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Guia Tóquio 2020: Judô

Como funciona o judô

INTRODUÇÃO HISTÓRICA
Local de disputa: Nippon Budokan
Período: de 23/07 a 31/07
Número de delegações participantes: 129
Total de atletas: 391
Brasil: 13 atletas: Erik Takabatake (60kg), Daniel Cargnin (66kg), Eduardo Barbosa (73kg), Eduardo Yudy (81kg), Rafael Macedo (90kg), Rafael Buzacarini (100kg) e Rafael Silva (+100kg); Gabriela Chibana (48kg), Larissa Pimenta (52kg), Ketleyn Quadros (63kg), Maria Portela (70kg), Mayra Aguiar (78kg) e Maria Suelen Altheman (+78kg)


INTRODUÇÃO HISTÓRICA
Criada por Jigoro Kano em 1882, o judô é uma adaptação do jiu-jitsu, que tem por objetivo desenvolver técnicas de defesa pessoal, fortalecer o corpo, o físico e a mente de forma integrada. Foi considerado esporte oficial no Japão no final do século XIX.

A imigração japonesa foi um fator determinante para o surgimento e desenvolvimento do judô no Brasil. No início do século XX, chegaram ao país os imigrantes que conseguiram organizar as práticas da modalidade. A partir da década de 1920, algumas academias de judô foram criadas na cidade de São Paulo. A prática também começou a se espalhar por todo o país, sendo institucionalizada apenas em 1969 com a criação da Confederação Brasileira de Judô (CBJ).

Foto: Divulgação/COB

O judô fez sua estreia nos Jogos Olímpicos em Tóquio 1964. Ausente na edição seguinte, Cidade do México 1968, a modalidade retornou em Munique 1972, sendo disputado até hoje e se tornando uma das modalidades mais tradicionais do programa olímpico.

Em Tóquio 1964, o judô foi disputado em apenas quatro categorias, sendo ampliado para seis categorias em Munique 1972 e para oito categorias em Moscou 1980. Até os Jogos de Seul 1988, a modalidade era disputada apenas por homens. Só a partir dos Jogos Olímpicos de Barcelona 1992 que as mulheres passaram a fazer parte do programa olímpico do judô. Com isso, a modalidade passou a ter 14 categorias, sete masculinas e sete femininas, permanecendo assim até a Rio 2016.


BRASIL
O Brasil participou de todas as edições em que a modalidade fez parte. O primeiro judoca brasileiro a participar dos Jogos Olímpicos foi Lhofei Shiozawa, na categoria até 80kg, em Tóquio-1964. Nascido no Rio de Janeiro, Shiozawa venceu três lutas na fase de classificação, porém derrotado pelo sul-coreano Kim Ein-Tae nas quartas de final.

Ao todo, o país conquistou 22 medalhas no judô, sendo a modalidade em que o Brasil mais subiu ao pódio na história olímpica. Desde Los Angeles-1984, o judô brasileiro está sempre medalhando. A primeira medalha veio com Chiaki Ishii, que conquistou o bronze em Munique-1972 na categoria até 93kg. Já o primeiro campeão olímpico foi Aurélio Miguel, em Seul-1988, na categoria até 95kg, chamado de meio-pesado na época.

Ketleyn Quadros. Foto: Divulgação/COB

Com as mulheres participando apenas a partir de Barcelona 1992, a primeira medalha olímpica feminina brasileira veio apenas em Pequim-2008 com Ketleyn Quadros, na categoria até 57kg. Quatro anos mais tarde, Sarah Menezes viria a ser a primeira campeã olímpica da modalidade, com o ouro conquistado em Londres-2012 na categoria até 48kg. Na Rio-2016, Rafaela Silva viria a se consagrar subindo ao lugar mais alto do pódio na categoria até 57kg.

Nas últimas sete edições olímpicas, o Brasil é um dos três países que levaram pelo menos 12 judocas na sua delegação. Ao longo deste período, apenas os franceses e japoneses levaram uma equipe tão extensa.

