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Parada das Nações Tóquio 2020 - Áustria



INTRODUÇÃO


Localizado na Europa Central, a Áustria tem sua história iniciada por volta de 400 a.C., quando os celtas chegaram às regiões central e oriental do seu território. Por volta de 15 a.C., os romanos dominaram a parte ao sul do Danúbio e tornaram esse território parte de seu Império. No final do século II d.C., tribos do norte começaram a invadir a Áustria romana. Em 476 d.C., o Império Romano ruiu. Durante o período de declínio, grupos asiáticos, germânicos e eslavos se estabeleceram na Áustria. 


Do final do século VIII até o ano de 814, a região foi dominada por Carlos Magno. O rei da Germânia, Oto I, passou a reinar sobre a Áustria em 955, sendo coroado imperador sete anos depois. O território governado por reis germânicos constituiu o Sacro Império Romano-Germânico até 1806. Durante este período, a Áustria perdeu muitos territórios nas Guerras Napoleônicas do final do século XVIII e início do século XIX. O Congresso de Viena, que produziu o tratado de paz que se seguiu às Guerras Napoleônicas, restituiu à Áustria seus territórios, com exceção da Bélgica. 


Em 1867, os húngaros forçaram o imperador Francisco José I a dar à Hungria o mesmo status que a Áustria detinha no Império Austríaco, criando a dupla monarquia da Áustria-Hungria. Logo, os eslavos e outros grupos minoritários da Áustria-Hungria passaram a exigir o direito de se auto-governar. Em 1914, os nacionalistas sérvios assassinaram, em Sarajevo, na então província da Bósnia e Herzegovina, o arquiduque Francisco Ferdinando, herdeiro do trono austro-húngaro. A Áustria-Hungria declarou guerra à Sérvia, dando início à Primeira Guerra Mundial. A Alemanha e outros países se uniram à Áustria-Hungria contra a Tríplice Entente, que compreendia a Grã-Bretanha, a França e a Rússia.


A Áustria-Hungria derrotada assinou o armistício em novembro de 1918, que entre outras coisas exigia sua dissolução. O Imperador Carlos I renunciou ao governo e partiu para o exílio e a Áustria tornou-se uma República. Após a Segunda Guerra Mundial, a Áustria foi dividida em zonas de ocupação americana, britânica, francesa e russa, que lhe permitiriam estabelecer um único governo provisório. Após as eleições de novembro de 1945, formou-se um governo nacional. Em 1955, os Aliados suspenderam sua ocupação do país. Na Conferência de Potsdam foi estabelecido que a Áustria seria separada da Alemanha e não poderia aderir a tratados militares, o que implicou sua neutralidade na Guerra Fria.


TRAJETÓRIA OLÍMPICA



A Áustria competiu em todas as edições olímpicas, com exceção dos Jogos da Antuérpia 1920, edição em que o país foi barrado por causa do seu papel na Primeira Guerra Mundial. O Comitê Olímpico Nacional da Áustria foi criado em 1908 e reconhecido quatro anos mais tarde.


Ao longo da história, o país conquistou um total de 87 medalhas, sendo 18 de ouro, 33 de prata e 36 de bronze. Em Berlim 1936, o país levou sua maior delegação olímpica com 234 atletas e foi nesta edição que o país fez a sua melhor campanha da história, conquistando um total de 13 medalhas, sendo quatro de ouro. Em apenas duas edições (Tóquio 1964 e Londres 2012), os austríacos saíram sem medalha olímpica.


No Jogos Rio 2016, a Áustria obteve apenas uma medalha de bronze, conquistada na vela com Thomas Zajac e Tanja Frank na classe Nacra 17. O país saiu sem medalhas de ouro nas últimas três edições olímpicas. Os campeões olímpicos mais recentes do país são de Atenas 2004, com Kate Allen no triatlo e a dupla formada por Roman Hagara e Hans-Peter Steinacher na vela.


Tanja Frank e Thomas Zajac com o bronze conquistado na Rio 2016 (Foto: Helmut Fohringer/APA)


ESPORTE DE DESTAQUE

+ Canoagem


É a modalidade que mais distribuiu medalhas para o país, subindo ao pódio em 14 oportunidades na história dos Jogos Olímpicos. Os três ouros que a Áustria tem no esporte foram obtidos em Berlim 1936, edição que marcou a estreia olímpica da canoagem. Dois destes ouros foram conquistados por Gregor Hradetzky, que foi campeão olímpico no K-1 1.000m e no K-1 flexível 1.000. Até hoje, Hradetzky é o único atleta do país a conquistar dois ouros em uma mesma edição olímpica.


ATLETAS DE DESTAQUE

+ Dominic Thiem (Tênis)


Dominic Theim em ação pelo US Open 2020 (Foto: Pete Staples/USTA)


Campeão do US Open em 2020, Dominic Thiem quebrou um jejum de 25 anos sem um tenista do país conquistar um título de Grand Slam. O atleta reconsiderou sua decisão de não disputar os Jogos Olímpicos e agora garante ser um sonho estar em Tóquio. Caso realmente participe, Thiem se torna uma das principais esperanças de medalha da Áustria para a Olimpíada.


+ Jakob Schubert (Escalada esportiva)


Campeão mundial em 2018 e vice-campeão mundial em 2019 na prova combinada, o atleta de 30 anos de idade tem boas possibilidades de se tornar o primeiro campeão olímpico da história da modalidade. Jakob Schubert foi o único atleta a subir ao pódio nos dois Mundiais disputados neste ciclo para Tóquio.





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