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ATP e WTA seguem pedido do governo da China e cancelam torneios no país


A pandemia de coronavírus aplicou mais um duro golpe ao tênis. Mais precisamente, na Associação dos Tenistas Profissionais (ATP) e na Associação de Tênis Feminino (WTA), que precisaram cancelar nesta quinta-feira (23), seus campeonatos na China. A decisão foi tomada após uma solicitação do governo local, para que nenhum evento esportivo internacional ocorra no país, evitando um novo aumento no número de pessoas infectadas. 

Ao todo, onze torneios do nível principal da modalidade foram cancelados, sendo sete da WTA e quatro da ATP. No lado da entidade de tênis feminino a situação é mais complicada ainda, pois o WTA Finals seria realizado em Shenzhen, uma das grandes cidades do país. 

O evento arrecada uma das maiores receitas do ano e fecha a temporada. Outro agravante é o fato de que este torneio não conta com um seguro de cancelamento causado por uma pandemia. 

Steve Simon, executivo-chefe da WTA, afirmou que apesar de todo remanejamento que foi feito para por exemplo, realizar Roland Garros em setembro, uma mudança de local para o WTA Finals seria algo improvável. 

"É obviamente difícil mudar um evento dessa estatura", disse ele. “Não vamos descartar nada. Estamos analisando planos alternativos", afirmou o CEO. 

Além do WTA Finals, foram cancelados o China Open, em Pequim (Mandatory), o Wuhan Open, o Jiangxi Open em Nanchang, o Zhengzhou Open, o WTA Elite Trophy em Zhuhai e o Guanghzhou Open.

Já a ATP precisou cancelar mais um Masters 1000, o de Xangai, aumentando para cinco, o número de torneios deste porte, cancelados em 2020 por causa da pandemia. Os Masters de Indian Wells, Miami, Monte Carlo e Toronto também foram revogados. 

"Nossa abordagem ao longo desta pandemia sempre foi seguir a orientação local ao realizar eventos. Respeitamos a decisão do governo chinês de fazer o melhor para o país em resposta à situação global sem precedentes”, disse Andrea Gaudenzi , presidente da ATP. 

Além do Masters 1000 de Xangai, foram cancelados o ATP 500 de Pequim, bem como os ATPs 250 de Chengdu e Zhuhai. 

Estima-se que a WTA deixe de distribuir cerca de US$ 30 milhões (R$ 156,3 milhões) em premiações com os torneios chineses que foram cancelados. Além disso, a taxa de direitos do WTA Finals também poderá ser perdida caso a organização não tenha um "plano B", o que somaria mais US$ 14 milhões (R$ 73 milhões) em perda de receita. 

Tanto ATP como WTA ainda buscam soluções para salvar parte da temporada 2020 do tênis mundial e em breve deverão divulgar uma atualização de seus respectivos calendários. 

Foto: AFP/Nicolas Asfouri

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