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Em live, medalhistas brasileiros revelam bastidores dos Jogos Paralímpicos


Em uma live realizada na última quarta-feira (9) pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), os medalhistas paralímpicos Eliseu dos Santos da bocha e Jovane Guissone da esgrima em cadeira de rodas compartilharam os bastidores dos Jogos Paralímpicos que participaram e suas expectativas para o futuro do esporte paralímpico. 

O paranaense Eliseu dos Santos relembrou sua primeira participação em Jogos Paralímpicos, Pequim 2008. Na ocasião, ele e Dirceu Pinto foram os únicos representantes brasileiros na modalidade. 

“A gente foi com o objetivo de ganhar pelo menos um bronze, nos pares. A medalha ajudaria muito a bocha aqui no Brasil. Mas a gente conseguiu mais do que o planejado, foram três medalhas, dois ouros e um bronze. Eu fui para a casa do Dirceu em São Paulo antes dos Jogos para treinarmos juntos”, relembrou com carinho de sua dupla. 

O esgrimista Jovane Guissone, campeão paralímpico em Londres 2012, relembrou como foi viver os Jogos Paralímpicos pela primeira vez. “É uma estrutura muito surpreendente, desde a chegada no aeroporto. Vi grandes atletas do Brasil juntos, Daniel, Terezinha. Perguntei para o Jonas [diretor técnico adjunto do CPB] como eu podia conseguir uma bolsa, para viver só do esporte, e ele me disse que precisava de uma medalha”, contou o gaúcho de forma descontraída. 

Jovane sagrou-se campeão na espada na categoria B, para atletas que não possuem total controle de tronco. Atualmente, ele é o segundo do ranking para a classificação para os Jogos Paralímpicos de Tóquio, no ano que vem. 

Para disputarem os Jogos Paralímpicos de Londres, ambos os atletas precisaram renunciar datas pessoais importantes. Eliseu não pôde estar presente no nascimento de seu primeiro filho, Nicolas. 

“Ele estava para nascer no início de setembro, mas acho que para me deixar competir tranquilo nasceu antes. Foi exatamente no dia a cerimônia de abertura dos Jogos de Londres. A comissão técnica pediu para a gente se concentrar, mas eu disse que precisava falar com a minha esposa. Vi foto, vídeo do meu filho, mas só o conheci 13 dias depois”, contou Eliseu. 

Já Jovane não esteve no aniversário de um ano do seu filho, Jovane Júnior. “No dia da minha prova era o aniversário dele. Fui buscar a medalha para ele. Nesses nove anos eu sei que passei a maior parte do tempo fora de casa, competindo, treinando, do que em casa com a minha família. Esse tem sido o lado bom da pandemia para mim, poder ficar mais com eles”, contou o atleta.

Para os Jogos Paralímpicos de Tóquio, em 2021, a bocha brasileira possui vaga para todas as classes, um feito inédito e muito comemorado pelo medalhista paralímpico Eliseu. 

“A expectativa é muito boa, fazer mais história na bocha. Temos vagas em todas as categorias e isso é inédito e mostra o quanto a modalidade evoluiu”, completou.

Foto: Divulgação

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