O primeiro dia da Segunda Fase de Treinamento seletiva do atletismo paralímpico terminou com dois atletas com índice para os Jogos Paralímpicos de Tóquio. Nesta terça-feira (15), os atletas de meio fundo e campo competiram pela manhã e à tarde foi a vez dos saltadores. Ao todo, estão inscritos 59 atletas. Todos os atletas deverão aguardar o final da seletiva para confirmar suas vagas para o evento na capital japonesa.
Na manhã desta terça, no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo, o fluminense Emanoel Victor de Oliveira, da classe F37, alcançou o índice do arremesso de peso [14,50m] e estabeleceu o novo recorde das Américas com a marca de 14m58. O recorde anterior já pertencia a um brasileiro, João Victor Teixeira [14,09m].
"É um sentimento bom, nem consigo dimensionar. Tirei um peso dos ombros. Depois da pandemia, de tudo que passei, nascimento da minha filha, são vários sentimentos bons. Agora é continuar treinando", contou Emanoel, que tem paralisia cerebral, que causa atrofia nos membros do lado direito, devido à falta de oxigenação durante o parto.
Emanoel começou no paradesporto em 2008 no futebol de 7 (para paralisados cerebrais) e em 2015 decidiu migrar para o atletismo, para as provas de campo. A primeira convocação para a Seleção Brasileira em um grande evento foi em 2019, para o Campeonato Mundial de Atletismo, em Dubai.
Na ocasião, também no arremesso de peso, ele ficou em sexto lugar. Com a marca alcançada hoje, Emanoel está na terceira posição do ranking mundial, atrás somente do russo Albert Khinchagov [15,19m] e do ucraniano Mykola Zhabnyak [14,69m].
A mineira Izabella Campos (F11) foi outra atleta do dia a superar o índice exigido no lançamento de disco [35,41m], com a marca de 35,60m.
Já na prova do arremesso de peso F33, a pernambucana Leylane de Castro estabeleceu um novo recorde das Américas com a marca de 5,69m. A marca anterior, 5,44m, era da própria atleta. Ela também bateu o recorde das Américas no lançamento de dardo, com 8,91m.
No arremesso de peso classe F55, o carioca Wallace Antônio de Oliveira, também estabeleceu uma nova marca continental com 11,69m, recorde que já pertencia ao atleta com 11,24m, enquanto cearense Francisco Jefferson de Lima bateu o recorde das Américas no lançamento de disco F44 com a marca de 59m.
Também nesta terça, a campeã mundial no lançamento de disco no Mundial de Dubai em 2019, Beth Gomes (F52) quebrou o próprio recorde mundial. Ela superou a marca mundial ao lançar o disco por 16,92m e superou o seu antigo recorde de 16,89m, registrados durante sua vitória no Mundial de Atletismo em 2019.
Foto: Alê Cabral/CPB
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