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Atletas de inverno, Aline Rocha e Jaqueline Mourão descobrem como suas histórias são parecidas


As esquiadoras Aline Rocha e Jaqueline Mourão descobriram que têm muito em comum além da modalidade praticada na neve quando a catarinense e a mineira compartilharam suas experiências em uma live transmitida nos perfis do Instagram do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) e do Comitê Olímpico do Brasil (COB) na sexta-feira, 17. 

A primeira semelhança entre Aline e Jaqueline a ser destacada é que elas pertencem ao seleto grupo de atletas que disputaram Jogos Paralímpicos e Olímpicos de verão e de inverno. Antes de ingressar no esqui cross-country, Aline, 29 anos, já havia competido no Rio 2016 na corrida em cadeira de rodas do atletismo. Também sobre rodas, Jaqueline, 44, representou o Brasil em Atenas 2004 e Pequim 2008 pelo moutain bike. 

“Eu detestava esporte, fugia das aulas de educação física na escola. Hoje, pratico duas modalidades pelas quais sou apaixonada. Eu fui conhecer o basquete em cadeira de rodas e me disseram que eu tinha porte de corredora. Aceitei o desafio e, em menos de três meses, já estava competindo no atletismo. Eu queria ser médica, mas percebi que, independentemente da minha deficiência física, eu posso ser uma pessoa de sucesso em qualquer profissão, desde que faça com amor, posso ajudar e inspirar o próximo”, comentou Aline. 

A catarinense natural de Campos Novos sofreu um acidente de carro aos 15, quando lesionou sua medula e perdeu os movimentos das pernas. Seu atual marido e técnico, Fernando Orso, a incentivou a se aventurar na neve após os Jogos no Brasil. Dois anos depois, Aline foi a primeira mulher brasileira a competir em uma edição dos Jogos Paralímpicos de Inverno, na edição de PyeongChang 2018. Na Coreia do Sul, ela ficou entre os 15 melhores atletas em duas provas: nos 12km (15º) e nos 5km (12º).

Já Jaqueline, participou das edições de Turim 2006, Vancouver 2010 e PyeongChang 2018 no esqui cross-country e Sochi 2014 no Biathlon de Inverno. A mineira também ingressou no esporte na neve como uma aventura quando enfrentou uma tempestade de neve no Canadá e não pôde treinar moutain bike, mas seu marido e técnico a convidou para esquiar. Outra coincidência é que ela chegou a iniciar o curso de medicina, mas se formou em educação física.

“Os atletas com os quais a gente compete já cresceram na neve. O que me incomoda um pouco é a impressão que eles têm do Brasil lá fora, pensam em carnaval. Também como a gente, que não têm neve no Brasil, eles ficam curiosos por nos verem. Eu queria mostrar que a gente pode, sim, ser competitiva. Se eles bobearem, essa brasileira vai ganhar deles”, comentou Jaqueline, que foi a 74ª entre 90 atletas na prova de 10km estilo livre do esqui cross-country nos Jogos de 2018.

As atletas fecharam a live com a promessa de esquiarem juntas quando for possível após a pandemia.

Foto: Divulgação

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