasil depois de ‘quase dois dias viajando’, como disse Mayra, lembraram das conquistas das medalhas de bronze nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020. Se Daniel parecia ainda não ter acordado do sonho no Japão, Mayra, que completa 30 anos nesta terça-feira, dia 3, falava com a experiência de quem pendurou a terceira medalha olímpica no peito (bronze na Rio 2016 e em Londres 2012).

“Vivi um turbilhão de emoções, cirurgia, alergia, além de poder lutar no Japão. É a casa do nosso esporte, é o templo do judô, onde eu me sinto muito em casa, então conquistar esse bronze nesses Jogos foi muito emocionante”, afirmou Mayra, que lembrou das outras medalhas olímpicas. “Londres foi a primeira, teve um gosto especial. Claro, todas tiveram. Mas ela teve um significado diferente, foi onde eu ganhei um sobrenome: Mayra Aguiar medalhista olímpica. No Rio, em casa, com toda a torcida, minha família, foi uma experiência inacreditável, um dos momentos mais alegres que vivi”.

A estreia de Daniel em Jogos Olímpicos não poderia ter sido mais marcante e cheia de significados. A emoção após a conquista do bronze no Nippon Budokan ao dedicar o feito à mãe, Ana Rita, mostrou a relação de cumplicidade e carinho entre os dois.

“Isso tudo vai muito além do que eu sonhei um dia. Antes de viajar, falei para a minha mãe: se eu ganhar uma medalha ela é nossa. Mas se eu perder, a derrota será nossa também. Ela sempre me incentivou, nunca me deixou desistir, essa medalha é muito dela também”, frisou ele, que tem uma tatuagem com a palavra ‘família’ em japonês, e acabou surpreendido por outra tatuagem. “Minha mãe fez uma tatuagem sem eu saber com os anéis olímpicos e me falou que deixou um espacinho em cima porque tinha certeza de que eu voltaria com uma medalha”.

Sobre 2024, os medalhistas já fazem planos pensando nos tatames de Paris.

“É um ciclo mais curto, apenas três anos. Estou com muita vontade de continuar, estou com muito gás para pensar na França”, garantiu Mayra. “Quero descansar um pouco agora para planejar esse novo ciclo olímpico. Paris é logo ali”, completou Daniel.

Com as medalhas de bronze de Mayra e Daniel, o judô chegou a 24 pódios em Jogos Olímpicos e passou a ser a modalidade com mais conquistas na história do esporte brasileiro (o vôlei possui 23 medalhas até o momento).

Foto: Thiago Diz

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