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GP Brasil e Troféu Brasil agitam o atletismo brasileiro por uma semana




O atletismo terá uma semana de gala a partir do domingo (6) e até o dia 13, com a disputa do Grande Prêmio Brasil Caixa, etapa do Continental Tour Silver da World Atletics, e do Troféu Brasil Caixa, no Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa (COTP), na Vila Clementino, em São Paulo. O GP, de caráter internacional, completa 35 anos neste domingo). Já o Troféu Brasil, a principal competição interclubes da América Latina, comemora 75 anos e será disputado entre os dias 10 e 13 de dezembro.


A primeira edição do GP foi realizada em maio de 1985, com o nome de Meeting Internacional de São Paulo, no Estádio Ícaro de Castro Mello, no Conjunto Desportivo Constâncio Vaz Guimarães, no Ibirapuera. Idealizada pelo empresário Victor Malzoni Júnior, a competição iniciou sua série como challenge, depois invitation, etapa do Grand Prix da IAAF, IAAF World Challenge e agora é integrante do World Athletics Continental Tour Silver. Neste tempo todo trouxe ao Brasil alguns dos melhores atletas do mundo como Carl Lewis, Edwin Moses, Michael Johnson, Jan Zelezny, Serguei Bubka, Ben Johnson entre muitos outros.


Já o Troféu Brasil começou em 1945, na capital paulista, substituindo a Taça Adhemar de Barros, realizada pelo governo do Estado de São Paulo de 1940 a 1942.


Pelo regulamento inicial, o campeão seria definido pelo clube que conseguisse maior número de vitórias em 10 edições (havia mais de uma edição por ano). Encerrado em 1951, o São Paulo FC foi o primeiro vencedor, seguido do Botafogo FR (RJ) e do Pinheiros (SP).


O regulamento do Troféu Brasil foi alterado algumas vezes nas décadas seguintes, mas a iniciativa se consolidou como a principal competição do calendário nacional.


A vitória do São Paulo no 1º Troféu Brasil não foi uma surpresa, já que a equipe dirigida pelo alemão Dietrich Gerner tinha valores como Adhemar Ferreira da Silva, que seria bicampeão olímpico do salto triplo, José Bento de Assis Júnior, considerado um dos melhores velocistas do mundo na época, e Wanda dos Santos, recordista absoluta em conquistas de medalhas (51) na história da competição, sendo 27 nos 80 m com barreiras, 13 no salto em distância, duas no salto em altura e nove no revezamento 4x100 m. Nascida no dia 1º de junho de 1932, ela faz parte do Conselho Fiscal da CBAt.


No início, o atletismo era ligado a clubes populares de futebol, como São Paulo, Vasco da Gama, Flamengo, Botafogo e Fluminense. Era forte também a presença de atletas ligados a clubes poliesportivos como Pinheiros, Espéria, Tietê e Paulistano, todos da capital paulista.


Nas décadas de 1970 e 1980, o Troféu Brasil teve domínio da Universidade Gama Filho (RJ). Entre 1980 e 1990, houve disputa entre quatro equipes fortes: SESI, Ultracred, Pão de Açúcar e Eletropaulo.


De 1945 a 1981, o Troféu era de posse transitória. A partir de 1982 a competição passou a ser anual. Na nova fase, a Funilense (SP) venceu 10 vezes consecutivas. Sua sucedânea, a BMFBovespa, ganhou 13 títulos seguidos até 2016. Nos últimos quatro anos, vitórias do Pinheiros (SP).


Os grandes astros do atletismo nacional participaram da competição, como Joaquim Cruz, Maurren Maggi e Thiago Braz, além de Adhemar Ferreira da Silva, todos campeões olímpicos. Robson Caetano, Zequinha Barbosa, Sanderlei Parrela, Eronilde Araújo, Arnaldo de Oliveira, Claudinei Quirino, André Domingos, Edson Luciano Ribeiro, entre muitos outros, também fizeram história. Da nova geração, destaques para Darlan Romani, Paulo André Camilo de Oliveira, Alison dos Santos e Rosangela Santos, também entre muitos outros.


A competição de 2020 estava inicialmente prevista para maio no Estádio José Carlos Daudt, instalação da Sogipa, em Porto Alegre (RS), mas a pandemia da COVID-19 obrigou a vários adiamentos, cancelamentos e mudanças no calendário.


No ano passado, em Bragança Paulista (SP), o Pinheiros (SP) manteve o favoritismo e conquistou mais um título do Troféu Brasil. O clube paulistano somou 550,5 pontos na classificação geral. O Pinheiros ganhou ainda na categoria masculina, com 334,5 pontos, e na feminina, com 216.

A Orcampi (SP) ficou em segundo lugar no masculino (142 pontos), no feminino (177) e no geral (319 pontos). O IEMA (SP) terminou em terceiro lugar no geral, com 129,5, seguido do Memorial (SP), com 94, e da UCA (SC), com 84 pontos. Dos 117 clubes participantes, 80 marcaram pontos.


Foto: Wagner Caro/CBAt

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