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Triplista Núbia Soares volta à corrida por índice olímpico e saltará na temporada indoor


A triplista Núbia Soares enfrentou a quarentena treinando em casa, já voltou às pistas em Guadalajara, Espanha, sempre com o objetivo de conseguir o índice olímpico, a partir de dezembro, e assegurar uma boa participação nos Jogos de Tóquio, adiados para o período de 23 de julho a 8 de agosto de 2021.

Núbia (Barcelona FC) já planejou com o seu treinador, o cubano Ivan Pedroso, campeão olímpico e multicampeão mundial no salto em distância, que volta para a corrida olímpica em dezembro e vai disputar a temporada indoor no inverno europeu em 2021.

“O índice olímpico - 14,32 m - continua sendo o meu objetivo. Eu vou correr atrás. Vou fazer a temporada indoor de 2021 – temos alguns treinamentos periodizados para dezembro e para o início do ano que vem. Assim que tiver competições vou entrar em busca do índice e para dar sequência ao planejamento. Buscar novos ares, novos recordes”, disse Núbia, recordista brasileira, com 14,69 m (1.3).

A mineira, de Lagoa da Prata, de 24 anos (nascida em 26 de março de 1996), que migrou do handebol para o atletismo, disputou os Jogos Olímpicos do Rio-2016, mas ficou fora do Pan-Americano de Lima, Peru, e Mundial de Doha, Catar, em 2019, por causa de uma tendinite que a atormentou. Sua melhor marca pessoal no salto triplo, de 14,69 m, foi obtida em Soteville, França, em 17 de julho de 2018. Este ano, em fevereiro, no L'Anneau-Halle d'Athlétisme de Metz, França, Núbia saltou 13,66 m. Em junho de 2019, saltou 14,28 m, em Huelva, na Espanha.

A rotina da atleta já voltou quase ao normal há um mês e meio. “As pistas estão abertas, mas há várias recomendações como a do uso de máscaras, tanto na rua quanto nos estabelecimentos. Mas a gente pode treinar, com a medida de segurança de dois metros de distanciamento.”

A triplista gostaria de competir em agosto e setembro, mas observa que as competições que estão sendo marcadas na Europa ainda estão com muitas restrições de número de participantes, por exemplo, tudo modificado em função da pandemia da COVID-19. Explica que ainda está complicado fazer viagens internacionais, deslocamentos, que são poucos atletas por provas, em alguns lugares têm competições, em outros não.

“Se tiverem eventos confirmados na Espanha eu pretendo participar, seria melhor. Mas se tiver fora e eu for convidada vou competir também. Resumindo: vou entrar na competição que eu conseguir nesses próximos meses. Mas como vou competir indoor não posso começar a base muito tarde também”, diz Núbia.

Como todo mundo que seguiu as recomendações médicas, Núbia ficou em casa por quase três meses, entre março e maio. “Como tenho bons patrocínios (Marinha do Brasil, Bolsa Atleta do Governo Federal, Time Brasil-COB e Nike) tive acesso a esteira, bike e aparelhos de fortalecimento, que consegui colocar dentro de casa para dar sequência aos treinamentos. Fui acompanhada, respeitei todas as regras e segui o treinamento que pude fazer em casa. Consegui estabelecer uma rotina e acredito que não perdi muito”, contou Núbia.

Com a rotina mudada durante a quarentena, Núbia aproveitou para estudar espanhol, tocar violino, ficar no celular conversando com amigos e família, além de treinar em casa. “Eu treinava de manhã e de tarde porque ficar dentro de casa parada não dá. Treinei bastante na quarentena, em casa mesmo”, comenta. “Mas consegui estudar e tocar um pouco, para relaxar, colocar a cabeça no lugar e dar continuidade a vida.”

Foto: Wagner Carmo/CBAt

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