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Federação Iraniana de Judô é suspensa por conduta antidesportiva com Israel

 



A Federação Internacional de Judô (IJF) suspendeu a federação iraniana por quatro anos, após repetitivas violações do código de conduta da federação e dos valores olímpicos. Essas violações se tratam das recorrentes proibições de judocas iranianos enfrentarem israelenses em qualquer competição internacional e ocorreu pela última vez com Saeid Mollaei em 2019 no mundial da modalidade.


O iraniano foi orientado a perder a semifinal contra o belga Matthias Casse para evitar se encontrar na final com o israelense Sagi Muki. O confronto foi vencido pelo belga com uma waza-ari e depois Mollaei ainda perdeu a disputa do bronze para o georgiano Luka Maisuradze.


Após o torneio, o judoca fugiu para a Alemanha, onde conseguiu o status de refugiado e em dezembro de 2019 conseguiu se tornar cidadão da Mongólia, país pelo qual disputa atualmente as competições, inclusive no Grand Slam de Tel Aviv, o que seria impossível caso ele competisse pelo seu país local.


O Irã não reconhece a existência do Estado de Israel e proíbe seus atletas de todos os esportes de enfrentarem israelenses em todas as competições. Este ato anti-desportivo e contra os valores olímpicos chegou a ocorrer inclusive na primeira edição dos Jogos da Juventude em Singapura-2010 no Taekwondo, quando Mohammed Soleimani alegou estar lesionado para não enfrentar o israelense Gili Haimovitz na final da categoria até 48 kg. No caso, Haimovitz ficou com o ouro por W.O.


A punição é retroativa, ou seja, vale desde a infração, o período de suspensão se dá entre 17 de setembro de 2019 e 17 de setembro de 2023. Porém, a medida não afeta a participação dos judocas iranianos nas Olimpíadas, já que segundo a IJF, eles estão respondendo ao Comitê Olímpico Iraniano e não a federação de judô.


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Foto em destaque: AP/Dita Alangkara


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