Quantas medalhas tem o Brasil em Olimpíadas no judô

FORMATO DE DISPUTA
Em Tóquio, serão disputadas 14 categorias individuais, sete por gênero. Em cada categoria, os judocas se enfrentam em sistema eliminatório até a final. Caso o(a) judoca seja derrotado nas quartas de final, ele(a) ainda terá chance de lutar pela medalha de bronze. Para isso, terá que vencer duas lutas na repescagem. A primeira contra um(a) derrotado(a) nas quartas de final e a segunda contra um(a) perdedor(a) na semifinal. Já quem perder na semifinal, precisará apenas de uma luta na repescagem para lutar pelo bronze, onde enfrentará o(a) vencedor(a) da primeira fase da repescagem. O judô distribui duas medalhas de bronze por categoria.

A novidade para esta edição será a disputa por equipes mistas. Doze países disputarão a competição que fará sua estreia em Tóquio. Cada confronto será em melhor de sete lutas, avançando para a fase seguinte o país que vencer quatro lutas.

Assim como nas categorias individuais, a disputa por equipes também distribuirá duas medalhas de bronze, em um sistema similar. Os perdedores das quartas de final disputarão duas lutas na repescagem para a conquista do bronze, enquanto o perdedor da semifinal disputa apenas uma luta na repescagem contra o vencedor da primeira fase da repescagem.


ANÁLISES

ATÉ 48kg FEMININO
Eliminatórias: 23/07, às 23h
Final: 24/07, às 07h aproximadamente

Favoritas ao ouro: Daria Bilodid (UKR), Tonaki Funa (JPN) e Distria Krasniqi (KOS)
Candidatas ao pódio: Urantsegtseg Munkhbat (MGL), Julia Figueroa (ESP) e Paula Pareto (ARG)
Podem surpreender: -
Brasil: Gabriela Chibana

Bicampeã mundial em 2018 e 2019, a jovem Daria Bilodid, de apenas 20 anos de idade, tem chances de ser a primeira judoca do país a ganhar o ouro olímpico. Mas a tarefa não será nada fácil, já que ela terá duras concorrentes como a japonesa Tonaki Funa, campeã em 2017, e a kosovar Distria Krasniqi, líder do ranking mundial e que pretende repetir o feito da compatriota Majlina Kelmendi na Rio 2016.

Outras três atletas brigarão por pódio e prometem incomodar as favoritas ao título. Uma delas é a mongol Urantsegtseg Munkhbat, que subiu ao pódio nos últimos dois Mundiais. Outra é a espanhola Julia Figueroa, bronze no último Mundial, e a argentina Paula Pareto, atual campeã olímpica.

Gabriela Chibana será a representante do Brasil nesta categoria. Aos 27 anos de idade, Chibana fará sua estreia em Jogos Olímpicos. Na 26ª posição do ranking mundial, a brasileira não será cabeça de chave e com isso poderá cruzar com as favoritas logo nas primeiras lutas. Caso caia em uma boa chave, pode sonhar em chegar pelo menos até às quartas de final, o que já lhe garantiria uma repescagem para brigar pelo bronze.

Ucrânia judô
Daria Bilodid tentará ser a primeira campeã olímpica da Ucrânia na história do judô (Foto: Reuters)

ATÉ 60kg MASCULINO
Eliminatórias: 23/07, às 23h
Final: 24/07, às 07h20 aproximadamente

Favoritos ao ouro: Takato Naohisa (JPN) e Robert Mshvidobadze (ROC)
Candidatos ao pódio: Yeldos Smetov (KAZ), Francisco Garrigós (ESP), Sharafuddin Lutfillaev (UZB), Lukhumi Chkvimiani (GEO) e Kim Won-jin (KOR)
Podem surpreender: -
Brasil: Eric Takabatake

Bronze na Rio 2016, o japonês Takato Naohisa foi bicampeão mundial em 2017 e 2018 e, atuando em casa, chega como principal candidato ao ouro. Seu principal rival deve ser o russo Robert Mshvidobadze, que perdeu para o japonês na final do Mundial de 2018.

Outros cinco judocas chegam como fortes candidatos a medalhas e, quem sabe, aprontar para cima dos favoritos. Um deles é o cazaque Yeldos Smetov, prata nos Jogos do Rio. Outro é o georgiano Lukhumi Chkhvimiani, campeão mundial em 2019, ganhando na final para o uzbeque Sharafuddin Lutfillaev, também candidato ao pódio. Outros dois fortes concorrentes são o espanhol Francisco Garrigós e o sul-coreano Kim Won-jin.

