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Hall da Fama do COB terá pagina online


Parte da centenária e rica história olímpica do Brasil esteve reunida em uma live especial do Comitê Olímpico do Brasil na última quarta-feira, 17. Aurélio Miguel, ouro em Seul 1988 e bronze em Atlanta 1996; Hortência Marcari, prata em Atenas 2004; e Jackie Silva, ouro em Atlanta 1996; integrantes do Hall da Fama do COB, se juntaram a Rogério Sampaio, campeão olímpico em Barcelona 1992 e diretor-geral do Comitê, para uma conversa sobre vários temas. Entre os causos pitorescos compartilhados, uma conversa muito franca sobre a importância da memória olímpica e de homenagear os grandes nomes do passado.

“Quando você entra no Hall da Fama é o seu trabalho individual. É uma honra muito grande. Meus netos, meus bisnetos vão entrar lá pra ver e vão saber. Olhar, eu adoro ser homenageada, gosto muito mesmo. Pode me chamar sempre, Hall da Fama, PBO... Fiquem à vontade para me chamar”, disse a Rainha Hortência, que ingressou no Hall da Fama no ano passado, arrancada gargalhadas dos convidados e de quem assistia. Ela aproveitou para contar como surgiu seu apelido. “Vieram fazer uma entrevista pro livro de Los Angeles 84. Eu falei: Mas eu nem sei se vou. Eles insistiram e fizeram uma reportagem de 3 páginas com o título “The Queen” e foi aí que surgiu meu apelido de Rainha. E eu realmente acabei não indo pros Jogos de 84”.

Jackie, parte da primeira turma de homenageados do Hall da Fama, contou que justamente a Rainha e Magic Paula, dentre outros nomes do basquete como Oscar e Michael Jordan, a inspiraram durante toda a carreira. “No Pan de 79, em Porto Rico, eu viajei com Paula e Hortência e, nossa, se você queria ter sucesso no esporte, você queria ser igual a elas. Elas estavam num outro patamar de conquistas”.

E completou: “Todo mundo que entra pro Hall da Fama é porque prestou bons serviços pro esporte e, por isso, é uma grande homenagem. Toda vez que eu vou para essas entregas de prêmio, eu fico observando como o tempo vai passando, os atletas vão se renovando e é importante eles saberem como começou essa estrada que eles estão trilhando”.

Opinião corroborada por Aurélio Miguel, indicado para o Hall da Fama em 2020. “Se você não tiver passado e presente, você não tem futuro. Importantíssimo manter viva a memória do esporte olímpico. É uma iniciativa muito positiva do Comitê Olímpico porque temos vários atletas que ajudaram a construir a história do esporte brasileiro e merecem ser lembrados”.
Hall da Fama Digital

Ao final de 2020, o Hall da Fama chegará a 24 atletas e treinadores de 11 esportes diferentes homenageados. Mais do que deixar suas mãos ou pés expostos num lugar especial no Centro de Treinamento Time Brasil, o COB irá criar um espaço virtual com um acervo digital para pesquisa sobre os nomes que marcaram a história olímpica do país.

“O Hall da Fama é uma ideia do presidente Paulo Wanderley Teixeira para garantir que as histórias dos atletas possam ficar eternizadas. Nós vamos também ter uma página de cada um dentro do site do COB, com fotografias, matérias de jornal, um grande acervo para que sirva de local de pesquisa para qualquer um que queira conhecer mais o nosso passado esportivo. Inclusive, quem tiver um vídeo, uma foto de um atleta que talvez nem o próprio atleta saiba, vai poder enviar pra gente para que isso seja disponibilizado para que todos possam ter acesso”.

“Esse ambiente virtual vai complementar a homenagem que vai ficar exposta. Vem fortalecer esse resgate da memória olímpica do Brasil. Qualquer um vai poder visitar e se deliciar com histórias como essas que foram contadas aqui”, completou Rogério.

A conversa de cerca de uma hora e meia passou ainda por temas como a participação ativa dos atletas nos processos de tomada de decisão, bastidores das principais conquistas, as inspirações e os momentos olímpicos marcantes desses grandes nomes, causos da Vila Olímpica e oportunidades para os atletas, como os diversos cursos oferecidos pelo Instituto Olímpico Brasileiro, braço educacional do COB. 

A mediação do debate foi do experiente jornalista Álvaro José, narrador e apresentador da Band e do BandSports, que já cobriu 10 edições de Jogos Olímpicos e outras tantas de Jogos Pan-americanos. Enriquecendo o debate com sua grande memória, Álvaro encerrou a live com uma frase que resumiu bem o que foi o encontro. “Algumas coisas são indiscutíveis. Uma delas é que a história é a mestra da vida”.

Foto: Reprodução

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