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Seleção de tênis de mesa valoriza variações, estrutura e entrosamento em última fase de treinamento intensivo no CT Paralímpico



A Seleção paralímpica de tênis de mesa encerrou, nesta sexta-feira, 2, a última semana de preparação no Brasil para os Jogos de Tóquio. O terceiro período intensivo no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo, serviu para dar variação às jogadas do grupo, com o apoio dos sparrings, mas também para simular jogos e acertar os detalhes antes da competição. A maior parte dos 14 mesa-tenistas que vão para o Japão estiveram presentes.

Um dos principais ganhos dos últimos dias em São Paulo foi o entrosamento das duplas que disputarão os torneios por equipes. Cátia Oliveira, da classe 2, e Marliane Santos, da classe 3, por exemplo, se juntarão no feminino em busca de uma medalha entre as atletas cadeirantes do tênis de mesa. O mesmo acontece com Luiz Filipe Manara, da classe 8, e Carlos Carbinatti, da classe 10, que jogarão juntos entre os andantes.

“Os treinamentos estão sendo ótimos pra gente chegar na melhor forma, ter o melhor desempenho. Nesta semana, a gente focou bastante na parte de duplas e equipes. Estou me acostumando um pouco mais com minha parceira, que vai ser a Marliane, estamos tentando simular o máximo possível de jogos”, afirmou Cátia, que também elogiou a estrutura do CT Paralímpico.

À disposição dos atletas, estão a comissão técnica, preparador físico e fisioterapeuta - uma equipe concentrada com ginásio, alimentação balanceada e academia à disposição. “Está sendo muito bom. Estamos com todos os classificados e os sparrings, que nos ajudam, estamos conseguindo jogar com bastante diversidade. Mais a comissão técnica completa, com o preparador físico e a fisioterapeuta. É uma estrutura muito boa para todo mundo treinar com o mesmo objetivo”, valorizou Jennyfer Parinos, da classe 9.

Tão valorizados nas falas dos mesa-tenistas, os sparrings são os atletas convocados para o período de preparação especialmente para oferecer essas variações. Com diferentes características, eles oferecem uma gama de possibilidades de jogo, permitindo à delegação paralímpica um preparo para diferentes tipos de adversários.

“São novos atletas, é um ritmo de treino diferente. Estamos fazendo muitos jogos para ter bolas diferentes, estilos de jogo diferentes. Isso é muito importante. A gente está treinando para isso, para dar o nosso melhor lá”, diz Joyce Oliveira, atleta da classe 4. “A preparação está sendo boa, com muitos sparrings, várias opções de jogo e de vários níveis. Eu vejo com bons olhos essa preparação detalhada. Nosso jogo de equipe pode render bons frutos”, completou Carbinatti.

Manara também valoriza as variações de jogo e a oportunidade de aprimorar o entrosamento entre os atletas, principalmente nesta reta final. Nos últimos dias, ele conta que foram treinadas jogadas, além dos confrontos em duplas e por equipes. O momento, para o experiente mesa-tenista Paulo Salmin, é excelente para o grupo, que pôde se manter forte mesmo com os problemas trazidos pela Covid-19. Segundo ele, nestas últimas semanas, é preciso “usufruir o máximo possível dessa condição”.

“A gente teve uma rotina de treinos, é um passo a mais que a gente está dando. Estamos sendo muito privilegiados, em meio a uma pandemia, ter um grupo forte como esse, todo mundo jogando muito bem. Todo mundo aqui está vivendo o auge da carreira. Isso está muito atrelado a essa oportunidade de ter os sparrings no dia a dia e uma comissão técnica muito engajada neste projeto”, vibrou Salmin.

Agenda de preparação

O próximo passo da Seleção Paralímpica, antes de chegar definitivamente a Tóquio, será um período de aclimatação na cidade de Hamamatsu, também no Japão. O momento vai servir para que os atletas entrem de vez no fuso horário local, aprimorem sua rotina e entrem de vez no clima dos Jogos Paralímpicos. Para Israel Stroh, da classe 7, essa sensação já começou a aparecer nessa semana de treinos em São Paulo.

“Foi a última semana de treinamentos com todos juntos, antes de ir para Tóquio, a primeira com a lista oficial divulgada. A gente já começa a olhar um para o outro e sentir essa adrenalina dos Jogos, que estão chegando. Dá para a gente fazer os ajustes finais, com essa adrenalina, dá para sentir o gostinho”, conta. Quando chegarem ao Japão, segundo ele, será a hora de preparar, principalmente, a parte mental.

“A gente começa a sentir os Jogos. Mas é o momento de a gente relaxar, curtir e ficar da melhor forma possível para ir para Tóquio depois”, finaliza o mesa-tenista.

Foto: Alê Cabral/CPB

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