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Equipe da Polônia domina Copa do Mundo de espada feminina em Kazan; veja as 30 esgrimistas classificadas para Tóquio 2020

Com indefinição até os últimos confrontos, as 34 vagas olímpicas da espada feminina foram finalmente distribuídas na manhã desta terça-feira ao término da Copa do Mundo de Esgrima por equipes em Kazan na Rússia. Estônia e Hong Kong ficaram com as últimas vagas por equipes, enquanto Polônia conquistou o título com uma vitória acachapante sobre a Coreia do Sul, por 45 a 24


Tudo começou ainda no início da manhã russa na segunda-feira, quando o Brasil perdeu para o Egito em um confronto acirrado na primeira rodada. Com Nathalie Moellhausen já classificada no individual, o país ainda tinha uma remota chance de vaga por equipes desde que fosse campeã do torneio.



Apesar de boas rodadas iniciais de Amanda Netto Simeão e Nathalie Moellhausen para entregar o confronto em 5 a 4, as quatro rodadas do meio foram ruins para a equipe brasileira e o máximo que Netto Simeão e Moellhausen conseguiram nas duas últimas rodadas foi buscar uma diferença de 32 a 23 no fim do sétimo round para o placar final de 44 a 42 em favor do time africano e o 17º lugar geral para o Brasil.


Adel Morsy impede reação final de Moellhausen  garantindo a vitória egípcia na primeira rodada - Foto: Augusto Bizzi / FIE


O Egito precisava terminar ao menos uma posição a frente do Japão para se garantir nos Jogos Olímpicos pela vaga africana, desde que ficasse entre os 16 melhores do mundo. Com as derrotas para China (45 a 32) nas oitavas e Alemanha no torneio de consolação, o Egito ainda ganhou sobrevida ao vencer a Romênia por 45 a 39, mas disputou o 13º lugar justamente com o time japonês, já sem chances de vaga. O Egito largou bem com 7 a 3, mas Baba Haruna teve uma atuação decisiva e com vitórias por 10 a 2, 7 a 1 e empate por 5 a 5, liderou a vitória japonesa por 45 a 36, deixando o Egito fora dos Jogos Olímpicos.




Europeias e asiáticas classificadas às quartas, que foram disputadas nesta terça, ficaram animadas com a vaga extra de realocação que se abriu. China, Rússia, Polônia, Itália, EUA e Coreia do Sul já estavam matematicamente classificadas, com Estônia, Ucrânia e França brigando pela última vaga direta e Hong Kong e Canadá torcendo para que um time asiático ou EUA, respectivamente, ficassem dentre as quatro melhores seleções que se classificassem diretamente pelo ranking, abrindo uma vaga continental.


Enquanto os EUA não fizeram sua parte para ajudar o Canadá ao perder para a Hungria ainda nas oitavas, a Coreia do Sul venceu a China por 33 a 29 na semifinal, ultrapassando as norte-americanas no ranking e classificando assim Hong Kong, nova 15ª melhor do mundo e que vai para Tóquio, apesar de nem ter disputado o torneio na Rússia.


Pela vaga europeia restante, no que se mostraria um duelo direto, Estônia venceu a Ucrânia nas oitavas e se classificou com o sétimo lugar no torneio. Com todas vagas já definidas, a Polônia sacramentou o bom torneio vencendo a Rússia por 34 a 24 e a Coreia do Sul por 45 a 24, subindo uma colocação no ranking. A China, principal favorita do torneio, se recuperou da derrota na semi - providencial para vizinhas e rivais de Hong Kong -, e terminou em terceiro lugar ao vencer a Rússia, cabeça 2 por 40 a 24.


Veja como ficou as vagas na Espada Feminina:


Torneio por equipes (8 equipes, 24 esgrimistas)


Os oito países abaixo se classificam pelo ranking para a disputa por equipes. Os quatro primeiros como líderes do ranking mundial e os quatro seguintes pelas vagas continentais. Cada país pode escolher os três membros, não necessariamente os três melhores do ranking. 


Até 2016, cada país tinha quatro integrantes - incluindo um reserva -, mas como desta vez o número de competições aumentou de 10 para 12, o número de integrantes diminuiu, aumentando a margem de zebra no caso de lesão ou qualquer problema que um atleta possa ter.

A classificação ao lado se refere ao ranking mundial.


