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Rússia crítica aprovação da lei Rodchenkov e suposta polarização do esporte pelos EUA


O ministro russo dos esportes, Oleg Matytsin, declarou que medidas devem ser tomadas para proteger atletas do país e minimizar os riscos de que eles sejam afetados pela lei Rodchenkov, sancionada recentemente nos Estados Unidos. 

Essa nova legislação permite que as autoridades estadunidenses possam processar atletas envolvidos com doping em competições esportivas internacionais envolvendo esportistas, patrocinadores e empresas do país. Os promotores podem exigir multa de US$ 1 milhão e penas de prisão de até 10 anos. 

Matytsin alertou para os riscos causados pela atitude dos Estados Unidos e relembrou que até a Agência Mundial Antidoping (WADA) é contra a lei criada no país. 

"Já existe a opinião da comunidade esportiva, incluindo a WADA, de que tal medida poderia levar a um desequilíbrio no sistema de monitoramento e implementação de medidas antidoping", disparou Matytsin em entrevista à agência de notícias TASS.

“Afinal, um país assume o direito de ser uma espécie de juiz. Temos uma atitude negativa em relação a isso, será necessário em um futuro próximo pensar em como minimizar os riscos para os atletas russos".

Elena Anikina, Presidente da Federação Russa de Bobsleigh foi ainda mais enfática nos comentários, afirmando que precisou ler a lei Rodchenkov três vezes para "acreditar no que estava escrito".

“Lá, sob o disfarce de belas frases da luta contra o doping, estão conceitos muito estranhos, por exemplo, o objetivo principal dessa lei é que qualquer engano internacional dirigido contra os americanos não ficaria impune. Há uma contradição após a outra em cada ponto", disse em entrevista na emissora de televisão Zvezda.

“Existe o COI (Comitê Olímpico Internacional), existe o CAS (Tribunal de Arbitragem do Esporte), existe a WADA e, de repente, surge uma lei que cria um caos completo neste sistema harmonioso", ressaltou Anikina. "Eles simplesmente assumem e se afastam da ação das regras e normas existentes, ou as rescrevem por si mesmos, ou chegam a algum tipo de realidade virtual, que obrigam todos a aceitarem como realidade real". 

Chefe do Comitê de Assuntos Internacionais, Leonid Slutsky também fez críticas à lei, afirmando que ela poderá ser usada como um "instrumento de manipulação e politização do esporte mundial".

Foto: Alexander Zemlianichenko/AP Photo

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