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Fê Garay brilha, e Brasil vence a República Dominicana em jogo duríssimo em Tóquio


Foi difícil, mas deu Brasil na segunda rodada dos Jogos Olímpicos de Tóquio. Encarando uma inspirada seleção da República Dominicana, a seleção brasileira demorou para engrenar, mas venceu a partida por 3 sets a 2 (22-25, 25-17, 25-15, 23-25 e 15-12) em grande jogo de Fernanda Garay. Agora, a equipe volta à quadra na quinta-feira (29), às 07h40, contra o Japão.

A equipe caribenha costuma ter o ataque forte como principal fundamento. Porém, o time comandado pelo brasileiro Marcos Kwiek mostrou um volume de jogo defensivo surpreendente, principalmente no primeiro set. O Brasil demorou a engrenar na virada de bola, mas cresceu no decorrer da partida e construiu a virada naturalmente no terceiro set. As dominicanas voltaram a complicar e levaram o quarto set, mas, no tie-break, a seleção brasileira conseguiu a vitória.

Aniversariante do dia, Carol Gattaz completou 40 anos e marcou 17 pontos para o Brasil. O grande destaque do Brasil, porém, foi a ponteira Fernanda Garay, que terminou a partida com 26 pontos, além de ser a liderança do time nos momentos tensos. Do lado dominicano, Brayelin Martinez, que defende o Praia Clube na Superliga Brasileira, marcou 21 pontos.

O resultado coloca o Brasil na vice-liderança do Grupo A, com duas vitórias em dois jogos. A líder é a Sérvia, que também venceu suas duas partidas, mas sem ceder nenhum set até aqui. As duas seleções se enfrentam na quarta rodada.

Escalações

Brasil: Macris, Tandara, Carol, Carol Gattaz, Gabi, Fernanda Garay e Camila Brait (L). Técnico: José Roberto Guimarães. Entraram: Roberta, Rosamaria e Natália.

República Dominicana: Niverka Marte, Gaila González, Jineiry Martinez, Lisbel Eve, Brayelin Martínez, Yonkayra Peña e Brenda Castillo (L). Técnico: Marcos Kwiek. Entraram: Larysmer Martínez Caro, Camil Dominguez Martínez, Priscila Rivera e Bethania De La Cruz.

O jogo


A República Dominicana começou o primeiro set melhor, mostrando sua tradicional força no ataque para abrir 5 a 1. Zé Roberto parou o jogo para organizar o time brasileiro, e deu certo: a seleção encostou em 5 a 4. Depois, em dois toques da líbero Brenda Castillo, o jogo ficou igual em 7 a 7.

Com um impressionante volume de jogo, a equipe caribenha complicava o jogo para as brasileiras. A ponteira Brayelin Martinez, que joga como oposta no Dentil/Praia Clube, foi a principal referência das dominicanas na parcial, comandando o time para abrir 13 a 10. Foi quando o Brasil, enfim, deslanchou no ataque e empatou em 13 a 13, em contra-ataque definido por Tandara. Porém, as dominicanas responderam e abriram 15 a 13.

Precisando mudar o rumo do jogo, Zé Roberto colocou Roberta e Rosamaria em quadra. A mexida não encaixou no primeiro momento, e a República Dominicana chegou a 18-16. No entanto, o Brasil buscou o placar e, em bloqueio de Gabi sobre Peña, a Seleção assumiu a dianteira pela primeira vez no jogo em 19-18. Novamente, o time brasileiro cometeu erros, e as adversárias retomaram a ponta e abriram 22 a 20. Depois, foi só administrar e fechar a parcial em 25 a 22.

Dominicanas tiveram atuação coletiva impecável no primeiro set (Foto: Reprodução/FIVB)

O Brasil começou o segundo set mais ligado e abriu 4 a 1. Em boa passagem de Fernanda Garay pelo saque, a vantagem aumentou para 10 a 3. Porém, novamente a virada de bola do Brasil se tornou im problema, e as dominicanas encostaram em 10 a 7. Zé Roberto pediu tempo, e a parada fez bem para o time verde e amarelo, que chegou a 13 a 7.

A partir daí, as dominicanas conseguiram igualar o jogo, trocando pontos, mas sem conseguir igualar o placar. Enquanto isso, Roberta e Rosamaria voltaram a ser acionadas na inversão, e entraram bem: Rosamaria pontuou no ataque e no bloqueio, enquanto Roberta virou uma bola de segunda e fez uma boa distribuição. Em largadinha de Garay, o Brasil fechou o set em 25 a 17.

Fernanda Garay foi a melhor jogadora do Brasil no jogo (Foto: Reprodução/FIVB)

A terceira parcial começou equilibrada, com os dois times trocando pontos até o 6 a 6. Foi quando a central Carol chamou a responsabilidade e passou a ser o principal nome do Brasil no ataque. Além disso, ela ainda teve uma boa passagem pelo saque, conseguindo um ace que deu ao Brasil a vantagem de 11 a 8.

Aos poucos, a margem foi se ampliando. Em dois aces consecutivos da aniversariante Gattaz, o placar chegou a 20 a 12. Depois, Carol bloqueou Peña e levou o jogo para 22 a 12. Por fim, em erro de ataque de Eve, a Seleção finalizou a parcial: 25 a 13.

Carol Gattaz completou 40 anos nesta terça-feira (Foto: Reprodução/FIVB)

Precisando da vitória no quarto set para forçar o tie-break, a República Dominicana foi para o tudo ou nada e abriu 5 a 3. Pouco eficiente nas duas parciais anteriores, a defesa das caribenhas voltou a funcionar e incomodou o ataque do Brasil. Em contra-ataque de González, o time de Marcos Kwiek abriu 10 a 5.

Macris tentou responder com um ace, encostando em 10 a 7. Depois, Carol cresceu sobre Martínez na rede e levou o placar para 11 a 9. Pela terceira vez no jogo, Roberta e Rosamaria entraram em quadra, mas, desta vez, a mudança não surtiu efeito no marcador. A reação viria depois, com Fernanda Garay virando duas bolas e empatando o jogo em 18 a 18. Depois, marcou um ace e colocou a seleção na frente em 21 a 20.

As dominicanas não sentiram a virada. Em bloqueio sobre Gabi, o time passou à frente em 23 a 22. O Brasil ainda teve a oportunidade de retomar a liderança, mas Gabi atacou para fora. Eve bloqueou Carol, e a República Dominicana levou o set em 25 a 23.

Brenda Castillo, uma das maiores líberos de todos os tempos, fez partida irretocável na defesa (Foto: Reprodução/FIVB)

Apagada no jogo, Tandara marcou o primeiro ponto do Brasil no tie-break. Porém, a seleção seguiu desperdiçando contra-ataques, o que manteve as dominicanas coladas no placar. Em bloqueio sobre Carol Gattaz, as caribenhas passaram a frente em 5 a 4. O Brasil recuperou a liderança em ataque de Garay, chegando à virada de quadra com 8 a 7.

Os dois times seguiram trocando pontos, até que Rosamaria, que saiu do banco na inversão, marcou um ponto de bloqueio providencial levando o placar à 12 a 10. Depois, um erro de ataque de Peña deu ao Brasil o match point. E a bola do jogo foi virada por Gabi: 15 a 12 no tie-break e 3 a 2 no jogo.

Foto de capa: Reprodução/FIVB

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