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Velocista Paulo André sonha com final e medalha olímpica em Tóquio




O velocista Paulo André Camilo de Oliveira (Pinheiros) vive uma temporada especial, com foco total nos Jogos Olímpicos de Tóquio, de 23 de julho a 8 de agosto. No caminho, deve disputar o Mundial de Revezamentos de Silesia, na Polônia, em maio - o Brasil é o atual campeão do 4x100 m. E a preparação já iniciada é para dar conta de um sonho grande: final e pódio olímpico.


Paulo André, de 22 anos, paulista que vive em Vila Velha, no Espírito Santo, onde treina com Carlos Camilo de Oliveira, seu pai, já tem o índice olímpico individual nos 100 m - correu 10.04 (0.9) em Braga, Portugal, antes da interrupção das competições e do adiamento dos Jogos Olímpicos de 2020 para 2021 por causa da pandemia da COVID-19.


No fim de 2020, Paulo André competiu no Grande Prêmio Brasil de Atletismo e no Troféu Brasil, em dezembro, em São Paulo, ainda no período de base e longe de sua melhor forma física e técnica. Mesmo assim, comemorou o tetracampeonato brasileiro dos 100 m com 10.13 (-0.3) e ficou em segundo no GP com 10.30 (-0.2).


"Competi na base e ainda estou nela. Eu e meu técnico decidimos esticar um pouco a base porque a gente não costuma competir no indoor. O nosso foco é total na Olimpíada. Já temos a vaga, então é trabalhar com paciência. É claro que o treinamento é com cautela respeitando o meu corpo, mas muito intenso também. O foco e o trabalho são para chegar em Tóquio muito bem", disse Paulo André que participou do Camping Nacional de Treinamento de Provas de Revezamento e do Laboratório do Comitê Olímpico do Brasil (COB), realizado no fim de janeiro em Bragança Paulista (SP), como integrante do 4x100 m.


Sua primeira competição de 2021 deve ser em março. A previsão é que os atletas dos revezamentos façam novo camping em Chula Vista, nos Estados Unidos, e competições por lá. "Para pegar lastro e ritmo competitivo para eventos mais importantes e fortes", disse Paulo André.


Definiu os campings como essenciais para os objetivos no revezamento. "É de suma importância essa parceria da CBAt com o COB e por mais que a situação seja delicada, devido a pandemia, é muito importante o grupo se reunir", observou. "E também com os professores para que a gente possa assimilar os exercícios para evoluir no revezamento. Poucas equipes fazem isso e pode ser a diferença. Estamos no caminho, trabalhando.”


O Brasil tem atualmente um “grupo muito qualificado” para o revezamento 4x100 m, segundo classificou Paulo André, com as equipes que competiram em 2019 e os atletas mais novos que estão chegando em 2021. No Mundial de Revezamentos de Yokohama, Japão, o Brasil foi ouro, com Rodrigo Nascimento, Jorge Vides, Derick Souza e Paulo André, mais Vitor Hugo dos Santos como reserva, em 38.05. No Mundial de Doha, no Catar, o Brasil ficou em quarto, com Rodrigo, Vitor Hugo, Derick e Paulo André, com 37.72, recorde sul-americano – e ainda teve Aldemir Gomes Júnior.


Participaram do camping de Bragança Paulista e devem ir para Chula Vista também Erik Felipe Cardoso e Felipe Bardi dos Santos (ambos do SESI-SP), treinados por Darci Ferreira da Silva. “É uma equipe qualificada, unida, tem um entrosamento dentro e fora das pistas", observou. Paulo André disse que competiu com Felipe Bardi nas categorias de base, já que estão na mesma faixa etária. "Nessa etapa é novo na equipe, mas está com a gente faz tempo. O Erik sim é novo no time. É passar segurança para eles ficarem à vontade, para a gente conseguir vitórias e bons resultados. O Felipe vem com bons resultados individualmente, é peça fundamental que vai compor a equipe. Tem um grupo experiente também, importante para unir e chegar no nosso objetivo.”


Embora esteja trabalhando também para a sua prova individual Paulo André afirma “que o revezamento é o foco principal do Brasil com grande expectativa para a Olimpíada".


O velocista, porém, segue com o seu objetivo pessoal de correr os 100 m abaixo dos 10 segundos, feito que nenhum brasileiro ou sul-americano ainda alcançou na história. Disse também que “sonha com uma medalha olímpica, com uma final olímpica” e que para chegar nesse pódio sabe que é necessário quebrar essa barreira de tempo. “Acho que essa é uma barreira viável não só para mim, mas para outros velocistas do Brasil. Temos uma safra muito boa, mas estou perto. Estou tranquilo também e sem pressão quanto a isso. No momento certo vou conseguir encaixar essa marca, é uma questão de tempo.”


Foto: CBAt/Wagner Carmo

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