É hora da retomada para a esgrimista Bia Bulcão. A medalhista do florete feminino nos Jogos Pan-Americanos de Lima já tem um planejamento previsto de treinamentos para buscar a classificação aos Jogos Olímpicos de Tóquio. Nesta semana, ela reinicia as atividades, deixando para trás os treinos improvisados exigidos pelo distanciamento social.
Na última quarta-feira (26), ela realizou uma reciclagem na Comissão de Desportos do Exército, no Rio de Janeiro. Bia pertence ao Programa de Alto Rendimento das Forças Armadas. Ela permaneceu na capital carioca até esta sexta-feira (28). O passo seguinte é a Missão Europa, através do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e Confederação Brasileira de Esgrima (CBE). Ela fará treinamentos em Rio Maior, Portugal, até o dia 16 de setembro.
Após o fim da Missão Europa, é a vez de retornar ao Frascati Scherma, na Itália, onde treina habitualmente. Bia deixou o país no início de março, auge da pandemia, para disputar um torneio nos Estados Unidos, e não conseguiu mais retornar. Agora, retoma todo o trabalho planejado para os Jogos que aconteceriam em 2020.
“Eu consegui manter um bom condicionamento físico e fiz um trabalho específico. Claro que vamos ter uma perda, apesar desta manutenção. Minha expectativa agora é voltar ao ritmo de jogo. Retomar a parte técnica e específica. Acredito que em dois meses, com o volume de treinamentos e combates, estarei pronta para as competições. Esse período sem torneios serve para focar bem nos treinos”, analisa a atleta.
O planejamento a partir do final de novembro ainda depende de confirmação, por conta da evolução da pandemia. Bia Bulcão pretende disputar pelo menos um torneio internacional antes de retornar ao Brasil e realizar um estágio de treinos no Rio, em dezembro.
Bia deve disputar a vaga nos Jogos no Pré-Olímpico das Américas, em abril, no Panamá, além de participar de outros torneios internacionais que vierem a ser confirmados. Durante a pandemia, a esgrimista precisou usar a criatividade, por causa do isolamento em casa. Sem poder treinar no Esporte Clube Pinheiros, em São Paulo, ela chegou a criar um companheiro de treinos, o boneco Dart. Foi uma solução de emergência para tentar manter algum tipo de treinamento específico com o florete.
Foto: Washington Alves/COB
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