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Ana Patrícia e Rebecca levam a virada, mas seguem vivas no torneio olímpico de vôlei de praia


Em partida muito equilibrada, as brasileiras Ana Patrícia e Rebecca tiveram sua segunda derrota na fase de grupos do vôlei de praia feminino, nos Jogos Olímpicos de Tóquio. Elas foram superadas pela parceria estadunidense de Kelly Claes e Sarah Sponcil, de virada, por 2 sets a 1 e parciais de 17-21, 21-19 e 15-11.

A atuação vista no primeiro set foi animadora e as brasileiras jogaram bem nos pontos chave. Mas caíram de produção no terceiro e decisivo set, ao tomarem uma larga vantagem da dupla adversária.

Com essa derrota, Ana Patrícia e Rebecca terminam a fase de grupos com apenas uma vitória, enquanto Claes e Sponcil estão invictas. No outro jogo do Grupo D, Graudina/Kravcenoka da Letônia são as favoritas contra a parceria do Quênia, de Makokha/Khadambi, o que deverá deixar as brasileiras na terceira posição.

Desta forma, Ana Patrícia e Rebecca precisam aguardar o fim da rodada para saberem se vão às oitavas de final de forma direta, como uma das duas melhores terceiras colocadas do torneio ou se precisarão disputar a repescagem, com as demais terceiras.

"No primeiro set fomos muito bem, no segundo estávamos bem, mas entrou uma sequência de pontos delas que não esperávamos, em erros que normalmente não cometemos. Aconteceu e temos de entender e melhorar para o próximo. E no tiebreak começou com uma diferença de três pontos evitáveis, que tomamos decisões erradas. Não desistimos, tentamos buscar, mas reconhecemos que podemos jogar melhor", disse Ana Patrícia, em entrevista na zona mista. 

O jogo

Dos primeiros cinco pontos da partida, três foram da dupla do Brasil, que apesar de liderar o placar, era seguida de muito perto pelas estadunidenses. No entanto, com dois erros de Ana Patrícia e Rebeca, as adversárias tomaram a liderança do marcador, tornando o jogo ainda mais complicado.

Com uma partida tão parelha, as brasileiras passaram a fazer variações em seu estilo de jogo, alternando entre ataques com mais força e toques com mais técnica, encobrindo as adversárias ou surpreendendo com deixadinhas. O jogo estava tão complicado, que em momento algum uma das duplas conseguiu abrir mais de três pontos de vantagem no placar. Até a reta final.

Curiosamente, quando Ana Patrícia e Rebecca tinham 19-17, elas engataram mais dois pontos, um num lance defensivo e outro no bloqueio, para garantir a vitória na parcial, fechando o set em 21-17, com importante vantagem conquistada num momento chave da partida.

Enquanto Rebecca estava comandando os pontos de ataque da dupla (oito tentos), Ana Patrícia teve boa atuação nos bloqueios, com quatro pontos no primeiro set neste fundamento.

O segundo set manteve o mesmo nível de disputa apresentado no primeiro. As duplas alternavam na liderança do placar a todo momento, sem que alguém conseguisse abrir uma larga vantagem.

Até que na terceira virada de lado, as estadunidenses, que lideravam por 11 a 10, começaram a colocar ainda mais intensidade da partida e ampliaram a vantagem, ficando pela primeira vez com quatro tentos na frente das brasileiras.

Numa boa sequência de saques e com direito a um ace de Rebeca, as brasileiras começaram a reagir na parcial. Um belo bloqueio de Ana Patrícia, no limite, fez com que a vantagem que chegou a ser de cinco pontos, caísse para apenas um.

Mas na categoria, Sponcil encobriu a dupla brasileira, dando números finais ao segundo set e forçando a disputa do tiebreak.

O jogo mudou completamente de panorama no set desempate, com as estadunidenses abrindo rapidamente quatro pontos de vantagem, sendo superiores nos ataques, bloqueios e também na defesa.

Com a boa margem aberta no início do tiebreak, Claes e Sponcil apenas administraram o jogo, tendo sempre o passe na mão, enquanto as brasileiras não conseguiam pressionar. Após um saque para fora, as estadunidenses fecharam o desempate em 15-11 e garantiram a vitória de virada.

Foto: John Sibley/Reuters

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