Ucraniano no chão após o nocaute (Foto: Ueslei Marcelino/ Reuters) |
Para engrandecer ainda mais o feito de Hebert, todo o torneio olímpico de boxe em Tóquio teve apenas outros três nocautes em mais de 270 lutas disputadas - todos, no máximo, até as quartas de final. Além disso, a vitória do brasileiro também marcou o fim de uma sequência de mais de 60 lutas de invencibilidade do ucraniano, que não perdia desde 23 de junho de 2016.
Hebert também havia sido uma das “vítimas” de Khyzhniak, campeão mundial há quatro anos, nesta sequência. Em 2019, no Torneio de Strandja, na Bulgária, o ucraniano venceu o brasileiro por decisão unânime, logo na segunda rodada. Também por esse motivo, a vitória na final olímpica teve um sentimento a mais para Hebert.
“Sabia que ele vinha em um ritmo muito forte, há várias lutas invicto. Era um dos favoritos, um cara de muita mídia e de muita visibilidade no boxe mundial. Mas eu sabia da minha capacidade de enfrentá-lo e vencê-lo. Como sempre foi em todas as minhas revanches, eu venci”, disse o baiano, orgulhoso.
Hebert também comentou sobre seu sentimento logo após o nocaute. “Eu não lembro o que eu pensei na hora, só gritei e desabafei. A única coisa que passava na minha cabeça era ‘Você é campeão olímpico! Você é campeão olímpico!’”, lembrou o medalhista de ouro.
Hebert aponta para o emblema do Time Brasil ao fim da luta (Foto: Gaspar Nóbrega/COB) |
Sua emoção foi passada ao público, que elegeu sua conquista como a mais emocionante dos Jogos Olímpicos de Tóquio, em votação popular feita pelo globoesporte esta semana.
“Fiquei muito feliz de ser medalhista e ser responsável pela mais emocionante. A gente estava precisando de um momento de felicidade, principalmente quem está passando por dificuldade. Esse ouro é para o Brasil inteiro”, vibrou o campeão, brincando com sua “dupla-conquista”.
Foto de capa: Wander Roberto/ COB
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