1- China 344pt - Sun Yiwen (3ª), Lin Sheng (5ª), Zhu Mingye (14ª), Xu Anqi (78ª), Xu Chengzi (80ª)

2- Polônia 338pt - Aleksandra Jarecka (29ª), Ewa Trzebinska (30ª), Renata Knapik-Miazga (37ª), Martyna Swatowska (66ª), Barbara Rutz (84ª)

3- Rússia (como Comitê Olímpico da Rússia) 312pt - Violetta Kolobova (13ª), Tatyana Andryushina (27ª), Tatiana Gudkova (39ª), Yulia Lichagina (53ª), Violetta Khrapina (83ª)

4- Coreia do Sul 290pt - Choi Injeong (2ª), Kang Young Mi (8ª), Song Sera (18ª), Jung Hyojung (20ª), Lee Hyein (21ª)

5- EUA 288pt (vaga das Américas) - Kelley Hurley (16ª), Katherine Holmes (22ª), Courtney Hurley (24ª), Catherine Nixon (59ª), Anna van Brummen (77ª)

6- Itália 286pt (vaga da Europa) - Mara Navarria (6ª), Alberta Santuccio (28ª), Giulia Rizzi (33ª), Federica Isola (35ª), Rossella Flamingo (63ª)

7- Estônia 228pt (vaga realocada da África) - Katrina Lehis (12ª), Erika Kirpu (23ª), Irina Embrich (31ª), Julia Beijajeva (36ª), Kristina Kuusk (50ª)

15- Hong Kong 151pt (vaga da Ásia) - Kong Man Wai Vivian (7ª), Hsieh Kaylin Sin Yan (82ª), Lin Yik Hei Coco (90ª), Chu Ka Mong (139ª), Chan Wai Ling (320ª)


Classificados apenas para o Torneio individual:


Além dos 24 integrantes das equipes, mais 10 atletas participam do individual, 6 por ranking e 4 por torneio. As duas melhores da região Ásia/Oceania e da Europa se classificam, assim como a melhor da América e África, dentre os países que não se classificaram por equipes. 

A classificação ao lado se refere ao ranking mundial.


1ª (Europa 1) Ana Maria Popescu (Romênia) 

4ª (Américas) Nathalie Moellhausen (Brasil)

9ª (Europa 2) Coraline Vitalis (França)

11ª (África) Sarra Besbes (Tunísia)

42ª (Ásia/Oceania 1) Sato Nozomi (Japão)

76ª (Ásia/Oceania 2)  Malika Khakimova (Uzbequistão) 



Quem vai disputar o Pré-Olímpico?



Os países sem vaga enviam seus melhores atletas para a disputa das últimas vagas. Confira os melhores atletas em cada competição.


África em Cairo, Egito (23/04)

Sem Tunísia, o Egito que ficou por 2 pontos da vaga por equipes é a grande favorita para levar a vaga, seja com Shirwit Gaber (45ª), Sara Nounou (51ª) ou Nardin Ehab (61ª). Quem se deu mal com a presença egípcia no torneio de Cairo foi Ndeye Binta Diongue (54ª), do Senegal, Gbahi Gwladys Sakoa (64ª), da Costa do Marfim, ou as sul-africanas Julianna Barrett (79ª) e Aphiwe Tuku (81ª), apesar do país não ter tradição em enviar atletas para pré-olímpicos continentais. 


Europa em Madri, Espanha (em 24 e 25/04)

Sem Estônia, França, Itália, Polônia, Romênia, Rússia, a ucraniana Olena Krvytska, 10ª melhor do mundo, bronze no mundial de 2017 e 2019 e que perdeu a vaga para Coraline Vitalis no desempate é a grande favorita. Outras fortes candidatas são Alexandra Ndolo (25ª), da Alemanha, Lis Rottler-Fautsch (40ª), de Luxemburgo - adversária de Nathalie Moellhausen nas quartas do Mundial - a suíça Noemi Moeschlin (48ª) e a húngara Muhari Eszter (52ª).


Ásia/Oceania em Tashkent, Uzbequistão (25 e 26/04)

Sem China, Coreia do Sul, Hong Kong, Japão e Uzbequistão, pode ser a chance do Líbano conquistar sua vaga olímpica com Dominique Tannnous (94ª). Também no top100 estão as atletas do Cazaquistão Ulyana Balaganskaya (97ª) e Assel Alibekova (98ª) e a indiana Kabita Devi (96ª). Possíveis surpresas podem vir de Hanniel Abella (146ª), das Filipinas, Korawan Thanee (162ª), de Talândia e a jovem australiana Madeleine Andersen (166ª).


Américas em Cidade do Panamá (29 a 30/04) 

Sem Brasil e EUA, a venezuelana Maria Martinez é uma das favoritas para a vaga (41ª), assim como a argentina Isabel di Tella (55ª), a paraguaia Montserrat Viveros (62ª), e a peruana Maria Luisa Doig Calderon (46ª). Canadá é sempre uma força no continente, provavelmente com Leonora MacKinnon (34ª), quadrifinalista na Copa do Mundo de Barcelona em 2020.


Fotos: Augusto Bizzi / Federação Internacional de Esgrima (FIE)

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