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SurtoLista - Dez atletas brasileiros mais jovens em Jogos Olímpicos



Com a presença confirmada da skatista Rayssa Leal nos jogos olímpicos de Tóquio,  teremos uma nova atleta com o status de mais jovem da história a representar o Brasil em olimpíadas. E o SurtoLista surge em edição extraordinária para montar o top 10 de atletas brasileiros mais jovens a marcarem presença dos jogos olímpicos, e você vai ver que dois esportes tinham muitos meninos e meninas prodígios a desbravarem os jogos olímpicos ainda adolescentes. Mais jovial do que isso, impossível!

Então vamos sem mais delongas aos 'novinhos' brasileiros em jogos olímpicos, em ordem decrescente e já com Rayssa Leal constando na lista:


10º Lugar - Jennifer Oliveira (Ginástica Rítmica): Jennifer foi a caçula da delegação brasileira nos jogos de Atenas em 2004. Com apenas 15 anos e 163 dias, ela pisou no tablado olímpico com a equipe brasileira de ginástica rítmica no dia 26 de agosto para ficar ajudar a equipe ficar na oitava colocação. Essa acabou sendo a única participação olímpica de Jennifer, que largou  a carreira  anos depois e foi trabalhar como auxiliar administrativa em um escritório do DPVAT, em Londrina.


9º Lugar - Thalita Nakadomari (Ginástica Rítmica): Mais uma integrante da ginástica rítmica, mas Thalita estreou quatro anos antes em Sydney, com 15 anos e 140 dias quando competiu com a equipe brasileira em 28 de setembro de 2000 - essa também foi a estreia do Brasil na modalidade. Ela representou a seleção até os jogos Pan-americanos de Santo Domingo em 2003, onde conquistou três ouros no conjunto, nas cinco fitas e nos três arcos e duas bolas. Mas também em 2003 resolveu encerrar sua carreira de atleta e passou para a faculdade de educação física, onde se formou e atua na área. 


8º Lugar -  Décio Amaral filho (Natação): Décio foi por doze anos o atleta brasileiro mais jovem a disputar uma olimpíada quando aos 15 anos e 130 dias disputou as eliminatórias dos 100m nado costas nos jogos de Berlim em 1936. Ele não avançou para a próxima fase e essa acabou sendo sua única participação olímpica. Ele se formou em medicina e seguiu carreira médica, falecendo em 1988. como homenagem em seus serviços prestados, existe um centro municipal de saúde no Rio de Janeiro batizado com o seu nome.


7º Lugar - Flávia Nadalutti (Natação): Flávia foi fez parte de uma geração de nadadores prodígios que iam aos jogos olímpicos ainda adolescentes entre os anos 70 e 80. Aos 15 anos e 125 dias, ela disputou as eliminatórias dos 100m borboleta nos jogos de Montreal em 1976, sem conseguir avançar de fase. 

Fenômeno ao vencer o campeonato sul-americano adulto nos 100m costas aso 11 anos, Flávia ainda foi bronze nos jogos Pan-americanos do México aos 14 anos. Mas sua carreira foi curta e aos 17, se aposentou das piscinas para cursar arquitetura, se especializando anos depois em projetos ambientais e de sustentabilidade. Ela inclusive trabalhou no comitê organizador dos jogos do Rio de Janeiro nessa parte.


6º Lugar - Rômulo Arantes (Natação): Você não leu errado, fã de novelas dos anos 80/90: o Galã Rômulo Arantes, antes de se aventurar na teledramaturgia era um prodígio da natação e esteve na olimpíada de Munique em 1972, competindo aos 15 anos e 77 dias nos 100m costas. Ele ainda disputou os 200m costas e o revezamento 4x100m medley, que ficou em uma excelente quinta colocação na época. Ele disputou os Jogos de Montreal e Moscou nas mesmas provas sem conseguir a tão sonhada medalha olímpica.

Rômulo Arantes fez história na natação antes de virar ator de novelas (foto: hall da fama da natação)


Mas Rômulo deixou seu nome na história da natação ao ser o primeiro brasileiro a subir no pódio em um campeonato mundial, sendo bronze nos 100m costas, sua prova mais forte. Nos anos 80 passou a dividir o trabalho nas piscinas com a atuação e em 1987, largou a natação e passou a se dedicar a televisão fazendo grande sucesso como galã de muitas novelas na TV Globo e TV Manchete, e faleceu em 2000, em um acidente de ultraleve, causando comoção no mundo dos esportes e das celebridades.


5º Lugar - Natália Scherer (Ginástica Rítmica): A terceira e última integrante da GRD (sigla de Ginástica rítmica desportiva, nome que a modalidade era conhecida antigamente) foi a caçula da delegação de Sydney em 2000, edição da estreia do Brasil na modalidade. Aos 14 anos e 336 dias, ela esteve disputando a competição por equipes e ficando em oitavo lugar. 

