Começou nesta quarta-feira (2), a Seletiva Paralímpica de natação do Brasil. Com a realização das primeiras provas, quatro nadadores garantiram o índice estabelecido pelo Comitê Paralímpico do Brasil (CPB).
O Brasil tem garantida a presença de 35 atletas na natação nos Jogos Paralímpicos de Tóquio. Já estão confirmados os nadadores que foram campeões no Mundial de 2019: Edênia Garcia (S3), Wendell Belarmino (S11), Carol Santiago (S12) e Daniel Dias (S5). Os outros 31 nomes serão definidos essa semana. Se classificam os atletas que fizerem os fortes índices definidos pelo CPB. As vagas restantes serão distribuídas para os donos dos melhores tempos no ranking mundial (dentro do índice definido pelo Comitê Paralímpico Internacional). Todas as provas da seletiva são multiclasse, com os nadadores competindo contra o cronômetro para garantir a classificação paralímpica.
Os atletas realizam as provas em duas sessões no dia, com ambas valendo para homologação de índices. Na manhã do primeiro dia, três nadadores conseguiram se classificar. Phelipe Rodrigues (S10) fez um tempo de 53.72 nos 100m livre garantindo sua presença em Tóquio. Na mesma prova, Talisson Glock (S6) marcou 1:07.55, quase um segundo mais rápido que o índice.
Susana Schnarndorf carimbou o passaporte para sua terceira paralimpíada. A nadadora, que foi prata na Rio 2016 no revezamento 4x50m livre misto, fez 3:05.75 nos 150m medley, classe SM4, seis segundos abaixo do índice. O tempo é o segundo melhor do mundo neste ano.
O último índice do dia veio na sessão noturna com Gabriel Cristiano, da classe S8. O nadador completou os 100m livre em 1:00.43. Agora o Brasil já conhece oito nomes da equipe paralímpica de natação em Tóquio.
Dentre os nadadores já classificados, Daniel Dias e Carol Santiago fizeram tempos abaixo do índice do CPB. Carol quebrou o recorde das Américas nos 100m livre, classe S12, com um tempo de 58.98. A marca é apenas 57 centésimos mais lenta que o recorde mundial da russa Oxana Savchenko (58.41). Já Daniel Dias, da classe S5, fez os 100m livre em 1:14.20.
O recorde das Américas também foi quebrado por Ruiter Silva, da classe S9, nos 100m livre. O nadador fez um tempo de 56.90. Vale lembrar que a prova não é parte do programa paralímpico na classe de Ruiter.
Foto de capa: Ale Sobral/CPB
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