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Atletas das novas modalidades olímpicas demonstram otimismo para Tóquio



Atletas das modalidades incluídas no programa olímpico de Tóquio 2020 participou de uma live realizada pelo Comitê Olímpico do Brasil para discutir sobre o tema. Ítalo Ferreira, atual campeão mundial de surfe, Pâmela Rosa, líder do ranking mundial de skate street, e Vinícius Figueira, vice-campeão mundial de karatê. O bate-papo foi mediado pela jornalista e ex-atleta de bodyboard Glenda Kozlowski e ainda contou com a participação do gestor esportivo do COB, Bernardo Otero. 

Ao longo de quase duas horas de conversa, eles debateram a aproximação dos Jogos Olímpicos com o público jovem, além dos sonhos, expectativas e objetivos. Surfe, skate e katarê farão sua estreia como modalidades olímpicas em Tóquio em 2021. 

O surfista Ítalo Ferreira teve um ano de 2019 inesquecível. O título do Circuito Mundial na última etapa, no Havaí, o credencia como um dos favoritos à medalha em Tóquio. Ao lado de Gabriel Medina, Silvana Lima e Tatiana Weston-Webb, representará o Brasil na estreia da modalidade nos Jogos Olímpicos. Com o adiamento dos Jogos Olímpicos, Ítalo se prepara agora para o reinício do circuito, em dezembro, no Havaí, mas de olho nas ondas do Japão em 2021. “Ganhamos um pouco mais de tempo para treinar e chegar afiado nos Jogos Olímpicos, O trabalho já está sendo feito. Desde janeiro venho treinando a parte física, me dedicando. Quando começarem as competições estarei preparado”, afirmou o surfista potiguar de 26 anos.

Na live, Ítalo Ferreira relembrou de outra passagem épica do ano de 2019, que aconteceu no Japão no ISA Games, campeonato obrigatório para que os atletas se tornassem elegíveis de participar dos Jogos Olímpicos. Depois de ter o passaporte roubado no Estados Unidos e o voo transferido para outra cidade por causa de um tufão, Ítalo chegou na praia de Myazaky com sua bateria em andamento. Não teve nem tempo de trocar de roupa. Com a bermuda que usava e prancha emprestada por Filipe Toledo, caiu na água e em apenas nove minutos ganhou a disputa. O saldo final da aventura foi o título do torneio com uma nota 10 na final. “Chegou um momento que eu tinha que dar o meu melhor. Vencer aquela bateria e depois o campeonato era o mínimo que eu podia fazer. Foi um desafio e serviu como inspiração para mostrar às pessoas que independente da situação, você tem que acreditar até o final. Depois de tudo que aconteceu, foi uma conquista importante para mim”, destacou Ítalo.


Quem também estava no Japão nessa ocasião era o gestor esportivo do COB, Bernardo Otero. Sua atuação foi providencial para que Ítalo chegasse a tempo de entrar na água e conquistar a medalha de ouro na competição. “Foi uma correria danada. Deixamos o carro aberto na entrada do aeroporto para só colocar as pranchas. Ao entrar no carro, ele já entrou perguntando as condições do mar e se dava para dar aéreos para direta ou para a esquerda. Nunca vi um cara tão focado em minha vida”, reconheceu Bernardo.

Com histórico repleto de títulos, a skatista paulista Pâmela Rosa, de 21 anos, é a atual líder do ranking mundial do street. Nascida em São José dos Campos, Pâmela Rosa, de 21 anos, é o principal nome do skate street da atualidade, sendo líder no ranking mundial. Com histórico cheio de títulos, a paulista é Campeã Mundial, Tricampeã Sul-Americana, Bicampeã do X-Games; onde também tem três medalhas de prata e uma de bronze, Campeã Brasileira e Campeã Paulista. Em 2018, Pâmela conquistou mais um feito ao entrar para o Guinness Book, como a mais jovem a conquistar o ouro no X Games na modalidade street. “Nós brasileiras somos muito competitivas e vamos muito preparadas para os Jogos Olímpicos. A CBSK e o COB estão fazendo um belo trabalho e, junto com a minha equipe, a gente vem se preparando muito. O Brasil vem muito forte. Com certeza, vamos brigar por medalhas, mas não podemos nos esquecer dos japoneses e dos americanos que também estão vindo pra brigar. Vai ser a primeira medalha olímpica do skate. Isso será lembrado para sempre. Então, todos estão focados, tem muita coisa para acontecer e vamos chegar com tudo para trazer essa tão sonhada medalha olímpica”, projetou Pâmela. 

Vinicius Figueira, de 29 anos, nasceu em Londrina, Paraná, e pratica karatê desde os 11 anos. Formado em Agronomia, é integrante da seleção brasileira sênior desde 2013. Vice-campeão mundial em 2018 e bronze nos jogos Pan-Americanos 2019, atualmente está em terceiro no ranking mundial na categoria até 67 kg. Ele reconhece a evolução do esporte desde que entrou no Programa Olímpico. “O karatê mudou muito. Começou um ranking em 2018, com dois anos de competições intensas. Eu fiz 21 competições pelo mundo inteiro e isso só foi possível com o apoio da Confederação Brasileira de Karatê, juntamente com o Comitê Olímpico do Brasil. Eu tive muito apoio nessas viagens, o Time Brasil abriu as portas para a gente. Também conseguimos treinar no Centro de Treinamento Time Brasil com toda estrutura do COB. Com todo esse investimento, o esporte ficou muito mais profissional”, afirmou Vinícius, que enxerga boas perspectivas paro karatê brasileiro em Tóquio. “A princípio, o mais difícil é classificar. Nos Jogos Olímpicos serão dez atletas para quatro medalhas. Então, o primeiro passo é classificar e conseguindo esse objetivo eu acredito que tenho grandes chances de sair de lá com a medalha olímpica”, afirmou Vinícius, que também acredita que Valeria Kumizaki e Douglas Brose tenham bons resultados.

Foto: Divulgação/COB

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