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Quase 30% da delegação brasileira paralímpica nos Jogos de Tóquio será composta por atletas de classes baixas




Entre os 232 atletas com deficiência que disputarão os Jogos Paralímpicos de Tóquio pelo Brasil, 66 serão das chamadas "classes baixas" (com deficiência mais severas), o que representa 28,4% do total da delegação brasileira paralímpica, segundo dados do departamento de Ciências do Esporte do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB).

A valorização e estímulo à participação de atletas com deficiências severas em eventos esportivos do CPB e na composição da delegação brasileira nos Jogos Parapan-Americanos de 2023 também fazem parte do planejamento estratégico 2017-2024 do CPB.

São 40 atletas masculinos e 26 femininas que fazem parte deste grupo e que representarão o país no Japão a partir de agosto. Destes, 50% (ou 33) têm deficiência física, 36,4% (ou 24) têm deficiência visual, e 13,6% (ou 9) têm deficiência intelectual.

"É um ganho muito grande para o esporte paralímpico como um todo. Gera mais oportunidade para todos os tipos de deficiências possíveis. A bocha, esporte o qual faço parte da Seleção Brasileira, é considerada uma das modalidades mais inclusivas de pessoas com deficiências severas no paradesporto. É nítido este crescimento", afirmou Evani Calado, atleta da bocha da classe BC3, para praticantes com maior grau de comprometimento motor e que é assistido por um "calheiro".

"Para mim, é muito importante essa maior participação [de classes baixas] porque proporciona às outras pessoas que têm deficiências severas perceberem que é possível a prática de alguma modalidade esportiva", completou.

A modalidade da delegação brasileira paralímpica que contará com a maior quantidade de atletas classes baixas em Tóquio será o atletismo, com 18 participantes. A natação, com 16, a bocha, com 10, e o futebol de 5, com oito, também serão outras Seleções que contaram com grande presença de atletas com deficiências severas convocados.

"É sempre gratificante participar dos classes baixas e fico feliz em termos conseguido atingir esse objetivo em levar um grupo significativo e com muita qualidade a uma edição de Jogos Paralímpicos. Esperamos fazer uma grande campanha em Tóquio", finalizou Edênia Garcia, nadadora da classe S3, que é uma das classes que contempla atletas com nível de comprometimento físico-motor maior na modalidade.

No total, a delegação brasileira paralímpica será composta por 255 atletas (incluindo atletas sem deficiência como guias, calheiros, goleiros e timoneiro), sendo 159 homens e 96 mulheres, além de comissão técnica, médica e administrativa, totalizando 428 pessoas. Jamais uma missão brasileira em Jogos no exterior teve tamanha proporção.

Foto: Alê Cabral/CPB

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