A seleção brasileira conquistou 49 medalhas (26 de ouro, 11 de prata e 12 de bronze) nos três dias de competições do Campeonato Sul-Americano de Atletismo, encerrado na tarde desta segunda-feira (31) no Estádio Modelo Alberto Spencer, na cidade de Guayaquil, no Equador. Na quinta e última etapa da competição, os brasileiros somaram mais 14 medalhas (8 de ouro, 3 de prata e 3 de bronze).
O Brasil foi soberano nas provas de velocidade. Felipe Bardi dos Santos, campeão dos 100m, venceu também os 200m, com 20.49 (1.9), fazendo dobradinha com o também paulista Lucas Conceição Vilar, bronze nos Jogos Olímpicos da Juventude de Buenos Aires-2018, que ficou com a prata com 20.62.
“Muito feliz com o ouro e a prata do Lucas. Conseguimos realizar tudo o que foi treinado. Quero agradecer a todos que nos ajudam. O importante é treinar bem, se alimentar bem, descansar e dormir para recuperar as energias”, disse Felipe Bardi. Os dois ainda integraram a equipe campeã do revezamento 4x100 m.
O mesmo ocorreu na prova feminina. Vitória Rosa, ouro nos 100m, venceu os 200m, com 23.10 (0.8). Classificada para os Jogos Olímpicos de Tóquio, ela comprovou ser a melhor velocista do país na atualidade. A paulista Ana Carolina Azevedo terminou em terceiro lugar, com 23.87, atrás da equatoriana Marizol Landazuri, com 23.35. As duas também ganharam o ouro no 4x100 m.
“O objetivo aqui era conquistar mais uma medalha e estou na minha preparação para os Jogos de Tóquio, com muito trabalho no dia a dia. Para Tóquio, temos de pensar em cada fase até chegar à final”, disse Vitória.
Nos 5.000m, Altobeli Santos da Silva também ganhou a sua segunda medalha de ouro na competição. A primeira foi nos 3.000m com obstáculos, no domingo (30), com 8:34.17. Nesta segunda-feira, completou a longa prova com 13:51.81. O chileno Carlos Dias ficou em segundo lugar, com 13:52.63, seguido do peruano Yuri Labra, com 13:55.84.
Nos 400m com barreiras, Mahau Suguimati garantiu ouro, com 51.25, e somou importantes pontos para o ranking mundial, praticamente garantindo classificação para sua terceira Olimpíada da carreira. Kevin Stiven Mina, da Colômbia, ficou com a prata, com 51.39, seguido do uruguaio Andrés Silva, com 51.42. No feminino, Chayenne Pereira conquistou a medalha de bronze, com 57.58.
Nos 800m, Thiago do Rosário André foi o campeão, com o bom tempo de 1:45.62, bem perto do índice olímpico exigido de 1:45.20. O brasileiro, que ganhou ouro nos 1.500m, reclamou um pouco de cansaço.
“Corri os 1.500m no sábado e as semifinais dos 800 m no domingo. Senti um pouco, mas o objetivo era a medalha”, comemorou Thiago. “Somei bons pontos para o ranking, tenho agora o Troféu Brasil e gostaria de agradecer a todos os meus apoiadores nesta fase difícil de pandemia.”
Entre as mulheres, a paranaense Flavia Maria de Lima, bronze no Pan-Americano de Toronto-2015, conquistou a medalha de prata, com 2:05.00.
Os revezamentos 4x100m masculino e feminino foram os campeões. Erik Cardoso, Felipe Bardi, Derick Souza e Bruno Lins completaram a prova em 39.10 no masculino. Já a equipe feminina teve Vida Aurora Caetano, Ana Claudia Lemos, Ana Carolina Azevedo e Micaela Rosa, que venceu com 44.91.
No revezamento 4x400m, o time masculino, formado por Bruno Lins, Lucas Carvalho, Lucas Conceição Vilar e Pedro Burmann, garantiu o ouro, com 3:04.25. Já o grupo feminino, com Tabata Carvalho, Flavia Maria de Lima, Maria Victoria de Sena e Chayenne Pereira, ficou com o bronze, com 3:36.40.
No decatlo, Felipe Vinicius dos Santos, qualificado para Tóquio, ficou com a medalha de prata, com 7.960 pontos. O campeão foi o equatoriano Andy Preciado, com 8.004 pontos.
Foto: Wagner Carmo
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