A celebração do Dia do Atleta Paralímpico deste ano, comemorado em 22 de setembro, contará com um evento totalmente digital realizado pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) e com a participação de atletas e influenciadores digitais para debaterem temas importantes ao Movimento Paralímpico.
A ação online será aberta ao público e contará com duas transmissões de debates ao vivo, às 15h e às 18h, na página oficial do CPB no Facebook e no canal do Youtube. Os temas em debate serão: “Esporte como ferramenta de transformação” e “Superação é uma ova!”
Participarão dos bate-papos os atletas Débora Menezes (parataekwondo), Fabrício Ferreira (atletismo), Roberto Alcalde (natação), Susana Schnarndorf (natação), Verônica Hipólito (atletismo), e Yohansson Nascimento (atletismo).
A campeã mundial de parataekwondo Débora Menezes (categoria acima de 58kg) diz acreditar que este tipo de ação atrai não só pessoas já ligadas ao esporte paralímpico. “Cada vez mais, atuações como esta mostram o valor dos atletas paralímpicos. É uma ótima forma de cativar as pessoas a conhecer o universo do Movimento Paralímpico”, comentou a taekwondista que nasceu com má-formação no braço direito.
A velocista medalhista paralímpica Verônica Hipólito (classe T37) ressaltou a importância do evento ser digital e ser feito por quem entende do assunto. “A informação está cada vez mais democratizada, mudamos de dicionário para a internet. Esse bate-papo online vai ajudar muita gente, desde uma família que descobriu que o filho tem uma deficiência a um adulto que se tornou deficiência, a perceber que isso não é o fim do mundo, é o começo de uma vida incrível”, declarou a atleta que possui limitações físico-motoras.
Além dos atletas, o evento contará com a participação do youtuber Fred do canal Desimpedidos, a influenciadora digital Isa Meirelles, o jornalista Renato Peters e o apresentador e ex-judoca Flávio Canto.
Para o nadador Roberto Alcalde, campeão parapan-americano em Lima 2019 nos 100m peito na classe SB5, a presença de influenciadores sem deficiência é muito importante.
“Essa é a melhor forma de quebrar a barreira do preconceito com as pessoas com deficiência, incluindo elas cada vez mais na sociedade para que as pessoas, por meio do convívio, passem a entender e perceber que não somos assim tão diferentes. O bate-papo vai dar a oportunidade de muitas pessoas nos conhecerem e verem que não somos extraterrestres coitadinhos e que não nascemos super-heróis. Somos pessoas que lutam todos os dias para conquistarmos os nossos sonhos, assim como a maioria dos brasileiros. A deficiência é um detalhe”, disse o nadador que nasceu com mielomeningocele, uma má-formação congênita na coluna vertebral.
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