Em fevereiro de 2021, dois brasileiros fascinados pela neve se encontraram na Itália em uma nova fase em suas vidas. Com apenas 16 anos, e em sua primeira temporada de competições internacionais, Christopher Holm e Valentino Caputi, se classificaram e estrearam em Campeonatos Mundiais de Esqui Alpino.
Apesar de Christopher e Valentino não residirem no mesmo país – Christopher reside na Alemanha, enquanto Valentino na Itália –, os dois brasileiros possuem muito mais em comum do que é perceptível à primeira vista
Nascidos em 2004, os dois jovens trilharam caminhos similares em termos esportivos, treinando desde muito jovens com clubes locais, e competindo em provas regionais, nacionais e internacionais para atletas abaixo de 16 anos, com resultados destacados, que incluem medalhas em provas internacionais.
A temporada 2020-2021 foi a primeira competindo em provas internacionais adultas para os dois, e os resultados chamam atenção.
Ambos os atletas conquistaram pontos comparáveis aos resultados de Jhonatan Longhi, esquiador brasileiro que representou o Brasil nos Jogos Olímpicos de Inverno de 2010 e 2014, em sua primeira temporada em pontos FIS (quanto menos pontos, melhor é o resultado conquistado). Importante ressaltar, que o sistema de pontos foi alterado em 2019/20, tornando os pontos mais altos. Ou seja, o mesmo valor numérico, atualmente significa uma performance esportiva melhor que em temporadas anteriores.
Além de se classificar para o Campeonato Mundial, realizado em fevereiro na Itália, os jovens apresentam uma ótima consistência, e melhoraram de forma progressiva e constante seus resultados ao longo da temporada.
Christopher e Valentino representaram o Brasil no Mundial na Itália
O Mundial de Ski Alpino, realizado em Cortina d’Ampezzo (Itália) em fevereiro, teve três representantes brasileiros: Michel Macedo, Valentino Caputi e Christopher Holm. O evento foi a estreia em Mundiais da modalidade para Valentino e Christopher e foi uma oportunidade para eles competirem entre os melhores do mundo e se prepararem para os desafios futuros em suas carreiras esportivas.
“A temporada foi muito difícil. Eu agradeço à CBDN pela oportunidade dada a mim para representar o Brasil no Campeonato Mundial em Cortina. Foi uma experiência inesquecível. Tive algumas decepções e poucas satisfações, um dos meus objetivos pessoais que havia definido no começo do ano não foi alcançados (ter uma performance abaixo dos 100 pontos FIS), mas isso é apenas um estímulo para eu melhorar e trabalhar para achar meus limites. Em conclusão, eu gostaria de agradecer minha família, patrocinadores e os apoiadores por toda a ajuda”, comentou Valentino a respeito da temporada.
“Os dois jovens atletas possuem todos os elementos para ter uma carreira brilhante no esporte e representar muito bem o Brasil nos principais eventos mundiais. Ambos iniciaram cedo no esporte, dentro de um bom sistema esportivo, com ótimos treinadores, competições disponíveis, e com apoio incondicional da família.” comenta Pedro Cavazzoni, Superintendente da CBDN – Confederação Brasileira de Desportos na Neve.
Foto: Divulgação/Troféu Barrufa
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