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Troféu Brasil de Atletismo tem início com marcas fracas e briga por índice olímpico


O início do Troféu Brasil de Atletismo marcou a segunda chance para os brasileiros carimbarem a ida para os Jogos de Tóquio após a reabertura da janela de qualificação olímpica. Apesar disso, as marcas alcançadas nesta quinta-feira (10) foram bem fracas, mostrando ainda uma falta de ritmo da maior parte dos atletas. Dos 12 que subiram ao pódio, apenas Mveh Viviane Jeane de Dieu Gracielle, prata no lançamento de martelo, conseguiu melhor resultado da carreira.


O primeiro campeão veio no lançamento com martelo, que não contou com a presença do recordista sul-americano Wagner Domingos. Allan da Silva Wolski, do Pinheiros, e segundo melhor brasileiro da história, queimou por cinco vezes, ficou longe de seus 75,22m, mas marcou 66,01m na segunda tentativa, o suficiente para lhe dar o título. 


O pódio foi completado por atletas da Organização Funilense de Atletismo (Orcampi): Luis Gustavo Aguiar da Silva, com 64,58m e Ralf Rei Airton de Oliveira, com 63.39m.


O lançamento com martelo feminino contou com um domínio de Mariana Grasielly Marcelino, que conseguiu cinco lançamentos acima de 60m, e venceu com 63,73m, ainda quase quatro metros distante de seu recorde brasileiro, registrado em 2017. O lançamento mais fraco da atleta do Instituto Elisângela Maria Adriano (IEMA) de São Caetano foi 59,91m, prova de sua regularidade na tarde desta quinta. 


A medalha de prata ficou com Mveh Viviane Jeane de Dieu Gracielle, do SOGIPA, sua melhor marca pessoal. Ela foi a única dos 12 medalhistas do dia que alcançou o PB (personal best). Kerolayne Camila da Silva, do Projeto Atletismo Campeão, foi bronze com 54,62m.


A programação do dia foi encerrada com as provas do 10.000m. Jenifer do Nascimento Silva levou o ouro no feminino, com 34m20s64. Apesar de ter dado volta até na segunda colocada, Jenifer ainda ficou acima do seu PB, 34:09.15, marcado em 2018. Atleta do Pinheiros, ela viu sua colega de clube Graziele Zarri levar o bronze com 36m05s64. A prata foi para Joziane da Silva Cardoso, do Instituto Paranaense de Esporte e Cultura (IPEC), com 35m52s95.


Na prova masculina, Daniel Ferreira do Nascimento, da ABDA Atletismo de Bauru, venceu a prova mais forte com 29m32s61. Completaram o pódio os gêmeos Gilmar e Gilberto Silvestre Lopes. Gilmar, que defende a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), marcou 29m37s28, enquanto Gilberto, atleta do Pé-de-Vento-Petrópolis, correu para 29m59s15.


Ederson Vilela Pereira, medalhista de ouro nos 10.000m de Pan de Lima 2019, correu a Maratona de Valência no último domingo e foi batido pelo cansaço, abandonando a prova depois de 13 minutos.


O dia ainda marcou a fase de classificação do salto em distância masculino, dos 800m masculino e feminino, dos 400m masculino e feminino, e dos 100m masculino e feminino. Vitoria Rosa liderou com folga os 100m, se garantindo na final com 11s32. Em segundo, Ana Carolina de Jesus Azevedo fez 11s59 e Lorraine Barbosa Martins ficou em terceiro, com 11s62.


Vitoria ainda segue em busca do índice olímpico na prova mais rápida do atletismo (11s15s), tendo a chance de alcançá-lo na final da tarde desta sexta-feira. Ela já tem índice para os 200m rasos. Seu recorde pessoal nos 100m é 11s03, também a terceira melhor marca brasileira da história, cronometrado em julho de 2018.


Ainda em busca do primeiro sub-10 do atletismo brasileiro, Paulo André sobrou na primeira fase dos 100m masculino, classificando para as semis da sexta com 10s16, seguido de Felipe Bardi com 10s29 e Aldemir Gomes da Silva Junior, com 10s32.


Também na quinta-feira aconteceram as primeiras provas do heptatlo. Após as disputas dos 100 metros com barreiras, salto em altura, arremesso do peso e 200m, Raiane Vasconcelos Procopio, da Associação Atletismo de Blumenau (AABLU), é líder com folga, com 3.361 pontos, seguida de Jenifer Nicole Vieira Norberto, do Pinheiros, com 3.277; Tamara Alexandrino de Sousa, da AEFV, com 3273; Gilailce Trigueiro de Assis, da União Catarinense de Atletismo (UCA), com 3.263; e Vanessa Chefer Spinola, do Pinheiros e representante olímpica na Rio 2016, com 3194. 


Foto: Wagner do Carmo / CBAt

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