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Para combater abusos, Federação Internacional de Ginástica cogita elevar idade mínima em competições




Depois de uma série de denúncias de abusos morais e físicos em diversos países, a Federação Internacional de Ginástica (FIG) iniciou nesta segunda-feira (26) uma conferência virtual com as confederações nacionais para encontrar soluções para o início de uma cultura de respeito na modalidade. Entre as propostas apresentadas na primeira sessão do encontro, ganhou destaque a ideia de aumentar a idade mínima para as ginastas competirem na categoria adulta. A FIG se mostrou aberta a discutir a proposta.


Os países baixos trouxeram a questão da idade para a conferência. Os representantes do país consideram que muitos dos problemas de abusos na ginástica estão ligados à precocidade com que crianças são submetidas ao treinamento de alto rendimento, especialmente na ginástica artística feminina. Foi sugerido aumentar a idade mínima de 16 para 18 anos.


Secretário geral da FIG, o suíço Nicolas Buompane prometeu levar a proposta para discussão do Comitê Executivo da entidade máxima da ginástica. Ele afirmou que alguns países por outro lado solicitaram a diminuição da idade mínima da categoria adulta, mas que isso está fora de questão.


"Temos muito a percorrer para encontrar todas as soluções. Não vai ser a última vez que vamos nos encontrar. Acredito que juntos podemos encontrar uma solução para construir um ambiente seguro para todos na ginástica" disse Buompane.


A FIG considera a conferência virtual um marco no sentido de iniciar a mudança na cultura do esporte, enquadrando práticas consideradas aceitáveis na modalidade com o senso comum da sociedade atual. Buompane falou em aprender com os erros do passado para não os repetir no futuro e, assim, recuperar a confiança das pessoas e de investidores na ginástica.


Lançado no fim de junho na Netflix, o documentário "Atleta A" inflamou ginastas e ex-ginastas de diversos países a se posicionarem e revelarem a cultura de abusos físicos e morais nos treinos. Estados Unidos, Grã-Bretanha, Austrália, Holanda e o Brasil foram alguns dos países atingidos em uma sequência de escândalos.


A conferência virtual desta semana é uma resposta a essas acusações. Entre os temas da primeira sessão estão as relações interpessoais no ginásio, as responsabilidades dos técnicos e pressões externas que atletas e técnicos sofrem no dia a dia. No entanto, os abusos sexuais não fizeram parte da pauta do encontro. A FIG ressaltou que não tolera nem discute casos de abusos sexuais.


Com informações de globoesporte.com

foto: Jone Roriz/COB


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