O ex-treinador de ginástica artística, John Geddert, que comandou a equipe norte-americana feminina campeã olímpica em Londres 2012, foi encontrado morto na quinta-feira (25), em Michigan, nos Estados Unidos. O técnico, que tinha 63 anos, cometeu suicídio utilizando uma arma de fogo, pouco tempo depois de receber acusações de assédio sexual, que poderia render uma condenação a prisão perpétua.
Geddert recebeu na quinta diversas acusações, envolvendo "tráfico de pessoas e trabalho forçado" e "tráfico humano de menores de idade para trabalho forçado". As duas mais graves referem-se à condutas sexuais criminosas, sendo uma delas por um episódio ocorrido em janeiro de 2012, com uma garota de 16 anos.
Segundo a procuradora-geral de Michigan, Dana Nessel, responsável pelo caso, o treinador utilizou "a força, a fraude e a coerção contra as jovens atletas que o procuraram para treinar ginástica". Geddert havia se comprometido a se apresentar na delegacia ainda nesta quinta-feira, mas não apareceu. A polícia, então, foi até residência, e já o encontrou morto.
As acusações contra ele estão diretamente ligadas à conhecida investigação contra o ex-médico da seleção estadunidense de ginástica, Larry Nassar, que recebeu denúncias de abuso sexual de centenas de mulheres, e foi condenado a 175 anos de prisão. O caso foi contado no documentário "Athlete A", disponível na plataforma de streaming Netflix desde 2020. Ele e Geddert trabalharam juntos por muitos anos em Michigan. Acredita-se que o treinador tinha conhecimento dos crimes cometidos pelo médico.
Foto de capa: Greg DeRuitter/Lansing State Journal/USA Today
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