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Logo após a prova, Bruno Fratus fala de preparação mental e menciona ídolo

Bruno Fratus natação bronze olimpíada de tóquio

Dois dos momentos marcaram a transmissão dos 50m livre masculino nos Jogos Olímpicos de Tóquio  para o torcedor brasileiro na noite deste sábado (31). Um deles foi quando Bruno Fratus, vencedor da medalha de bronze abraçou o bloco da raia 3, sua raia do bronze, ao fim da prova. E o outro, foi antes da cerimônia de pódio quando ele se abaixou na estrutura, aproveitando um momento único.

O que poucos sabem - e só o Coach Alex Pussieldi, do Best Swimming viu - é que Bruno Fratus chegou exatamente às 08h43 na piscina olímpica, o primeiro atleta a entrar no Centro Aquático de Tóquio, e ficou sozinho na raia por muito tempo, se concentrando pelo momento.
Fratus disse que isso foi apenas o último passo de uma série de passos que deu na preparação para a prova. 

É um dos motivos pelo que eu sai de redes sociais, eu precisava viver meu mundo um pouquinho, ficar isolado na minha própria dimensão. Eu vou afunilando, priorizando e tirando cada vez mais as coisas que não importam muito. Foi o último momento que estava eu e a piscina, eu e minha raia. E acabou.

Para Bruno Fratus, natação não é um esporte individual 

Bruno Fratus pódio bronze jogos olímpicos

Apesar de ter medalhado nos três últimos Mundiais (bronze em Kazan 2015 e prata em Budapeste 2017 e Gwangju 2019), Fratus ficou muito perto do pódio em Londres 2012 (4° lugar) e Rio 2016 (6° lugar). Fratus discorreu ainda sobre o fundamental apoio da esposa e treinadora Michelle Lenhardt, primeira atleta olímpica da natação brasileira a retornar como treinadora.  

A Mi me falou antes da prova para me permitir ser feliz e isso fez toda a diferença. Vocês sabem que eu tenho muita pressão em cima de mim e as vezes meu trabalho de psicologia é botar um pé no freio: ‘calma, relaxa, não se cobra tanto’. Hoje finalmente eu não me cobrei tanto e foi incrível


Na zona mista, logo após sair da piscina e antes ainda de receber a medalha, ele aproveitou para lembrar que apesar de ser esporte individual, o atleta nunca está sozinho. “Eu sou só o cara que sobe no bloco e dá o tiro. Mas tem centenas de pessoas a agradecer”. 

Quem é o ídolo de Bruno Fratus? 

Bruno Fratus pódio bronze jogos olímpicos

Com espírito relaxado e bem feliz, Fratus aproveitou para agradecer à equipe da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) e do Minas Tênis Clube, sua equipe, antes de mencionar duas pessoas em especial: 

"O César (Cielo) mostrou que era possível uns anos atrás e se no meu começo de carreira eu não tivesse a oportunidade de treinar e competir ao lado do que eu acho que é o melhor velocista da história, eu não teria chegado aqui hoje. E agradecer publicamente também ao Scheffão. Fernando Scheffer, parceiro de clube (Minas) e equipe mostrou essa semana que era possível. Várias vezes quando eu estava ansioso eu pensei nele, e vi que poderia fazer também", confessou.

Logo depois, ele ainda lembrou quem o inspirou a ser um nadador. "E claro, eu disse uma vez que eu não tenho ídolo, mas vou usar a palavra aqui, meu ídolo supremo, cara que eu cresci vendo é o Fernando Scherer. Esse mostrou que era possível há décadas atrás. Michelle (Lenhardt), minha esposa, com certeza. Brett Hawke, meu melhor amigo e técnico, cara mais ansioso que eu” 

Respondendo a um jornalista francês, ele aproveitou para comentar sobre o retorno de Florent Manaudou, que se aposentou após a prata no Rio de Janeiro, chegou a ir para o handebol e retornou no início de 2019, para conquistar sua terceira medalha olímpica consecutiva na prova mais rápida da natação, que ele faturou em Londres 2012. “Fiquei feliz que ele me deixou livre por uns 2, 3 anos”, brincou.  

“Vou subir ao pódio daqui a pouco com dois dos maiores velocistas da história. Eu acho que Caeleb (Dressel) tem potencial de superar um dia Michael Phelps. Florent… é Florent. O cara é um monstro, sou orgulhoso de ser seu amigo e dividir um pódio com ele”.

Foto: Jonne Roriz/COB

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