O brasileiro que disputará esta categoria é Eric Takabatake, que aos 30 anos de idade disputará a sua primeira Olimpíada. Em 14º lugar no ranking mundial, o paulista de São Bernardo do Campo não será cabeça de chave, podendo cruzar com um dos favoritos logo cedo. A expectativa é que o brasileiro possa cair numa boa chave para que chegue pelo menos até as quartas de final, o que lhe já permitiria brigar pelo menos pela medalha de bronze.


ATÉ 52kg FEMININO
Eliminatórias: 24/07, às 23h
Final: 25/07, às 07h aproximadamente

Favoritas ao ouro: Abe Uta (JPN) e Amandine Buchard (FRA)
Candidatas ao pódio: Majlinda Kelmendi (KOS), Ana Perez Box (ESP), Odette Giuffrida (ITA), Charline van Snick (BEL), Chelsie Giles (GBR) e Natalia Kuziutina (ROC)
Podem surpreender: Larissa Pimenta (BRA)
Brasil: Larissa Pimenta

Bicampeã mundial em 2018 e 2019, Abe Uta é mais uma japonesa que chega como favorita ao ouro em casa. Sua principal adversária será a francesa Amandine Buchard, que este ano foi campeã europeia e do Masters de Doha.

Outras judocas europeias que brigarão pelo pódio são a kosovar Mejlinda Kelmendi, atual campeã olímpica da categoria; a espanhola Ana Perez Box, vice-campeã mundial este ano; a italiana Odette Giuffrida, atual vice-campeã olímpica e campeã europeia no ano passado; a britânica Chelsie Giles, campeã do Grand Slam de Tel Aviv este ano; a russa Natalia Kuziutina, bronze na Rio 2016 e vice-campeã mundial em 2019; e a belga Charline van Snick.

Amandine Buchard. Foto: IJF

A jovem Larissa Pimenta, de 22 anos, será mais uma estreante da equipe brasileira de judô para os Jogos Olímpicos. Na 14ª posição do ranking mundial, a atleta não será cabeça de chave, correndo o risco de enfrentar uma das favoritas logo nas primeiras lutas. A campeã do Pan de Lima terá que torcer para cair numa chave menos complicada possível, mas tem potencial para surpreender.


ATÉ 66kg MASCULINO
Eliminatórias: 24/07, às 23h
Final: 25/07, às 07h20 aproximadamente

Favoritos ao ouro: Abe Hifumi (JPN), Manuel Lombardo (ITA), An Baul (KOR)
Candidatos ao pódio: Vazha Margvelashvili (GEO), Bashkhuu Yondonperenlei (MGL), Baruch Shmailov (ISR), Alberto Gaitero Martin (ESP), Sardor Nurillaev (UZB), Yakub Shamilov (ROC)
Podem surpreender: Daniel Cargnin (BRA)
Brasil: Daniel Cargnin

Há pelo menos três judocas que brigarão pelo ouro. Bicampeão mundial em 2017 e 2018, Abe Hifumi terá uma vantagem competitiva por atuar em casa e terá como principais concorrentes o sul-coreano An Baul, prata na Rio 2016, e o italiano Manuel Lombardo, número um do ranking e vice-campeão mundial este ano, e que tentará ser o segundo judoca seguido do país a ganhar o ouro olímpico na categoria.

Em um segundo patamar, mas brigando por medalha estão o georgiano Vazha Margvelashvili, bronze do Mundial de 2017; o mongol Baskhuu Yondonperenlei e o russo Yakub Shamilov, bronzes no Mundial deste ano; o israelense Baruch Shmailov, vice-campeão do Masters de Doha deste ano; o espanhol Alberto Gaitero Martin, campeão do Grand Slam de Tel Aviv deste ano; e o uzbeque Sardor Nurillaev, atual campeão asiático.

O participante brasileiro será o jovem Daniel Cargnin, de apenas 23 anos e que fará sua estreia olímpica. Número 13 do ranking mundial, Cargnin não será cabeça de chave e, portanto, poderá cruzar com um dos favoritos logo nas primeiras lutas. Entretanto, o brasileiro tem potencial para surpreender e, quem sabe, sonhar com uma medalha em Tóquio.

