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IPC pede que US Open reconsidere decisão sobre cancelamento do torneio de tênis em cadeira de rodas


O embate continua. Após tenistas se revoltarem contra a decisão do US Open de cancelar o torneio de tênis em cadeira de rodas, agora foi a vez do Comitê Paralímpico Internacional (IPC) se posicionar contra a definição, em nota emitida nesta quinta-feira (18). 

“O Comitê Paralímpico Internacional (IPC) está desapontado com a decisão do US Open de não incluir o tênis em cadeira de rodas no evento de setembro, uma decisão que deixou a comunidade de atletas muito irritada. Pedimos que os organizadores reconsiderem essa decisão, que pode potencialmente desfazer anos de grande trabalho para promover e mostrar o esporte do tênis em cadeira de rodas", destacou o presidente da entidade, Andrew Parsons, no comunicado.

"Mas esses desafios não devem ser usados ​​como desculpa para discriminar um grupo de jogadores e não oferecer uma competição inclusiva para todos", disse. "Assim como não podemos ter uma situação em que os atletas são impedidos de eventos esportivos por motivos de raça, gênero, nacionalidade ou sexualidade, eles não devem ser impedidos de competir porque jogam em cadeira de rodas.

"Sou grato por a Federação Internacional de Tênis (ITF) estar conversando com os organizadores do evento para tentar encontrar uma solução para garantir que os tenistas em cadeira de rodas possam competir com segurança no US Open", concluiu Parsons.

Chelsey Gotell, presidente do Conselho de Atletas do IPC, manifestou decepção com a escolha tomada pela organização do US Open.

“Também estou decepcionado com a falta de consulta aqui. Foi um ano incrivelmente desafiador para os atletas paralímpicos, muitos dos quais obtêm uma renda modesta com o esporte. Tomar decisões que impactam diretamente seu bem-estar sem buscar diálogo com esses paratletas, parece equivocado. Espero que o USTA retifique isso e inclua atletas em todas as discussões posteriores”. 

Em entrevista exclusiva ao site Surto Olímpico, publicada no início da tarde desta quinta-feira, o tenista brasileiro Daniel Rodrigues, número 11 do mundo na categoria Open do tênis em cadeira de rodas (para atletas diagnosticados obrigatoriamente com alguma deficiência nos membros inferiores), disse que não faz sentido permitir torneios apenas de tenistas sem deficiência. 

"O cancelamento é ruim para o tênis em cadeira de rodas, mesmo que eu ainda não participe do evento (apenas os oito melhores em sua categoria disputam). Não há justificativa ter o US Open com jogadores do 'tênis convencional' e não ter o do tênis em cadeira de rodas", disparou.

Além do torneio de tênis em cadeira de rodas, o US Open não realizará os eventos de duplas mistas e do juvenil. 


Foto: Divulgação

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