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Faltando menos de 100 dias para o início das competições, Eurocopa e Copa América se veem diante de incertezas e tensão política

 
Troféus da Eurocopa e da Copa América em sorteio dos grupos de ambas competições. Fotos: Justin Tallis/AFP e Sergio Moraes/Reuters

Faltando menos de 100 dias para a bola rolar na Eurocopa e na Copa América, as duas competições - adiadas em virtude da pandemia de coronavírus - continuam com data marcada, mas com incógnitas e tensão política.


Na terça-feira (2), em entrevista exclusiva ao jornal inglês The Sun, o primeiro-ministro da Inglaterra Boris Johnson afirmou que ofereceu os estádios do país para a Uefa, caso seja necessário a intervenção. "Quaisquer outras partidas que eles queiram receber, certamente estamos prontos para isso." Vale lembrar que o estádio de Wembley irá receber sete partidas incluindo a final em 11 de julho.


Ainda de acordo com o The Sun, Johnson sabe que isso pode ajudar numa candidatura e contar com o apoio do chanceler Rishi Sunak para injetar milhões na candidatura do Reino Unido e da Irlanda para a Copa do Mundo de 2030: "Estamos muito, muito ansiosos para trazer o futebol para casa em 2030. Acho que é o lugar certo. É a casa do futebol, é a hora certa. Será uma coisa absolutamente maravilhosa para o país."


De acordo com Dan Roan, jornalista da BBC, a Uefa quer que cada um dos países que organizam partidas apresentem seus planos - inclusive para o retorno dos torcedores - até o dia 7 de abril. Mas os governos escocês e irlandês ainda não deram garantias se terão permissão para voltar em junho, embora que grande maioria dos fãs de futebol em Glasgow e Dublin sejam contrários a permissão de torcida neste momento.


Na última quarta-feira (3), a secretária de Saúde da Escócia, Jeane Freeman, disse que fazer parte da Euro era "um grande negócio" para seu país, mas acrescentou que a possibilidade dos torcedores poderem comparecer depende "de todos nós respeitarmos as regras", com a queda dos casos e a aceitação das vacinas.


"Certamente deveríamos ser capazes de celebrar nossa seleção jogando no Euro, com sorte ganhando no Euro, e veremos se é ou não possível em qualquer ponto ao longo desse caminho para os fãs estarem realmente presentes para testemunhar isso", disse Freeman.


Há um entendimento de que os próximos dias serão cruciais e o governo escocês está ciente da necessidade de clareza. Já a federação escocesa informa que irá "manter um diálogo constante" com a Uefa, até porquê a seleção masculina não disputa um torneio grande desde a Copa do Mundo em 1998.


Pelo lado dos irlandeses, a Federação Irlandesa de Futebol disse que ainda planeja a presença de torcida em Dublin, mas admitiu que só permaneceria como sede se pudesse garantir que os torcedores seriam permitidos em comunicado na semana passada. As restrições do governo irlandês aos torcedores permanecerão em vigor até pelo menos 5 de abril.


O primeiro-ministro inglês Boris Johnson acredita que a Inglaterra está pronta para receber mais partidas da Euro 2020. Foto: Pippa Fowles/AFP

Declaração de dirigente vira tensão nos bastidores colombianos sobre Copa América


No dia 11 de junho está marcada a partida inicial da Copa América entre Argentina e Chile em Buenos Aires. No entanto, a Conmebol está enfrentando algum problemas com a competição que também já fora adiada. 


No final de fevereiro, Austrália e Catar desistiram do convite feito pela confederação devido à compromissos das Eliminatórias asiáticas da Copa do Mundo, o que deixou o novo formato da competição defasado. Ainda não se sabe se haverá duas nações convocadas ou se seguirá da maneira como está. A tendência no momento é a Conmebol manter o formato sem convidados.


Com o torneio ganhando espaço na mídia colombiana, a tensão aumenta nos bastidores. Na terça-feira (2), o Ministro do Esporte colombiano, Ernesto Lucena, a disputa da Copa América só teria sentido se torcedores puderem entrar nos estádios, algo controverso para uma época de pandemia.


"Jogar uma Copa América sem público não tem sentido. Existe um protocolo que é trabalhado nos bastidores para que 30% da capacidade de cada estádio sejam utilizados”, afirmou o ministro à Rádio Caracol.


Porém, a própria Conmebol espera contar com a presença de 30% da capacidade dos estádios para os jogos na Colômbia e Argentina. Vale ressaltar que mesmo com a pandemia, a final da Copa Libertadores organizada pela confederação e vencida pelo Palmeiras no dia 30 de janeiro já houve público com 10% da capacidade.


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