Daniel Cargnin. Foto: Wander Roberto/COB


ATÉ 57kg FEMININO
Eliminatórias: 25/07, às 23h
Final: 26/07, às 07h aproximadamente

Favoritas ao ouro: Jessica Klimkait (CAN) e Yoshida Tsukasa (JPN)
Candidatas ao pódio: Nora Gjakova (KOS), Sarah-Léonie Cysique (FRA), Theresa Stoll (GER), Hedvig Karakas (HUN) e Sumiya Dorjsuren (MGL)
Podem surpreender: -
Brasil: Não tem

Embalada pelo título mundial da categoria este ano, a canadense Jessica Klimkait vem forte para brigar pelo ouro. A atual líder do ranking terá como principal adversária a japonesa Yoshida Tsukasa, campeã mundial em 2018. Caso disputem uma eventual final olímpica, haverá um tira-teima no confronto entre elas que está empatado em 2 a 2.

Lutarão por um lugar no pódio a kosovar Nora Gjakova e a alemã Theresa Stoll, que ganharam o bronze no último Mundial; a francesa Sarah-Léonie Cysique, prata no Masters de Doha; a húngara Hedvig Karakas, campeã europeia em 2012; e a mongol, atual vice-campeã olímpica, Sumiya Dorjsuren.

A grande ausência na disputa será da campeã olímpica Rafaela Silva, suspensa por doping. A jovem Ketelyn Nascimento passou a brigar pela vaga olímpica em 2020, após a punição de Rafaela. Entretanto, não conseguiu bons resultados e ficou sem a classificação. Desta forma, o Brasil não terá representante nesta categoria em Tóquio.


ATÉ 73kg MASCULINO
Eliminatórias: 25/07, às 23h
Final: 26/07, às 07h20 aproximadamente

Favoritos ao ouro: Rustam Orujov (AZE), Lasha Shavdatuashvili (GEO), An Changrim (KOR) e Onei Shohei (JPN)
Candidatos ao pódio: Tommy Macias (SWE), Tsogtbaatar Tsend-Ochir (MGL) e Bilau Çiloglu (TUR)
Podem surpreender: -
Brasil: Eduardo Barbosa

A briga pelo ouro nesta categoria promete ser intensa, já que quatro judocas são fortes candidatos para o título olímpico. O primeiro a ser destacado é o azeri Rustam Orujov, prata na Rio 2016 e líder do ranking mundial. O segundo é o georgiano Lasha Shavdatuashvili, atual campeão mundial. Além destes, outros dois asiáticos chegarão muito forte para Tóquio. Um deles é o sul-coreano An Changrim, campeão mundial em 2018, e o outro é o japonês Onei Shohei, campeão mundial em 2019 e que tem a vantagem de atuar em casa.

Rustam Orujov. Foto: IJF


Na briga por medalha estão o sueco Tommy Macias, atual vice-campeão mundial; o mongol Tsogtbaatar Tsend-Ochir, vencedor dos Grand Slams de Tashkent e Tbilisi este ano; e o turco Bilau Çiloglu, bronze no último Mundial.

O representante do Brasil na categoria será Eduardo Barbosa, que aos 29 anos de idade é mais um brasileiro estreante em Jogos Olímpicos. Na posição de número 34 do ranking mundial, o judoca conquistou a vaga através da cota continental e torcerá para cair em uma boa chave para ir mais longe possível na competição.


ATÉ 63kg FEMININO
Eliminatórias: 26/07, às 23h
Final: 27/07, às 07h aproximadamente

Favoritas ao ouro: Clarisse Agbegnenou (FRA)
Candidatos ao pódio: Tina Trstenjak (SLO), Miku Tashiro (JPN), Catherine Beauchemin-Pinard (CAN), Ketleyn Quadros (BRA) e Martyna Trajdos (GER)
Podem surpreender: -
Brasil:

O ciclo olímpico foi dominado pela francesa Clarisse Agbegnenou, que conquistou quatro dos seus cinco títulos mundiais entre 2017 e 2021. Com isto, ela é a principal favorita ao ouro em Tóquio. Quem pretende desafiá-la mais uma vez é a eslovena Tina Trstenjak, atual campeã olímpica, derrotando a francesa na final no Rio. 

