Faltam cinco dias para de fato sabermos o futuro da temporada 2020 do circuito mundial de tênis, pelo menos em relação à Associação dos Tenistas Profissionais (ATP). Entretanto, o US Open, um dos quatro torneios Grand Slam, já declarou suas intenções na última quarta-feira (10), em videoconferência com cerca de 500 jogadores e alguns dirigentes: manter a data original do evento, que começa no dia 31 de agosto, remover o qualificatório e reduzir a chave de duplas tanto no masculino, como no feminino.
De acordo com a chefe executiva da Associação de Tênis dos Estados Unidos (USTA), Stacey Allaster, a fase preliminar não deverá ser disputada e a entidade pretende reduzir as chave do torneio de duplas, de 64 para 24 times, evitando o que chamou de "multidões" no Billie Jean King Tennis Center, palco do US Open.
Além disso, outra proposta é que mais de 350 jogadores que poderiam participar do evento caso fosse realizado de forma "normal", fiquem em casa em troca de uma compensação de US$ 2 milhões que será repartida entre eles.
A reunião virtual ainda contou com a presença de Andrea Gaudenzi, presidente da ATP, e Massimo Calvelli, diretor executivo da entidade. Eles confirmaram a preocupação com a saúde dos atletas e propuseram que os tenistas fossem transportados até Nova York por voos fretados, além de passarem por testes de coronavírus a cada três dias, mantendo todos os participantes confinados em um hotel no aeroporto JFK.
Nervosismo pré-reunião
Segundo o jornal espanhol Marca, o grupo de WhatsApp com os 100 jogadores mais bem ranqueados da ATP estava cheio de relatos de nervosismo e negação em relação a possibilidade de que toda a US Open Series seja disputada em Nova York, incluindo o Masters 1000 de Cincinnati.
No entanto, Gaudenzi afirmou que caso seja batido o martelo sobre todas as decisões propostas pela USTA, os jogadores terão a liberdade de optar por não realizar a US Open Series, pulando diretamente para a nova e remanejada temporada de saibro.
Uma outra proposta apresentada pela ATP é a de retirar os pontos que seriam concedidos durante a disputa do US Open, dando assim mais liberdade de escolha aos tenistas, que normalmente priorizam o ranking e pontuação ao definir seus respectivos calendários.
Outro dirigente que participou da videoconferência foi o presidente da Associação de Tênis Feminino (WTA), Steve Simon, que declarou já ter avisado as tenistas de que a retomada da temporada seria avaliada após a decisão da ATP.
A única definição anunciada durante a videoconferência foi referente ao encerramento da temporada masculina, que ocorrerá após a final do ATP Tour Finals em Londres, acabando com os rumores de que torneios poderiam ser remarcados para dezembro.
A decisão definitiva sobre a temporada 2020 será anunciada na próxima segunda-feira (15).
Foto: Divulgação
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