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Em live, atletas relatam detalhes e emoções sobre volta ao CT Paralímpico


Em live realizada na quarta-feira, 29, os atletas paralímpicos relataram o que sentiram e o que viram sobre a volta parcial dos treinos no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo, no mês de julho. O bate-papo contou com a participação da nadadora Carol Santiago, da velocista Lorena Spoladore, do mesa-tenista Israel Stroh e do diretor técnico adjunto do CPB, Jonas Freire. 

Desde o último dia 7, atletas do atletismo, natação e do tênis de mesa retornaram aos treinos nas instalações após mais de 100 dias com o espaço fechado devido à pandemia do Covid-19. Além de seguirem protocolos sanitários e se comprometerem a manterem o isolamento social, atletas, técnicos e atletas-guias têm sido testados antes do retorno. 

“Eu voltei para o CT sem o Renato [atleta-guia], foi muito gostoso voltar, mas fiquei com a sensação de que não estava completo. Na terça-feira [28], ele voltou e a gente até levou bronca porque não parávamos de conversar, muita saudade, muito tempo longe”, comentou Lorena, medalhista de bronze nos 100m no Mundial de Dubai 2019. 

Lorena perdeu a visão devido a um glaucoma congênito e corre com o atleta-guia Renato Benhur desde 2014. Por motivos pessoais, Renato precisou se ausentar dos primeiros dias de treino e passar novamente pelos testes antes de retornar ao CT Paralímpico. 

Já a nadadora Carol Santiago, campeã mundial em Londres 2019, contou como se adaptou nesse período sem treinos. “Eu não tinha nada em casa, peso, nada, e um espaço de 1,5m para treinar, fazer abdominal, alongamento. Fiz como dava, de acordo com o que o departamento técnico passava no acompanhamento à distância. Um pouco antes do CT reabrir eu consegui uma piscina para treinar no interior e tive que treinar para poder treinar devido à perda de parte do condicionamento físico”, contou a pernambucana que tem Síndrome de Morning Glory, que causa uma alteração na retina reduzindo o campo de visão. 

O calendário nacional e internacional de competições segue suspenso, apesar dos Jogos Paralímpicos de Tóquio, em 2021, estarem mantidos. O CPB é responsável diretamente por quatro modalidades: atletismo, halterofilismo, natação e tiro esportivo. 

“Nós temos aprendido diariamente sobre essa nova doença, a nossa área de saúde tem trabalhado muito para desenvolver, inclusive, o protocolo, que não é engessado, é atualizado o tempo todo. Não temos uma previsão de calendário. Nas quatro modalidades que o CPB administra, a gente sabe que só iremos fazer competições quando tivermos total segurança total para realizá-las, além a autorização das autoridades para que elas sejam possíveis. Quando tivermos a possibilidade de retornar o calendário, vamos conversar com o Conselho de atletas para realinhar o calendário de competições. Já internacionalmente, a única competição confirmada são os Jogos e agora apareceu um campeonato na Polônia de atletismo, mas nós sabemos que é inviável a participação, não há condições de levar qualquer delegação para qualquer lugar”, contou Jonas Freire. 

O mesa-tenista Israel contou que o fato de já está classificado para os Jogos de Tóquio trouxe uma tranquilidade. “Ficar sem treinar é algo que vai contra a natureza do atleta. Poder voltar foi muito bom. O adiamento dos Jogos foi chato no começo, mas foi o melhor. Eu tenho um ponto ao meu favor por já ter a vaga assegurada. Disputar uma vaga, uma classificação, nesse período que falta de um seria uma preocupação e até um estresse que eu não gostaria de ter. Eu tenho um pouco mais de um ano para me preparar para os Jogos e não para uma classificação e isso trouxe uma calma maior”, contou o medalhista de prata nos Jogos Rio 2016. 

No final de junho, a Federação Internacional de Tênis de mesa divulgou a lista dos atletas classificados para os Jogos Paralímpicos de Tóquio, no ano que vem, e Israel está confirmado com a sexta colocação no ranking mundial em sua classe.

Foto: Divulgação

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