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Ex-chefe da World Athletics, Lamine Diack é condenado por corrupção em casos de doping


O senegalês Lamine Diack, ex-presidente da World Athletics, foi condenado a quatro anos de prisão após ser culpado por corrupção ao aceitar suborno em troca da omissão de casos suspeitos de doping que envolviam atletas russos. A sentença foi anunciada pelo Tribunal Correcional de Paris, na França,  última quarta-feira (16). 

No entanto, Diack, que tem 87 anos, deverá cumprir apenas metade da pena, ficando isento dos outros dois anos e ganhando liberdade condicional por causa de sua idade. Chefe do órgão regulador do atletismo entre 1999 e 2015, o senegalês também foi multado em £ 455 mil, cerca de R$ 2,8 milhões. 

De acordo com a Corte francesa, Diack acobertou casos de doping para 23 atletas russos antes dos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012, além do Campeonato Mundial de Atletismo em Moscou, no ano de 2013. 

Foi descoberto ainda que o ex-mandatário recebeu dinheiro russo para ajudar no financiamento da campanha do político Macky Sall à presidência do Senegal, também em 2012. Em troca, Diack deveria retardar os processos antidoping que envolvessem atletas da Rússia. 

De acordo com a juiza Rose-Marie Hunault, "Diack minou os valores do atletismo e da luta contra o doping”. Porém, após o anúncio da sentença, a defesa de do ex-presidente revelou que a decisão será contestada. 

Além disso o senegalês foi acusado de ter participado de um esquema de desvio de dinheiro com seu filho, Papa Massata, na época ex-consultor de marketing da World Athletics, e que foi condenado a cinco anos de prisão e multado em £ 913 mil (R$ 5,6 milhões). 

Outras quatro pessoas envolvidas nos casos de corrupção foram condenadas. O médico francês Gabriel Dollé recebeu uma pena de dois anos de prisão, insentos de cumprimento e uma multa de R$ 862 mil; o advogado Habib Cissé, que deverá cumprir até um ano de reclusão, além de pagar R$ 616 mil de penalização. 

Completam a lista de condenados pelo Tribunal parisiense o ex-presidente da Federação Russa de Atletismo, Valentin Balakhnichev, e o ex-treinador Alexei Melnikov, condenados a três e dois anos de prisão respectivamente. 

Foto: Reprodução/Sky Sports

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