Cidade-sede das Olimpíadas de 2021, Tóquio realizará no próximo domingo (8), um evento teste de ginástica artística, para avaliar novamente restrições que poderão ser adotadas para preservar a saúde de atletas e trabalhadores durante os Jogos Olímpicos.
Atletas dos Estados Unidos, Rússia, China e Japão formam o grupo de 30 ginastas que estão hospedados em um hotel na capital japonesa, seguindo protocolos rigorosos para evitar contato entre as delegações.
Apesar de ocuparem o mesmo prédio, cada equipe fica num andar separado e até o elevador fica restrito, podendo ser usado por uma equipe de cada vez, como conta o medalhista de bronze no solo durante o mundial de 2017, Yul Moldauer, em entrevista à agência de notícias Reuters.
“A equipe dos EUA só pode estar nos elevadores com a equipe dos EUA”, disse o estadunidense. Não podemos usá-lo com algum integrante da China, Rússia ou Japão".
“Estamos no 14º andar e não podemos ir além do 14º andar, só descendo para comer na hora do almoço, café da manhã ou jantar.”
O atleta acrescentou, dizendo que não estava sentindo tédio por ter que cumprir o distanciamento social. Ele elogiou a vista do hotel e contou que está planejando levar um videogame quando voltar à Tóquio, para a disputa dos Jogos Olímpicos, no ano que vem.
Já a ginasta estadunidense eMjae Frazier, 16, que está em sua primeira viagem internacional, revelou que ela se sente bem no local, apesar do rigor imposto pelas autoridades, que acompanham com distanciamento, os atletas em todas as suas atividades, garantindo o cumprimento das normas.
“Antes do café da manhã, fizemos um teste de COVID-19 e eles também nos deram telefones celulares que nos alertam se alguém no grupo está doente", afirmou eMjae Frazier. "Eles estão sendo muito seguros e cautelosos, mas não é como se estivéssemos na prisão”.
O russo Nikita Nagornyy disse estar esperançoso com a disputa do evento teste, que poderá mostrar mais do que estará por vir durante as Olimpíadas.
“Acho que a competição da qual participamos mostra que os Jogos Olímpicos podem e devem ser realizados”, disse o russo à Reuters.
Além de cumprir o protocolo de distanciamento social, os ginastas tiveram seus treinos separados por equipes. Isso significa que cada país terá um horário específico de treinamento, não precisando revezar os equipamentos.
Foto: Lloyd Smith/USA Gymnastics
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