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SurtoLista: Os cinco maiores vencedores do Tour de France


Nesta semana o Tour de France completou 117 anos de história, já que em 1° de julho de 1903 foi disputada a primeira etapa da edição inaugural. Ao todo foram realizadas 106 edições, com a competição não sendo disputada apenas durante o período da Primeira Guerra Mundial (1915-1918) e a Segunda Guerra Mundial (1940-1946). 

Em homenagem aos 117 anos, o SurtoLista desta semana traz os maiores vencedores de uma das principais voltas ciclísticas do mundo.

Jacques Anquetil (FRA) - 5 títulos

Foto: Le Tour de France

Foi o primeiro a atingir cinco conquistas, com a primeira delas foi em 1957. Os outros títulos foram obtidos de forma consecutiva (1961-1964), sendo também o primeiro ciclista a obter quatro títulos em sequência. O francês venceu um total de 16 etapas no Tour de France. 

Anquetil ainda venceu dois Giros d'Italia (1960 e 1964) e uma Vuelta a España (1963), sendo o maior campeão de Grandes Voltas nos anos 60 com sete títulos. Ele ainda tem no currículo o vice-campeonato mundial da prova de estrada em 1966 e a medalha de bronze na prova de contrarrelógio por equipes conquistada nos Jogos Olímpicos de Helsinque 1952, sendo esta a única medalha da França no ciclismo nesta edição olímpica. Ele faleceu em 1987.

Eddy Merckx (BEL) - 5 títulos

Foto: Standard.co.uk

Considerado por muitos como o maior ciclista de todos os tempos, Eddy Merckx possui o mais incrível cartel do ciclismo mundial, já que conquistou 525 títulos ao longo da carreira, que lhe fez ganhar o apelido de "Canibal". O belga faturou o Tour de France pela primeira vez em 1969, quando conquistou as camisas amarela (dada ao líder da classificação geral), verde (líder por pontos) e de bolinhas (rei da montanha).

As outras conquistas foram em 1970, 1971, 1972 e 1974, vencendo um total de 34 etapas. Na última edição do Tour de France, disputada no ano passado, a competição teve sua etapa inaugural em Bruxelas, como homenagem aos 50 anos do seu primeiro título.

O Canibal ainda faturou cinco títulos do Giros d'Italia (1969, 1970, 1971, 1972 e 1974) e um título da Vuelta a España (1973), sendo o maior campeão das Grandes Voltas nos anos 70, somando um total de nove títulos. Em seu currículo, Merckx tem também quatro títulos mundiais da prova de estrada, conquistados em 1964, 1967, 1971 e 1974.

Bernard Hinault (FRA) - 5 títulos

Foto: Divulgação

Hinault dominou o ciclismo mundial entre o final da década de 70 e a primeira metade da década de 80, com 216 vitórias no circuito profissional, incluindo o título mundial da prova de estrada em 1980. Ele venceu o Tour de France em 1978, 1979, 1981, 1982 e 1985, com um total de 28 etapas vencidas. Ele ainda foi segundo lugar na classificação geral em 1984 e 1986.

Além destas conquistas, o francês também foi três vezes campeão do Giro d'Italia em 1980, 1982 e 1985 e duas vezes campeão da Vuelta a España em 1978 e 1983, sendo o maior vencedor das Grandes Voltas nos anos 80 com sete títulos.

Miguel Indurain (ESP) - 5 títulos

Foto: Divulgação

O espanhol venceu o Tour de France por cinco anos consecutivos (1991 a 1995), sendo até hoje o único ciclista a conseguir tal feito na história das Grandes Voltas. Ele venceu um total de 12 etapas na volta francesa.

Indurain ainda conquistou dois Giros d'Italia em 1992 e 1993, sendo o maior vencedor das Grandes Voltas nos anos 90 com sete conquistas.

Indurain ainda foi campeão mundial em 1995 e medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Atlanta 1996 na prova do contrarrelógio e foi vice-campeão mundial em 1993 e 1995 na prova de estrada.

Chris Froome (GBR) - 4 títulos

Foto: Bettini Photo

O britânico conquistou títulos do Tour de France em 2013, 2015, 2016 e 2017, vencendo um total de sete etapas. Ele ainda levantou duas vezes o troféu na Vuelta a España em 2011 e 2017 e venceu uma vez o Giro d'Italia em 2018. Com estes títulos se tornou o maior vencedor das Grandes Voltas na última década com sete conquistas. Froome ainda tem duas medalhas olímpicas de bronze conquistadas em Londres 2012 e na Rio 2016 na prova do contrarrelógio.

A farsa chamada Lance Armstrong

Lance Armstrong ficou famoso por vencer o Tour de France sete vezes seguidas (1999 a 2005),. Semanas depois do seu último título, uma reportagem publicada pelo jornal francês L'Équipe afirmou que ele havia usado a substância eritropoietina (EPO) no primeiro Tour de France que venceu. A análise, feita pelo Laboratório Nacional de Detecção de Dopagem de Chatenay-Malabryy, tomou por base amostras de urina congelada, colhidas do ciclista um pouco antes do início e durante a competição. Naquela época, não havia tecnologia disponível para esse tipo de análise. 

A acusação gerou controvérsias entre os ciclistas, pois alguns diziam que a substância não seria considerado doping, enquanto outros afirmavam haver um complô para desmoralizar Lance, já que ele era uma pessoa admirada no mundo inteiro, não apenas pelos títulos, como também por ter se recuperado do cancro, além do seu apoio às vítimas da doença. Em maio de 2006, foi considerado inocente das acusações pela empresa independente Scholten, que a UCI encarregou de estudar as alegações do L´Equipe. 

Em 2011, novas acusações foram feitas a ele, desta vez vindas de dois de seus mais íntimos colegas da equipe americana, sendo um deles Tyler Hamilton, melhor companheiro de equipe de Armstrong. As investigações foram conduzidas pelo FBI e em junho de 2012 a USADA o acusou formalmente do consumo de substâncias ilícitas, baseando-se em amostras sanguíneas de 2009 e 2010 e em testemunhos de outros ciclistas. O americano foi considerado culpado e a UCI retirou todas as setes vitórias obtidas no Tour de France e decidiu bani-lo do esporte. No ano seguinte, Lance confessou o uso de substâncias proibidas. 

Foto de capa: Divulgação/AFP

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