No ciclo de Atenas, sofreu uma lesão séria na quinta vértebra, mas se recuperou e ajudou a equipe faturar três ouros nos jogos Pan-americanos de Santo Domingo em 2003. Natália perdeu a chance de disputar a sua segunda olimpíada ao ser cortada antes de Atenas e resolveu encerrar a carreira, se formando com educação física e trabalhando com dança.


foto: Rio 2016/divulgação


4º Lugar - Carlos Antônio "Rochinha" (Natação): 'Rochinha' foi mais um prodígio a se classificar para uma olimpíada nos anos 70. Com 14 anos e 92 dias, ele estreou na olimpíada de Munique em 1972 aos 14 anos e 92 dias, na prova dos 400m medley. Ele também disputou a prova dos 200m medley e em ambas, não avançou de fase. Foi sua única participação olímpica e ele deixou as piscinas aos 23 anos, indo trabalhar com comércio exterior e depois sendo diretor adjunto de natação do tradicional Minas Tênis Clube. 

Uma curiosidade interessante é que Carlos é irmão de Ricardo Azevedo, jogador de técnico ícone do polo aquático mundial e tio de Tony Azevedo, jogador que fez história na seleção de polo aquático dos Estados Unidos.


3º Lugar - Cristina Teixeira (Natação): Mas uma da geração de prodígios da natação. Apareceu nos jogos olímpicos de Berlim em 1972 aos 14 anos e 65 dias, disputando a prova dos 200m nado peito. Ainda participou da prova dos 200m peito. Esteve nos Jogos de Montreal em 1976 disputando as mesmas provas e se aposentou da natação aos 21 anos, tendo como melhor resultado uma prata nos Jogos Pan-americanos de 1975. Cristina se formou em Biologia e é doutora em GeoEcologia pela UFRJ, Trabalhando com consultoria de meio ambiente para empresas e como professora universitária.


2º Lugar - Talita Rodrigues (Natação): A até então recordista brasileira disputou apenas uma prova na olimpíada de Londres em 1948, o revezamento 4x100m livre feminino, ao lado de Piedade Coutinho, Maria Angélica da Costa e Eleonora Schmitt. quando caiu na piscina pela primeira vez, Talita tinha 13 anos e 347 dias e ajudou o revezamento brasileiro ficar em uma honrosa sexta colocação., sua única participação olímpica.


4x100m livre em Londres 48 - Piedade Coutinho, Talita Rodrigues, Maria Angélica Costa e Eleonora Schmitt (foto: arquivo pessoal de Eleonora Schmitt)

Talita ainda ganharia o bronze no mesmo revezamento 4x100m na primeira edição dos jogos pan-americanos em Buenos Aires em 1951 e após isso, seu paradeiro ficou desconhecido, sem nenhuma informação a seu respeito.  Seu irmão mais velho Sérgio Rodrigues, também foi um atleta olímpico na natação em Londres 48 e  no polo aquático em Helsinque 52, e depois seguiu carreira como advogado e depois, delegado de polícia..


1ºLugar - Rayssa Leal (Skate): A nossa fadinha nem estreou oficialmente, mas quando a rodinha de seu skate encostar na pista montada para a modalidade me Tóquio no dia 26 de julho ela será a atleta brasileira olímpica mais jovem da história, com 13 anos e 203 dias, um recorde que nem podemos dizer que demorará a ser superado, já que pode pintar outra ou outro prodígio no skate, esporte esse que não tem uma idade mínima estipulada para participar dos Jogos olímpicos. Uma das melhores do mundo no Skate Street, Rayssa ainda pode se tornar a medalhista olímpica brasileira mais jovem da história. Estamos na torcida!


Menções honrosas 

foto: Wagner Carmo/COB


- A velocista Rosângela Santos é a medalhista olímpica mais jovem da história, com 17 anos e 245 dias quando disputou a final do 4x100m em Pequim 2008. O Brasil ficou em quarto, mas ganhou a medalha de bronze anos depois por conta do doping do revezamento russo anos depois. Já o brasileiro mais novo a conquistar uma medalha olímpica foi o nadador Jorge Fernandes, bronze no revezamento 4x200m em Moscou 1980, aos 18 anos e 111 dias.

- Já o campeão olímpico brasileiro mais novo da história é o jogador de futebol Gabriel Jesus, que foi ouro nos jogos Rio 2016 aos 19 anos e 123 dias. Já a brasileira mais nova a ser campeã olímpica foi a jogadora de vôlei Thaisa, ouro em Pequim 2008 aos 21 anos e 86 dias.



foto de Destaque: Eduardo Pimental/AFP

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