O Comitê Olímpico Internacional (COI) passou a investigar supostos casos de discriminação contra atletas da Bielorrússia por causa de seus posicionamentos políticos, após começar a receber denúncias. O país de leste europeu está passando por uma intensa crise política que iniciou depois das eleições do dia 9 de agosto, que garantiu mais um mandato para Alexander Lukashenko.
“Estamos muito preocupados com as informações que estamos obtendo”, disse o presidente do COI, Thomas Bach, em uma teleconferência no final da reunião do conselho executivo do órgão.
O mandatário disse ainda que o COI já havia entrado em contato com o comitê nacional e agora também examinaria as bolsas de estudo e outros fundos que foram direcionados à Bielorrússia.
“O que estamos ouvindo é na verdade que os atletas estão dizendo que são discriminados por seu Comitê Olímpico Nacional (NOC) apenas por razões políticas”, apontou Bach. O problema é que Lukashenko também é o presidente do NOC da Bielorrússia.
“A não discriminação é um valor essencial do movimento olímpico. É por isso que estamos levando isso tão a sério”, disse Bach. O Conselho Executivo decidiu que fortaleceremos nossa investigação para determinar se o NOC cumpriu e está cumprindo as obrigações de acordo com a Carta Olímpica".
Recentemente o COI também encontrou dificuldades em lidar com questões políticas na Itália e nos Estados Unidos, nações que estão prestes a sancionar leis que fazem com que os seus governos possam interferir nos seus respectivos Comitês Olímpicos.
“Estamos levando muito a sério o mandato que temos de garantir que os CONs de qualquer país respeitem a Carta Olímpica e que os atletas desfrutem de direitos em conformidade com a Carta", concluiu Bach.
Foto: Reprodução
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