Tashiro Miku é uma das poucas japonesas que não serão favoritas ao ouro em Tóquio, mas não se pode desprezar a vice-campeã mundial de 2018 e 2019. Outra candidata é a alemã Martyna Trajdos, bronze no Mundial de 2019.

Primeira brasileira a ganhar uma medalha de ouro em esportes individuais, Ketleyn Quadros tentará usar toda a sua experiência para poder repetir em Tóquio o feito de Pequim 2008. Oitava colocada no ranking mundial, a brasileira será cabeça de chave, o que lhe permite um caminho acessível até as quartas de final. Nesta fase, ela poderá cruzar com a canadense Catherine Beauchemin-Pinard, também candidata a medalha, atleta que a brasileira já venceu em uma oportunidade.

Primeira medalhista olímpica do Brasil no judô
Ketleyn Quadros foi a primeira mulher brasileira a conquistar uma medalha olímpica em esportes individuais (Foto: Abelardo Mendes Jr)

ATÉ 81kg MASCULINO
Eliminatórias: 26/07, às 23h
Final: 27/07, às 07h20 aproximadamente

Favoritos ao ouro: Matthias Casse (BEL) e Sagi Muki (ISR)
Candidatos ao pódio: Tato Grigalashvili (GEO), Vedat Albayrak (TUR), Frank de Wit (NED), Saeid Mollaei (MGL) e Nagase Takanori (JPN)
Podem surpreender: -
Brasil: Eduardo Yudy

Últimos campeões mundiais e líderes do ranking, o belga Matthias Casse e o israelense Sagi Muki pintam como principais favoritos ao ouro na categoria. Na briga por um dos quatro lugares do pódio estão nomes como o georgiano Tato Grigalashvili, atual vice-campeão mundial, o japonês Nagase Takahori, bronze nos Jogos do Rio, e Saeid Mollai, que representará Mongólia, mas que foi campeão mundial em 2018 representando o Irã.

O representando do Brasil na categoria será Eduardo Yudy, que é mais um judoca brasileiro a fazer sua estreia olímpica. Aos 26 anos de idade e 24° colocado do ranking mundial, o brasileiro não será cabeça de chave. Logo, poderá ter pedreiras nas primeiras lutas, o que dificultaria seu caminho na competição.


ATÉ 70kg FEMININO
Eliminatórias: 27/07, às 23h
Final: 28/07, às 07h aproximadamente

Favoritas ao ouro: Arai Chizuru (JPN)
Candidatas ao pódio: Sanne van Dijke (NED), Margaux Pinot (FRA), Barbara Matic (CRO) e Michaela Polleres (AUT)
Podem surpreender: Maria Portela (BRA)
Brasil: Maria Portela

Bicampeã mundial em 2017 e 2018, a japonesa Arai Chizuru é mais uma judoca do país-sede com boas possibilidades de subir no lugar mais alto do pódio em Tóquio. Quatro europeias pretendem estragar a festa nipônica: as últimas duas campeãs europeias Sanne van Dijke e Margaux Pinot, a atual campeã mundial Barbara Matic e a medalhista do último mundial Michaela Polleres.

A representante do Brasil será Maria Portela, que aos 33 anos de idade disputará sua terceira Olimpíada. Décima colocada no ranking mundial, a gaúcha será uma das cabeças de chave e com isso evitará enfrentar as favoritas nas primeiras lutas, tendo um caminho acessível até as quartas de final, o que já lhe possibilitaria sonhar com voos mais altos na competição.


ATÉ 90kg MASCULINO
Eliminatórias: 27/07, às 23h
Final: 28/07, às 07h20 aproximadamente

Favoritos ao ouro: Nikoloz Sherazadishvili (ESP) e Noel Van T End (NED)
Candidatos ao pódio:  Krisztián Tóth (HUN), Lasha Bekauri (GEO), Davlat Bobonov (UZB), Nemanja Majdov (SRB), Ivan Felipe Silva Morales (CUB), Mikhail Igolnikov (ROC), Marcus Nyman (SWE) e Mukai Shoichiro (JPN)
Podem surpreender: -
Brasil: Rafael Macedo

Em uma categoria com muitos postulantes ao pódio, os favoritos ao ouro em Tóquio são Nikoloz Sheradishvili e Noel Van T End, últimos dois campeões mundiais, com destaque maior para o georgiano naturalizado espanhol, que faturou em 2018 e este ano. Os judocas não-europeus que lutaram por uma medalha são o cubano Ivan Felipe Silva Morales, o japonês Mukai Shoichiro e o uzbeque Davlat Bobonov, últimos três vice-campeões mundiais.

