O julgamento do apelo da Agência Antidoping da Rússia (RUSADA) contra um banimento de quatro anos de competições internacionais, imposto pela Agência Mundial Antidoping (WADA), devido o escândalo de doping russo, será realizado de forma mista pelo Tribunal Arbitral do Esporte (CAS). Isso porque as audiências, marcadas entre os dias 2 e 5 de novembro, serão presenciais, com diversas medidas restritivas por conta da pandemia, mas também terão videoconferências pela internet.
O CAS confirmou que o julgamento ocorrerá em local seguro, na cidade de Lausanne, na Suiça, com partes envolvidas, seus representantes legais e testemunhas, participando presencialmente ou pela internet.
De acordo com o CAS "o acesso ao julgamento de forma pessoal é estritamente reservado às pessoas diretamente envolvidas no caso", disse em nota. "Não haverá acesso para pessoas de fora e nenhuma coletiva de imprensa será organizada pelo CAS", acrescentou a corte.
O tribunal confirmou que a decisão da audiência não será anunciada quando logo após sua conclusão, mas sim em "data posterior".
Caso o banimento por quatro anos seja mantido, a Rússia não poderá participar dos Jogos Olímpicos de Tóquio, no ano que vem e nem nas Olimpíadas de Inverno em Pequim, 2022.
Além disso o país ficará de fora de campeonatos mundiais em diversas modalidades e não poderá realizar ou concorrer para ser sede de eventos esportivos.
No entanto, há uma brecha para que atletas russos possam participar de forma independente (sem a presença da bandeira e a execução do hino da Rússia) nessas competições. Eles deverão provar que estão livres de doping e que nunca tiveram envolvimento com o escândalo de trapaça que começou durante os Jogos Olímpicos de Inverno em Sochi, 2014.
Porém, cabe às federações internacionais individuais, em conjunto com a WADA, decidir quais atletas russos podem competir eqm seus respectivos eventos.
Foto: Andy Wong/AP
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