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Surto em Tóquio #19 e #20 - finalmente, a sonhada casinha japonesa depois de 14 dias de quarentena

Surto em tóquio miraitowa mateus nagime

Fala pessoal, tudo bem? Ando sumido porque as coisas aqui aceleram rapidamente. Daqui a pouco já tem alguns jogos e estou aqui montando os detalhes da minha cobertura. Nesta segunda também tivemos a confirmação que o Surto oficialmente estará na abertura dos Jogos Olimpicos. recebi meu convite e comemorei com o mascote!!!!

Dia 19 de julho

A segunda-feira começou com uma live super especial com Giovana Pinheiro, do Olimpíada Todo Dia, e Gustavo Cardoso, dos Chapolins Brasileiros. Se você não viu, vou botar o link aqui em baixo. Depois de dias passando a manhã trabalhando no hotel, acabei indo cedinho para o Centro de Imprensa. E a imprensa internacional finamente começou a lotar o lugar. Por mais que seja incrível ver gente do mundo inteiro (eu vi o uniforme olímpico de Quênia pessoalmente!!!), também acabou o clima de local tranquilo. Nem a mesa que eu e outros colegas brasileiros usávamos estava mais livre. Absurdo!


Depois de preparar algumas matérias, o dia foi também reservado a conhecer algumas das salas de conferência do Tokyo Big Sight, centro de conveniências que recebe a imprensa internacional. Os temas abordados, naturalmente, foram o combate a covid-19 e importância de manter os Jogos Olímpicos como portadores de boas notícias. Essas coletivas em geral dão poucas manchetes fortes, mas é ótimo para seguir o clima.

Era meu último dia de Japão, então decidi dormir mais cedo para aproveitar a última noite no já saudoso Apa Hoteru. Porque agora serão duas semanas e meia sem sono praticamente!

Dia 20 de julho

Hoje, terça-feira, dia 20, foi o nosso dia de liberdade aqui no Japão. Já chegamos há 14 dias. Era algo que parecia tão distante mas agora já é um passado até meio remoto. Os Jogos Olímpicos já estão prestes a começar. Daqui a algumas horas, Japão e Austrália estreiam no softbol às 9h, horário do Japão de quarta, e 21h de terça no Brasil.

O Brasil já estreia no futebol feminino contra a China no início da manhã do Brasil em Sendai. Será um dos primeiros jogos com público. Apenas três províncias liberaram espectadores, entre elas Kashima, para onde vou acompanhar a estreia do futebol masculino, em dois jogos: Honduras e Nova Zelândia e Romênia e Coreia do Sul.

É o único local próximo de Tóquio e num dia que ainda não temos competição com outros esportes. O dia foi marcado, porém, pela mudança de casa. Eu e os amigos do Olimpíada Todo Dia fomos para uma casa alugada em Shinjuku, uma área conhecida por sua agitada vida noturna - que infelizmente passaremos longe. Pelo menos, no caminho para a casa pudemos ver ruas muito coloridas, pessoas mais animadas - ao contrário do ar mais negócios e oficialzão de Bunkyo, onde estávamos no hotel exigido pelo governo.

Hoje também teve o primeiro dia da sessão do COI, em que os trâmites burocráticos da organização foram apresentados e discutidos, sobre a liderança segura e levemente carismática de Thomas Bach. Acho impressionante como no meio de uma grave crise no meio olímpico ele segue como unanimidade.

Um líder político admirável. David Haggherty, presidente da ITF e membro do COI, parabenizou de praxe a instituição e reclamou da imprensa que está focada em histórias negativas. Achei exagerado, já que naturalmente o clima aqui não é dos mais animados e a preocupação com o contágio aumenta sempre.

Porém, pareceu premonitório: poucas horas depois na coletiva de imprensa de líderes do Comitê Organizador de Tóquio, foi dito que no caso de um aumento exponencial de covid-19 entre membros olímpicos, as providências seriam decididas dia-a-dia. Disso, a Reuters criou uma manchete que a "Olimpíada poderia ser cancelada", espalhando frisson que pautou praticamente todo noticiário olímpico mundial.

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