Mais um estreante em Olimpíadas, Rafael Macedo será o representante do Brasil na categoria. Aos 26 anos de idade e atual número 19 do ranking mundial, Rafael é mais um que não será cabeça de chave e poderá ter um caminho indigesto logo no começo da competição.


ATÉ 78kg FEMININO
Eliminatórias: 28/07, às 23h
Final: 29/07, às 07h aproximadamente

Favoritas ao ouro: Madeleine Malonga (FRA), Hamada Shori (JPN) e Anna-Maria Wagner (GER)
Candidatas ao pódio: Mayra Aguiar (BRA), Guusje Steenhuis (NED), Natalie Poewll (GBR) e Loriana Kuka (KOS)
Podem surpreender: -
Brasil: Mayra Aguiar

Últimas três campeãs mundiais, a francesa Madeleine Malonga, a japonesa Hamada Shori e a alemã Anna-Maria Wagner pintam como principais favoritas ao ouro em Tóquio. Guusje Steenhuis, Natalie Powell e Loriana Koka, que subiram ao pódio nas últimas edições de Mundial, também prometem brigar por medalhas.

Primeira brasileira a ganhar duas medalhas olímpicas em um esporte individual, Mayra Aguiar começou o ciclo olímpico sendo campeã mundial em 2017 e foi bronze no Mundial em 2019. Porém, no fim do ano passado, sofreu uma grave lesão no joelho e correu contra o tempo para estar apta e em forma para os Jogos. Seu talento e experiência serão fundamentais para que a gaúcha possa conquistar sua terceira medalha olímpica.

Mayra Aguiar é a única judoca brasileira com duas medalhas olímpicas
Com dois bronzes olímpicos, Mayra Aguiar buscará em Tóquio o tão sonhado ouro (Foto: IJF)

ATÉ 100kg MASCULINO
Eliminatórias: 28/07, às 23h
Final: 29/07, às 07h20 aproximadamente

Favoritos ao ouro: Jorge Fonseca (POR)
Candidatos ao pódio: Varlam Liparteliani (GEO), Michael Korrel (NED), Peter Paltchik (ISR), Aaron Wolf (JPN), Cho Gu-ham (KOR) e Niyaz Ilyasov (ROC)
Podem surpreender: -
Brasil: Rafael Buzacarini

Atual bicampeão mundial, o português Jorge Fonseca chega com boas possibilidades de ser o primeiro judoca do país a ser campeão olímpico. Para conseguir tal feito, ele terá alguns adversários como o georgiano Varlam Liparteliani, líder do ranking mundial, o sul-coreano Cho Gu-ham, campeão mundial em 2018, e o japonês naturalizado Aaron Wolf.

Rafael Buzacarini será o judoca que representará o Brasil em Tóquio. Aos 29 anos de idade, o paulista disputará sua segunda Olimpíada na carreira. Número 17 do ranking mundial, Buzacarini não terá vida fácil, já que não será cabeça de chave, podendo pegar um dos favoritos logo no começo de sua caminhada.


MAIS 78kg FEMININO
Eliminatórias: 29/07, às 23h
Final: 30/07, às 07h aproximadamente

Favoritas ao ouro: Sone Akira (JPN) e Idalys Ortiz (CUB)
Candidatas ao pódio: Iryna Kindzerska (AZE), Maria Suelen Altheman (BRA), Romane Dicko (FRA), Kayra Sayit (TUR), Nihel Cheikh Rouhou (TUN) e Marina Slutskaya (BLR)
Podem surpreender: -
Brasil: Maria Suelen Altheman

Duas atletas despontam como principais favoritas na disputa pelos pesados. A primeira é a japonesa Sone Akira, campeã mundial em 2019. A outra é a cubana Idalys Ortiz, líder do ranking mundial e que neste ciclo olímpico foi vice-campeã mundial em 2018 e 2019.

