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Brasil perde para os Estados Unidos e fica com o vice-campeonato da Liga das Nações


Não deu para a seleção brasileira feminina de vôlei. Enfrentando os Estados Unidos, líderes da fase classificatória e que só perderam um jogo em toda competição, o Brasil fez um jogo duríssimo na final da Liga das Nações (VNL). Porém, as americanas mostraram mais regularidade e venceram a decisão por 3 sets a 1 (26-28, 25-23, 25-23 e 25-21), conquistando o tricampeonato do torneio.

A partida foi bastante equilibrada. As duas seleções mostraram muito volume de jogo ao longo de toda a final - não à toa, três dos quatro sets terminaram na margem mínima de dois pontos de vantagem. Porém, nos momentos decisivos, as norte-americanas cresceram e mostraram porque formaram a melhor equipe da fase inicial. O grande nome da seleção campeã foi a ponteira Michelle Bartsch-Hackley, que foi avassaladora no jogo e terminou com 22 acertos.

Do lado brasileiro, Gabi anotou 18 pontos e foi a maior pontuadora da seleção. Outro destaque foi a central Carol, com 17 pontos, sendo 08 de bloqueio. A oposta Tandara, maior anotadora do Brasil na competição até a final, também terminou o jogo com 17 acertos.

Com o título, os Estados Unidos mantiveram a hegemonia na Liga das Nações feminina. As norte-americanas venceram todas as edições do torneio disputadas até agora, tendo sido campeãs também em 2018 - ano em que a VNL substituiu o antigo Grand Prix - e em 2019, quando venceram o Brasil na final por 3 sets a 2.

As duas equipes agora voltam suas atenções para os Jogos Olímpicos de Tóquio. O vôlei feminino tem o início de suas disputas na noite do dia 23 de julho, no horário de Brasília. O Brasil estreia contra a Coreia do Sul pelo Grupo A, enquanto os Estados Unidos enfrentam a Argentina pelo Grupo B.

Times iniciais


Brasil: Macris, Tandara, Fernanda Garay, Gabi, Carol, Carol Gattaz e Camila Brait (L). Técnico: José Roberto Guimarães. Entraram: Rosamaria, Dani Lins e Natália.

Estados Unidos: Jordyn Poulter, Jordan Thompson, Michelle Bartsch-Hackley, Jordan Larson, Foluke Akinradewo, Haleigh Washington e Justine Wong-Orantes. Técnico: Karch Kirally. Entraram: Kelsey Robinson, Micha Hancock e Andrea Drews.

O jogo


Os Estados Unidos começaram o primeiro set melhor, abrindo 3 a 0 com um saque forçado causando estrago na recepção brasileira. Aos poucos, o Brasil se recuperou e igualou as ações. Em ataque de Garay, a seleção passou à frente em 10 a 9, e ampliou para 12 a 10 em bloqueio de Carol Gattaz.

Comandando o jogo, a equipe brasileira chegou a abrir 17 a 13. Porém, foi a vez das norte-americanas reagirem. Em erro do Brasil, os estados Unidos empataram em 22 a 22. Na sequência, Tandara errou um ataque, e as americanas assumiram a ponta com 25 a 24. Em bloqueio sobre Fernanda Garay, o time estadunidense chegou a fechar a parcial em 26 a 24.

Foi aí que um pedido de desafio de José Roberto Guimarães mudou o set. O técnico brasileiro percebeu um toque na rede do bloqueio norte-americano na ação sobre Garay. O vídeo mostrou a infração, e o Brasil seguiu vivo no set. Depois, Tandara bloqueou Thompson, colocando o Brasil à frente. A partir daí, as equipes trocaram pontos até Bartsch-Hackley atacar para fora e a seleção brasileira vencer a parcial por 28 a 26.

Tandara foi o grande nome do Brasil no primeiro set, com 8 pontos (Foto: Reprodução/FIVB)

A segunda parcial começou com um rally espetacular, com direito a defesa com o pé de Gabi e ataque de Tandara para abrir o set. A parcial seguiu equilibrada, com as duas equipes se alternando no comando e sem ninguém desgarrar no placar.

Em ataque de Gattaz, o Brasil chegou a 20 a 19. Os Estados Unidos responderam e assumiram novamente a liderança em 22 a 20. A seleção não se abalou, e Rosamaria e Dani Lins entraram na inversão e contribuíram para empatar o set novamente em 22 a 22. Porém, as americanas retomaram o foco e chegaram ao set point. Gattaz salvou o primeiro bloqueando Bartsch-Hackley, mas a levantadora Poulter marcou de segunda e fechou a parcial em 25 a 23.

A levantadora Jordyn Poulter (esquerda) brilhou na distribuição, enquanto Akinradewo (direita) foi eficiente no ataque (Foto: Reprodução/FIVB)

O equilíbrio permaneceu no terceiro set. O Brasil começou abrindo 5 a 3, mas as americanas logo reagiram e empataram em 5 a 5. Com dificuldade na virada de bola, Fernanda Garay deu lugar à Natália, que já entrou atacando uma linda bola pelo fundo. Embalada, a seleção abriu 12 a 9, mas as americanas novamente mostraram poder de reação e passaram à frente em 13 a 12.

As duas equipes seguiram trocando pontos até a reta final da parcial. Rosamaria e Dani Lins voltaram à quadra com 21 a 20 no placar a favor do Brasil. A inversão, porém, não encaixou de início, e as norte-americanas passaram à frente em 23 a 22. Em bloqueio sobre Gabi, as estadunidenses fecharam a parcial em 25 a 23.

Gabi foi o desafogo do Brasil nos momentos mais truncados da partida (Foto: Reprodução/FIVB)

Mordido pela derrota na parcial anterior, o Brasil começou o quarto set se impondo e abrindo 4 a 0. Foi a vez de Karch Kirally usar o banco e lançar a oposta Drews no lugar de Thompson. Drews entrou bem e se tornou a referência do ataque norte-americano. Em dois erros de ataque consecutivos de Tandara, as estadunidenses encostaram em 10 a 9.

A parcial seguiu encardida, com as adversárias impedindo o Brasil de desgarrar no placar. Em erro de ataque de Gabi, o jogo ficou empatado em 17 a 17. Depois, Carol foi bloqueada na bola de meio, e as americanas passaram à frente. José Roberto Guimarães ainda apostou na troca simples entre Tandara e Rosamaria, mas não foi suficiente para retomar a liderança. Em ataque de Bartsch, os Estados Unidos fecharam o set em 25 a 21, ganharam o jogo por 3 sets a 1 e ficaram com o campeonato.

Foto: Reprodução/FIVB

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