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Maurren Maggi comemora 21 anos do Recorde Sul-Americano no Salto em Distância


Nesta sexta-feira (26), completou-se exatos 21 anos em que a atleta Maurren Maggi escrevia um capítulo na história do atletismo brasileiro. A cidade era Bogotá, na Colômbia e a competição Campeonato Sul-Americano de Atletismo. Nesta competição foram disputadas 43 provas, com 260 atletas e 12 países. Foram registrados seis recordes Sul-Americano, entre eles, o 7,26 m no salto em distância da brasileira.

Com essa marca, Maurren Maggi sagrou-se recordista brasileira e sul-americana do salto em distância e o feito dura até os dias de hoje sem ser batido.

“Esse dia foi espetacular. Ela vinha treinando muito bem, mas o resultado surpreendeu a todos. Ela já tinha saltado 6,81 em São Paulo e realmente estava em um momento muito muito bom que culminou nesse resultadão”, contou a treinadora Tânia Moura. 

Um atleta, principalmente de alto rendimento, tem por trás toda uma equipe. No Campeonato Sul-Americano de Atletismo, em Bogotá (1999), a treinadora era Tânia Moura, acompanhada do Médico: Dr. Moisés Cohen e do Fisioterapeuta: Alexandre Dias Lopes. O treinador Nélio Moura fazia parte da equipe, mas ficou no Brasil acompanhando outros atletas.

Momentos que marcam
A treinadora Tânia Moura conta que tinha plena confiança que Maurren faria uma ótima competição e revela que quando viu a marca de 7,26 m sabia que naquele momento um capítulo estava sendo escrito na história do atletismo sul-americano.

“Não tive dúvida que ali estava sendo escrito parte da história do atletismo Brasileiro, Sul-americano e Mundial. Na época esse resultado era um dos 10 melhores do mundo de todos os tempos e hoje ainda está entre os 15”, explicou, e completou.

“Tínhamos o hábito de sempre antes da entrada para a pista em qualquer competição, nos abraçarmos e falarmos coisas no ouvido e nesse dia eu me lembro que falei: vai lá Panga (é como nós a chamamos até hoje carinhosamente), você está muito bem e pronta para fazer um estrago. E ela respondeu rindo, deixa comigo”, contou Tânia Moura.

Após a prova...
“Estávamos em êxtase e choramos muito abraçadas e imediatamente ligamos para o Nélio que estava em Porto Alegre (acompanhando um Campeonato Brasileiro)... choramos os três (ele pelo telefone). Sempre fomos muito emotivos (os três)”, desabafou a treinadora.

Adversária dentro da pista
A medalha de ouro ficou Maurren Maggi, mas a medalha de prata também veio para o Brasil. Luciana Alves dos Santos, hoje Diretora Técnica da Federação Paulista de Atletismo, saltou 6,81 e ficou com a segunda colocação.

“Eu e a Maurren vínhamos de ótimos resultados e travando uma batalha, éramos adversárias dentro da pista. Neste dia 26 de junho de 1999 foi bem curioso. Como tínhamos boas chances de medalhas, todo mundo da delegação foi para nos assistir e isso ajudou bastante para que os resultados viessem. Eu saltei 6, 81 m, mas não me recordo qual série. Mas, foi um bom salto, bom não, foi excelente é minha melhor marca pessoal”, disse Luciana dos Santos

Marca difícil de ser batida
“Sim, muito difícil uma marca muito forte, fora da minha expectativa. Saltar 7m estava dentro de meus planos, mas 7,26 quebrou todo mundo. Mas fiquei muito feliz com o resultado dela, ter uma brasileira no topo do mundo foi bom para o atletismo do Brasil, e abriu muitas portas para o Atletismo Brasileiro, finalizou Luciana dos Santos.

Curiosamente, a brasileira posssui um outro recorde que está prestes a completar duas décadas. Em 19 de maio de 2001, durante o Campeonato Sul-Americano de Manaus, ela fez 12.71 nos 100m com barreiras, marca que até hoje não foi superada no continente.

Foto: Wagner Carmo/CBAt

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