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Campeã olímpica, Stefanidi teme corte de bônus para atletas gregos em competições indoor


A campeã olímpica do salto com vara nas Olimpíadas Rio 2016, Katerina Stefanidi, envolveu-se na luta contra o fim das premiações para atletas gregos em eventos de atletismo com o teto fechado (indoor). 

Isso porque o governo da Grécia exigiu que ela e e seu companheiro de equipe, Paraskevi Papachristou (do salto triplo), devolvam os bônus recebidos referentes às medalhas de bronze conquistadas por ambos no Campeonato Mundial de Atletismo Indoor de 2016, em Portland, nos Estados Unidos. A informação é do portal Inside The Games.

Em entrevista ao portal, Stefanidi revelou que o governo grego está considerando a possibilidade de cortar permanentemente a premiação por resultados em torneios indoor, o que prejudicaria o desenvolvimento do atletismo no país. 

"Minha principal preocupação é, de fato, que eles estão tentando encontrar uma maneira de não pagar mais bônus por performances em campeonatos indoor", disse Stefanidi. 

"Desde 2016 sou a única atleta que tem medalha num Campeonato Mundial outdoor, enquanto há cinco outros atletas que ganharam medalhas no Campeonato Europeu de Indoor, por exemplo. Eles merecem receber o que a lei diz que deveriam receber pelo seu sucesso”.

Como funciona o sistema de premiação grego

O Ministério dos Esportes da Grécia oferece bonificações aos atletas com sucesso em torneios internacionais há mais de 20 anos, embora os valores tenham diminuído ao longo dos anos. 

Neste caso, um exemplo comum é o valor da conquista do ouro olímpico em Atenas 2004, uma Olimpíada disputada pelos gregos 'em casa'. A vitória valia cerca de € 200 mil (R$ 1,25 milhões), enquanto a taxa atual é menos da metade desse valor. Vale ressaltar também que agora apenas os medalhistas são recompensados. Antes, todos os atletas que chegavam entre os oito primeiros ganhavam uma recompensa. 

A Grécia passa por uma crise financeira desde 2008, algo que foi agravado em 2011 com nações européias gastando mais do que podiam arrecadar. Com isso o país do Sul da Europa teve um grande aumento na dívida pública. 

Com tantas dificuldades econômicas, a nação já havia feito um ajuste nas normas para a bonificação de atletas. Caso um esportista ganhe mais que uma medalha em competições internacionais, apenas o melhor resultado obtido será pago de forma integral, passando por uma hierarquia entre Olimpíadas, torneios mundiais e continentais. 

Neste caso, se um atleta ganha uma medalha olímpica e outra num mundial, apenas a olímpica terá premiação integral. A medalha no mundial neste caso, terá compensação de 20% do valor total do bônus previsto.

"Como não sou ingênua na situação financeira do país, isso parece um compromisso racional. Afinal, são poucos os atletas que ganham várias medalhas a cada ano", afirmou Stefanidi.

“Mas eles estão tentando encontrar maneiras de economizar dinheiro, mas estão machucando atletas e basicamente indo contra a lei com desculpas ridículas", disparou a saltadora. 

Stefanidi atualmente está treinando no Instituto e Academia SPIRE, em Ohio, nos Estados Unidos, enquanto se prepara para defender seu título olímpico em Tóquio, no ano que vem. 

Foto: Vaulter Magazine

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