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Campeão sul-americano, João Chianca, quer buscar vaga na elite da World Surf League em 2021




O surfista de Saquarema, João Chianca, 20 anos, vive a expectativa da retomada das competições no Circuito Mundial, para ir em busca de uma vaga na elite dos top-34 que disputa o World Surf League Championship Tour. Em 2019, o irmão mais jovem do campeão mundial de ondas grandes, Lucas “Chumbo” Chianca, conquistou o título sul-americano de surfe profissional da WSL Latin America. Em 2020, começou bem o ano com o vice-campeonato no QS 5000 Volcom Pipe Pro e competiu nas provas mais importantes da Austrália em março, as últimas antes da temporada ser cancelada. 


“Com certeza, o troféu de campeão sul-americano já tem um lugar especial aqui em casa”, disse João Chianca, que garantiu o título da WSL Latin America em 2019, com a sua primeira vitória no Circuito Mundial da World Surf League, no QS 3000 Heroes de Mayo Iquique Pro em maio do ano passado no Chile. “A vitória no Chile foi incrível, a primeira da minha carreira e, certamente, me deixou bem mais leve e motivado para o restante do ano”.


Como as etapas da WSL Latin America previstas para o segundo semestre de 2019, acabaram não acontecendo, o ranking sul-americano foi encerrado na semana seguinte a da vitória de João Chianca, na quinta etapa do ano e segunda consecutiva no Chile, o QS 3000 Maui and Sons Arica Pro Tour. Seu principal oponente era o catarinense Lucas Vicente, que no final do ano se sagrou campeão mundial Pro Junior da World Surf League na ilha Taiwan.


Como ambos perderam na mesma fase nos perigosos tubos de El Gringo, em Arica, João Chianca ficou com o título sul-americano por uma pequena vantagem de 1.335 a 1.325 pontos no ranking. Depois da vitória em Iquique, ganhou confiança para tentar uma vaga na lista dos dez surfistas que se classificam para o WSL Championship Tour. Com uma melhor posição no ranking, teve a chance de disputar as etapas mais importantes do segundo semestre de 2019, com status QS 6000 e QS 10000, que são decisivas no WSL Qualifying Series. 


Competiu na Espanha, em Portugal e nas três provas do fim do ano no Havaí, conseguindo seu melhor resultado na última delas, em Sunset Beach, onde ficou em nono lugar. Neste evento, computou 3.800 pontos e terminou em 49.o lugar no ranking final de 2019. Não conseguiu ficar entre os dez indicados para o CT 2020, mas permaneceu no Havaí para surfar mais as ondas da ilha de Oahu e se destacou em alguns dias no maior palco do esporte, Pipeline.


Temporada havaiana

“Eu investi bastante tempo no Havaí, por ser um lugar muito importante para todos os surfistas”, destacou João Chianca. “O Havaí é um lugar mágico e você pode entrar no CT em dois eventos, o de Haleiwa e de Sunset, que fecham o QS. Apesar de não conseguir me classificar no ano passado, o foco era terminar o ranking na melhor posição possível, para poder disputar as etapas mais importantes em 2020 (de 10.000 pontos)”.


Ele iniciou muito bem a temporada 2020 lá mesmo no Havaí, com um vice-campeonato na final quase toda brasileira do QS 5000 Volcom Pipe Pro, em fevereiro nos tubos de Pipeline. O surfista de Saquarema só perdeu para o paulista Wiggolly Dantas e o catarinense Yago Dora terminou em terceiro lugar. Foi mais uma grande participação verde-amarela no templo sagrado do surfe mundial. Em dezembro, o potiguar Italo Ferreira havia conquistado o título mundial de 2019, decidido em uma final 100% brasileira com o bicampeão Gabriel Medina. 


“Para mim, a final no Volcom Pipe Pro foi o momento mais alto da minha carreira”, afirmou João Chianca. “Não por ser um bom resultado o segundo lugar também, mas pelo modo que as coisas aconteceram durante todo o evento. Foram muitas baterias boas que disputei naquelas ondas, que, para mim são, talvez, as melhores do mundo para competir”.      


Foto: Nicolas Diaz/Heroes de Mayo

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