A disputa promete ser acirrada pelas medalhas, pois há fortes candidatas como a azeri Iryna Kindzerska, prata no Masters de Doha este ano, perdendo a final para a francesa Romane Dicko, outra postulante ao pódio. A turca Kayra Sayit vem embalada pelo título europeu conquistado este ano. Outra forte candidata europeia é a belarrussa Marina Slutskaya, vice-campeã do Grand Slam de Kazan. Já a tunisiana Nihel Cheikh Rouhou vem com tudo para representar bem o continente africano, já que este ano ela foi bronze no Masters de Doha.

A representante do Brasil será Maria Suelen Altheman, que vai disputar sua terceira Olimpíada. Quinta colocada em Londres 2012, a paulista também é forte concorrente na luta pelo pódio. Ela será cabeça de chave do torneio olímpica, o que propicia um caminho menos espinhoso nas primeiras lutas. Na semifinal ela poderá cruzar com sua velha conhecida Idalys Ortiz, de quem venceu este ano no Mundial, quebrando uma sequência de 17 derrotas para a cubana.


MAIS 100kg MASCULINO
Eliminatórias: 29/07, às 23h
Final: 30/07, às 07h20 aproximadamente

Favorito ao ouro: Teddy Riner (FRA)
Candidatos ao pódio:  Tamerlan Bashaev (ROC), Lukás Krpálek (CZE), Harasawa Hisayoshi (JPN), Guram Tushishvili (GEO) e Rafael Silva (BRA)
Podem surpreender: -
Brasil: Rafael Silva

No ano passado, o francês Teddy Riner surpreendeu o mundo ao ser derrotado em uma luta, perdendo uma invencibilidade de 10 anos. Entretanto, não há como tirar o favoritismo do francês, que é 10 vezes campeão mundial e que lutará pelo tricampeonato olímpico em Tóquio. O curioso é que o francês não será cabeça de chave, para desespero dos seus adversários, que poderão enfrentá-lo logo de cara.

Quem tentará acabar com o reinado de Riner é o russo Tamerlan Bashaev, atual líder do ranking e vice-campeão mundial. Outro candidato é o tcheco Lukás Krpálek, atual campeão olímpico da categoria até 100 kg e campeão mundial em 2019 desta categoria, vencendo na final o japonês Harasawa Hisayoshi, outro postulante a medalha. O georgiano Guram Tushishvili, campeão mundial em 2018, também é candidato ao pódio

O representante do Brasil nesta categoria será mais uma vez Rafael Silva. O "Baby" vai para a sua terceira Olimpíada, onde tentará subir ao pódio assim como fez em Londres 2012 e Rio 2016. Aos 34 anos de idade, o brasileiro usará toda a sua experiência como trunfo para conquistar mais uma medalha olímpica para a sua coleção.

Francês do judô
Ouro em Londres 2012 e Rio 2016, Teddy Riner buscará em Tóquio o tricampeonato olímpico (Foto: Reuters)

EQUIPES MISTAS
Eliminatórias: 30/07, às 23h
Final: 31/07, às 07h aproximadamente

Favorito ao ouro: Japão (JPN)
Candidatos ao pódio: França (FRA), Brasil (BRA), Comitê Olímpico Russo (ROC), Coreia do Sul (KOR) e Uzbequistão (UZB)
Podem surpreender: Mongólia (MGL) e Canadá (CAN)
Brasil: Está classificado.

A competição por equipes mistas fará sua estreia em Jogos Olímpicos. Tetracampeão mundial, o Japão pinta como grande favorito ao ouro olímpico. Três vezes vice-campeão mundial, a França pinta como segunda força na disputa por medalhas.

O Brasil pinta como terceira força. Vice-campeão mundial em 2017 e bronze em 2019 e 2021, os brasileiros só não subiram ao pódio no Mundial de 2018. A disputa por medalhas promete ser disputada, com muitos países como possibilidades de medalhar. Destaques para o Comitê Olímpico Russo, Coreia do Sul e Uzbequistão, que subiram ao pódio em Mundiais deste ciclo.

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